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Produtividade

A lista dos melhores Comandos de Terminal para OSX

Os melhores Comandos de Terminal para OSX

Os melhores Comandos de Terminal para OSX 1240 700 Bruno Brito

Para utilizares o terminal, não tens que ser um daqueles nerds dos filmes de ficção científica ou do Michael Bay. E, se quiseres alterar algumas definições do OSX, esta será mesmo a melhor via.

Nos últimos dias, tenho compilado uma lista de comandos que utilizo com frequência, e tentarei actualizar este artigo à medida que encontrar mais.

Podes correr qualquer um destes comandos com a app Terminal que vem pré-instalada no OSX. Eu estou a utilizar o iTerm2 v3, que é grátis e traz alguns extras, mas funcionará exactamente da mesma forma.

Vamos a isto!

Actualizações do Sistema

Sempre que fazes uma actualização ao OSX pela App Store, tens de aguardar alguns minutos até que o sistema esteja pronto a ser novamente utilizado. No entanto, se utilizares estes comandos no terminal, podes continuar a trabalhar e só terás que fazer um restart – a actualização ocorre no background.

Começa por escrever softwareupdate -l para saberes as actualizações que estão disponíveis (está sincronizado com o que surgir na App Store).

Actualizações disponíveis via Terminal

Depois, sudo softwareupdate -i -a descarregará e instalará as actualizações encontradas.

É natural combinar vários comandos, recorrendo ao && – o 2º comando só corre se o 1º for completado com sucesso. Podes então solicitar, numa só linha, um restart automático após a instalação das actualizações, com sudo softwareupdate -ia && sudo reboot.

Se quiseres desligar a máquina em vez de um reboot, sudo poweroff em vez de sudo reboot.

Capturas de Ecrã

O OSX é fantástico para screenshots – raramente precisarás de software adicional. Ainda assim, existem algumas definições que poderás querer alterar:

  1. Queres alterar o endereço das imagens para ~/Desktop? defaults write com.apple.screencapture location ~/Desktop && \ killall SystemUIServer.

  2. As imagens são gravadas como PNG, mas podes alterar o formato – para BMP, GIF, JPG, JPEG, TIFF ou até PDF. Basta colocares a extensão correcta no final deste comando – defaults write com.apple.screencapture type -string "png".

  3. Queres tirar a sombra que surge nas screenshots que surgem quando usas a barra de espaços? defaults write com.apple.screencapture disable-shadow -bool true && \ killall SystemUIServer.

  4. Que tal gravar uma screenshot como JPG após 3 segundos, e abri-la no Preview? screencapture -T 3 -t jpg -P delayedpic.jpg.

Brincando com o Mac

O comando cal mostra o calendário do mês em que te encontras. Queres todos os meses do ano de 2018? cal 2018.

Calendário no Terminal

Podes pedir ao OSX que diga o que quiseres com o comando say. Podes alterar a voz do sistema indo às definições de Acessibilidade. Até podes gravar num ficheiro audio o que quiseres que ele diga, se tiveres o “guião” num ficheiro de texto – say -o audio.aiff -f FILENAME.txt!

Queres descarregar um ficheiro sem abrir o browser? Se souberes o endereço, basta acrescentares curl -O antes do URL.

Se a tua doca estiver a precisar de um restartkillall Dock.

Podes criar um pacote DMG de uma pasta com o comando hdiutil create -volname "Volume Name" -srcfolder /pasta/que/pretendas -ov diskimage.dmg.

Queres gerar uma palavra-passe segura de 20 caracteres e copiá-la para o clibpoard? O LastPass resolvia-te isso, mas este comando também: LC_ALL=C tr -dc "[:alpha:][:alnum:]" < /dev/urandom | head -c 20 | pbcopy.

Gestão de Energia

Queres saber há quanto tempo é que foi o teu último restart? Usa o uptime!

Uptime no Terminal

Queres que o Mac fique “acordado” durante 1 hora? Isso são 3600 segundos, portanto: caffeinate -u -t 3600.

Queres que o ecrã fique desligado após 15 minutos de inactividade? sudo pmset displaysleep 15.

Queres que o computador adormeça após 30 minutos de inactividade? sudo pmset sleep 30.

Velocidade da Repetição das Teclas

De origem, o OSX é algo lento no Key Repeat, e este nem sempre vem activado. Podes ligá-lo com defaults write -g ApplePressAndHoldEnabled -bool false e desligá-lo escrevendo true em vez de false.

O número deste comando vai impactar a velocidade do Key Repeatdefaults write -g KeyRepeat -int 2.

Para onde a seguir?

Se te sentes “em casa” quando estás no Terminal, talvez queiras investigar um pouco mais o que podes fazer por aqui.

Podes começar por este excelente curso gratuito do Wes Bos para aprender a navegar pelas directorias e manipular ficheiros.

Depois, instala o Homebrew, para poderes descarregar todo o tipo de apps mais tarde.

Aqui ficam algumas das minhas aplicações preferidas:

  1. Podes gravar vídeos do YouTube (ou só o audio) com facilidade recorrendo ao youtube-dl.

  2. Se trabalhas muito com WordPress, o WP-CLI vale muito a pena. O mesmo se pode dizer ao Google Font Installer, se quiseres instalar as fonts da Google na tua máquina.

  3. Se gostas de criar GIFs mas queres reduzir a dimensão do ficheiro final, experimenta o Gifify.

Existem centenas de apps disponíveis – esta lista talvez te ajude a encontrar algumas que sejam úteis para o teu caso.

Alguma que recomendes?

Melhores atalhos de teclado Sublime Text

Os melhores atalhos de teclado para o Sublime Text

Os melhores atalhos de teclado para o Sublime Text 620 350 Bruno Brito

Apesar da concorrência feroz de editores de texto como o Atom ou o Visual Studio Code, o Sublime Text ainda é o meu grande companheiro quando é altura de programar ou de escrever artigos.

Os motivos principais? O facto de ser tão leve, e as extensões que já tenho instaladas.

O Sublime, à semelhança dos outros editores que referi, é gratuito (a licença permite que o “experimentes” durante tempo ilimitado) e tem uma grande comunidade, que desenvolve um enorme conjunto de extensões e temas que o tornam tremendamente competitivo (estes são os meus packages preferidos para programar e escrever).

Apesar de ser uma ferramenta mais popular entre programadores, a verdade é que qualquer um pode ser muito mais produtivo com a ajuda de um bom editor de texto – se rediges e-mails com frequência, se fazes trabalhos para a escola, se és blogger ou se estás a escrever um livro, este artigo também é para ti.

Sou um grande fã de atalhos de teclado para ganhos de produtividade, e aqui tenciono mostrar-te como o Sublime te pode ser útil, partilhando contigo alguns dos meus atalhos de teclado preferidos.

Os atalhos aqui mencionados são para Mac, mas praticamente todos funcionarão também em Windows (por norma, basta alterar o CMD por CTRL). O Sublime tem alguns atalhos que diferem consoante o sistema operativo, mas não é o caso na maioria dos que listo aqui.

Aqui não vou falar dos atalhos “universais”, como CMD + N ou CMD + S, mas sim atalhos exclusivos do programa. Ainda são bastantes, portanto não te esqueças de ler também este artigo, que te pode ajudar a decorar novos atalhos de teclado com maior facilidade.

Podes também instalar a aplicação gratuita Cheatsheet para teres acesso rápido aos atalhos de teclado de qualquer aplicação do teu Mac.

CheatSheet para Mac

Vamos a eles!

Atalhos para selecções rápidas de texto

1. Para seleccionar várias repetições da mesma palavra: CMD + D

Se há atalho para dominar, é este. Quando premires estas teclas pela primeira vez, seleccionará a palavra em que te encontras. Depois, a cada nova combinação de teclas, seleccionarás mais uma instância do mesmo texto – e como o Sublime suporta selecções múltiplas, poderás depois alterar rapidamente uma palavra/frase, ou escrever algo à frente ou atrás, afectando todas.

Uma espécie de “Find & Replace”, mas mais imediato e só para as instâncias que quiseres.

Queres saltar uma palavra pelo caminho? Não há problema: basta premires CMD + K para ignorar a última selecção que fizeste e passar para a próxima.

2. Para seleccionar várias linhas: ALT + clique

Para este atalho vais precisar da ajuda do rato – uma das grandes características do Sublime, como pudeste ver na dica anterior, é a selecção múltipla. Com este atalho, podes seleccionar uma série de linhas ao mesmo tempo (e nem tem que ser necessariamente ao início), afectando depois todas.

Podes também realizar selecções múltiplas onde bem entenderes, recorrendo ao CMD + clique.

Por fim, se quiseres poupar a viagem ao rato, podes seleccionar várias linhas normalmente com a tecla SHIFT em conjunto com ou , e depois premir SHIFT + CMD + L para colocar um cursor de seleção no final de cada uma dessas linhas.

3. Para seleccionar uma linha inteira: CMD + L

Podes escrever um texto com várias linhas, mas enquanto não fizeres um parágrafo, o Sublime vai encará-lo como só uma linha – seleccioná-la por inteiro é facílimo.

Se for para apagar a linha, podes recorrer directamente ao CTRL + SHIFT + K.

4. Para seleccionar todo o conteúdo na mesma linha de indentação: CMD + SHIFT + J

Se programas, estarás habituado a indentar o teu código – este é um óptimo atalho para rapidamente seleccionares tudo o que estiver ao mesmo nível de indentação.

5. Para seleccionar todo o conteúdo dentro de uma tag: CMD + SHIFT + A

Este é também dirigido aos programadores: se queres rapidamente seleccionar todo o código HTML dentro de uma div, por exemplo, basta premir esta combinação de teclas.

Manipulação rápida de texto

1. Para cortar/copiar linhas inteiras: CMD + X / C

Aqui, não estou a falar do copy/paste habitual. Se não seleccionares nada e premires este atalho, o Sublime vai cortar ou copiar todo o conteúdo da linha para o teu clipboard. Parece insignificante, mas faz toda a diferença!

2. Para duplicar uma selecção de texto: SHIFT+CMD + D

Se a tua ideia com a dica anterior é a de duplicar texto, então mais vale este atalho. Muito útil para duplicar pedaços de código HTML, por exemplo.

3. Para envolver uma selecção de texto numa tag: CTRL + SHIFT + W

Quando estamos a programar, é frequente repararmos que faltou colocar uma tag HTML antes e depois de determinado pedaço de código – algo que deixa de ser um problema com este atalho, apesar de não o considerar o mais prático para as mãos.

Esta combinação de teclas vai encapsular tudo num <p> por predefinição.

4. Para passar uma linha de texto para cima: CTRL + CMD +

Este é um dos meus favoritos – podes facilmentar passar uma linha para cima ou para baixo recorrendo a este atalho, juntamente com o seu amigo CTRL + CMD + .

5. Para converter todo o texto para upper case (letras maiúsculas): CMD + K, CMD + U

Esta combinação de teclas, em sucessão, rapidamente passa uma selecção de texto para letras maísculas.

Se queres alterar tudo para lower case (letras minúsculas), podes usar o CMD + K, CMD + L em sucessão. Tens ainda outras opções se fores ao menu, a Edit > Convert Case.

Outros atalhos úteis do Sublime

1. Para navegares rapidamente entre os ficheiros: CMD + P

Um dos atalhos que usarás com maior frequência se estiveres a editar vários ficheiros em simultâneo – o atalho contempla não só os ficheiros já abertos, mas todos os que existam na pasta onde estiveres a trabalhar, se a tiveres arrastado para o Sublime.

Se pretendes aceder a opções do Sublime ou mesmo de algum package, o CMD + SHIFT + P é amigo.

2. Para apresentares ou ocultares a barra lateral: CMD + K, CMD + B

A barra lateral é muito útil, mas com o atalho de cima não a vais utilizar tanto e o espaço extra pode vir a dar jeito – esta combinação de teclas, em sucessão, exibe ou recolhe a barra lateral.

3. Para dividir a janela do Sublime em várias colunas: CMD + ALT + 1 / 2 / 3 / 4 ou 5

Se tiveres um monitor grande, ou simplesmente precisares de comparar 2 ficheiros lado a lado, este atalho divide o Sublime em 2, 3 ou 4 colunas – premindo a tecla 5 ficas com uma grelha.

Conclusão

Como vês, um bom editor de texto como o Sublime, quando bem dominado, pode ser muito útil para qualquer pessoa que escreve regularmente. E se algum atalho te está a faltar, podes ainda editar as Key Bindings do programa e personalizá-lo ao teu gosto.

Esqueci-me de algum? Qual é o teu atalho de teclado preferido do Sublime?

Apreentando o Dropbox Paper

Dropbox Paper – a alternativa ao Evernote e ao Google Keep

Dropbox Paper – a alternativa ao Evernote e ao Google Keep 1240 700 Bruno Brito

A Dropbox, uma das minhas marcas preferidas do mundo online, lançou hoje uma nova aplicação que promete dar que falar nos próximos tempos.

O Dropbox Paper é, à primeira vista, uma app muito similar ao Google Keep ou ao Evernote, que nos permite tirar notas que ficam disponibilizadas na cloud, sendo assim possível acedê-las através de qualquer computador.

A ideia não é propriamente nova, mas com a polémica alteração de condições que a Evernote implementou para os seus utilizadores do plano gratuito, limitando a sua utilização a 2 computadores com a aplicação instalada, várias alternativas têm surgido – um bom exemplo é o Zoho Notebook, que até baseou toda a sua comunicação nesta questão.

Mas voltando ao Dropbox Paper; é super-recente e ainda está em fase beta, portanto deverás estar a pensar algo deste género:

Se já estou habituado a uma das outras apps, para quê mudar?

Bom, aqui ficam 5 boas razões. Para mim, foram motivos suficientes!

NOTA: Este artigo foi escrito precisamente no Paper, pelo que terás um pequeno momento Inception ao ver as fotos 😅

#1: O Design

Até ter entrado no Dropbox Paper pela primeira vez, confesso que achava a versão web do Evernote bonita – mas no design, a Dropbox sempre foi muito forte, e aqui esmerou-se particularmente: com um belo tipo de letra e muito espaço branco para não distrair, esta app parece ter sido feita para ficar aberta no browser todo o dia.

À esquerda podemos navegar entre os sub-capítulos do documento actual ou aceder aos restantes documentos.

Ao centro, podemos escrever livremente ou inserir alguns componentes (como imagens, tabelas ou ficheiros do Dropbox) recorrendo a este botão…

Dropbox Paper - Componentes

… ou editar, com um pop-up muito similar ao do Medium.

Dropbox Paper - Editar

No cabeçalho encontramos algumas acções mais específicas, tais como:

  • ver quantas palavras o documento tem actualmente;
  • visitar o histórico para consultar as alterações ao documento;
  • descarregar o ficheiro para o nosso computador, tanto em formato .docx como em Markdown.

Dropbox Paper - Word Count

Sim, em Markdown! Não o exporta de uma forma perfeita ainda, mas é já muito bom sinal.

O que me leva para o 2º ponto…

#2: Suporte para Markdown

A Dropbox não o refere na sua comunicação, mas o Dropbox Paper suporta alguns dos principais comandos de Markdown, linguagem que utilizo diariamente para escrever os meus artigos e documentação.

Nos meus testes, a app não reconheceu links ou imagens, mas aceitou headings, citações, negrito, itálico, e até código.

#3: Emojis com facilidade

Apesar de estar no início, o Dropbox Paper já contempla esta nova forma de comunicar. Basta inserires : para depois escolheres o emoji que desejares, como acontece por exemplo no Slack.

Dropbox Paper - Emojis

#4: Gestão de Multimédia

Algo que sempre me chateou no Google Keep e no Evernote foi a incapacidade de lidar com o conteúdo rico da Web, como vídeos YouTube ou músicas do Soundcloud – mas aqui, basta inserires o link que surgirão de imediato no documento, como deveria acontecer sempre.

Dropbox Paper - Conteúdo Rico

As imagens também vão mais longe; para além dos GIFs serem suportados, é possível visualizá-las numa galeria full-screen com um duplo clique numa foto.

Também podemos anexar ficheiros do Dropbox ou do seu rival Google Drive sem esforço, como já acontece com os seus concorrentes directos.

#5: Trabalho em Equipa

O Dropbox Paper foi feito com o mercado empresarial em vista e uma prova disso mesmo é a colaboração a la Google Docs, com o habitual botão de partilha e notas dos outros colaboradores.

Dropbox Paper - Comentar

Da mesma forma que suporta emojis, também é possível inserir stickers na caixa de comentários, mas provavelmente mais interessante será a forma como podemos mencionar outros utilizadores (com uma @ antes do nome ou endereço de e-mail) e indicar ficheiros (com um + antes do nome do ficheiro).

Também é possível integrar o Google Calendar com o Dropbox Paper para criar notas da reunião – a aplicação criará automaticamente um documento para a próxima reunião, dando acesso a todos os participantes. Bem pensado!

Conclusão

Num mercado cheio de boas alternativas e em que parecia já se ter visto tudo, eis que a Dropbox surge para agitar um pouco as coisas. Os concorrentes certamente não perderão tempo a criar funcionalidades similares, mas o Dropbox Paper já mostrou que entrou com o pé direito nesta “guerra”.

Estou rendido à versão web. Agora, toca a instalar a app mobile!

E tu, vais experimentar?

4 apps indispensáveis para Mac

4 Apps Indispensáveis para Mac – Moom, Trickster, ClipMenu e DaisyDisk

4 Apps Indispensáveis para Mac – Moom, Trickster, ClipMenu e DaisyDisk 620 350 Bruno Brito

Esta semana decidi criar algo diferente e gravar alguns vídeos, em formato screencast, para apresentar algumas das minhas aplicações favoritas para OSX.

Utilizo estas apps no meu dia-a-dia e sinto que contribuem imenso para a minha produtividade (em particular as 3 primeiras).

Todas devem ser consideradas por qualquer utilizador que tenha um Mac. Estás pronto para as conhecer?

Moom

O Moom é a app de excelência para gerir janelas.

Se dás por ti a arrastar janelas para um lado e para o outro com frequência, para melhor aproveitar o ecrã, então vais adorar o Moom!

Neste vídeo podes também ver como os atalhos de teclado te podem ajudar a organizar as janelas das tuas aplicações.

Trickster

O Trickster dá-te acesso rápido a todos os ficheiros que editaste recentemente.

Quando acabas de criar/alterar um documento, é frequente precisares de o aceder de novo para o anexar a um e-mail, fazer upload para a web ou abrir noutro programa, certo?

Com o Trickster, essa tarefa passa a ser bem mais fácil. E permite-te ainda filtrar por tipo de ficheiro (imagens, vídeos, músicas…) , o que é óptimo!

ClipMenu

O ClipMenu é um Clipboard Manager. Sempre que fazes copy a algo, fica guardado na memória do clipboard do sistema operativo.

Se recorres muito a copy/pastes durante o dia, certamente gostarias de aceder a uma lista de tudo o que já fizeste copy, para poder recuperar textos antigos, certo?

Bom, com o ClipMenu vais poder aceder ao histórico de tudo aquilo que fizeste copy, podendo recuperar rapidamente qualquer item. Ideal para programadores e bloggers!

DaisyDisk

Se estás frequentemente a ficar sem espaço em disco, dá uma olhadela no DaisyDisk – esta aplicação analisa o teu disco em poucos segundos e rapidamente te mostra quais os ficheiros que estão a ocupar mais espaço no teu computador, para decidires se os deves apagar ou transferir para um disco externo.


Espero que tenhas gostado dos vídeos e destas sugestões! Tentarei fazer mais screencasts quando relevante, para complementar os artigos.

E tu? Que apps para Mac recomendas?

Torna-te um Perito em Atalhos de Teclado

Adeus, Rato: Torna-te um Perito em Atalhos de Teclado

Adeus, Rato: Torna-te um Perito em Atalhos de Teclado 620 350 Bruno Brito

Como me posso tornar mais produtivo com um computador?

Quando me lançam esta questão, a minha resposta passa sempre por 2 pontos:

  1. aprender a escrever mais depressa, utilizando Text Expanders;

  2. dominar os principais atalhos de teclado das aplicações que utilizamos diariamente.

Faltava-me escrever sobre este último. Este tema não é o mais sexy, mas a verdade é que o considero um dos aspectos mais importantes da produtividade.

Todos nós devíamos dominar, no mínimo, os atalhos “universais” (que conhecerás mais à frente), mas há uma razão muito importante para não subestimares o poder deste assunto.

Pensa no seguinte: o que é mais rápido? Escrever CMD ou CTRL + C ou ir ao menu e clicar em Edit->Copy?

Sabes a resposta, certo?

Procurar a instrução certa no menu exige maior concentração e precisão do que premir 2 teclas ao mesmo tempo. Por outras palavras, largar o teclado para ir ao rato vai-nos interromper a cadeia do pensamento, tirando-nos tempo e capacidade de foco. Por esse motivo, faz todo o sentido depender do rato o menos possível.

Utilizar atalhos de teclado é frequentemente associado a “peritos”, mas não tem que o ser: com estas dicas, espero desmistificar um pouco este tópico e dar algumas dicas para começares a beneficiar da enorme poupança de tempo e concentração que proporcionam.

Antes de começarmos, quero dar-te 3 conselhos imprescindíveis para pôres em prática o que vem a seguir; vamos a eles!

#1: Resiste à tentação de usar o rato

Como vimos na introdução, o grande objectivo de aprender a utilizar os atalhos do teclado é o do aumento da produtividade.

Naturalmente, não terás grandes ganhos se não saíres da zona de conforto e continuares a usar o rato. Ao início, é normal que não te seja natural utilizar o teclado para tudo, mas tenta lembrar-te do atalho que procuras antes de passar de imediato a mão para o rato.

A grande excepção vai para a Web, onde é realmente mais prático utilizar o rato para navegar de link para link. Ainda assim, é possível utilizarmos apenas o teclado para este efeito, seja através dos atalhos convencionais seja recorrendo a extensões, como por exemplo o Vimum, para Chrome.

#2: Recorre a “auxiliares de memória” quando necessário

De início, vai ser complicado memorizar muitos atalhos, especialmente se envolverem mais do que 2 teclas ao mesmo tempo.

Aqui, é boa ideia usar uma cábula. Deixar os atalhos espalhados pela secretária é uma boa forma de te lembrares da combinação na hora H.

Podes recorrer a simples notas “post-it” ou, no caso de quereres dominar aplicações mais complexas como o Ableton Live ou o Adobe Premiere, podes ir mais longe e comprar autocolantes para as teclas!

Autocolantes Ableton Live para teclado

#3: Vai com calma: tenta aprender, no máximo, 5 atalhos novos por semana

Poderá ser tentador apontar 20 atalhos para aprender, mas o mais provável será ficares frustrado ao fim de algum tempo por nenhum deles ainda estar interiorizado.

Alguns atalhos terás que repetir muitas dezenas de vezes até que fiquem assimilados, pelo que convém começar com poucos e, aproveitando a Lei de Pareto, por aqueles que vais usar com maior frequência.

O que nos traz para o ponto seguinte…

Começa por aprender os atalhos “universais”

Se este assunto te intimida, vais gostar de saber que a maior parte dos atalhos é comum entre as aplicações, o que significa que trabalhar no Word para Windows não vai ser assim tão diferente de trabalhar no Pages para Mac.

Isto são excelentes notícias: só vais ter de decorar uma vez os atalhos para os comandos mais frequentes (como “Gravar”, “Abrir”, “Copiar” ou “Colar”), pois todas as aplicações partilham esses mesmos atalhos.

Vamos então começar por dominar os atalhos que usarás com maior frequência; sugiro que comeces por aprender estes 10 (em Windows utiliza a tecla CTRL em vez de CMD):

NOTA: Esta lista assume que tens o sistema operativo e software em Inglês.

CMD + N – Criar Novo
CMD + O – Abrir
CMD + S – Guardar
CMD + P – Imprimir
CMD + A – Seleccionar tudo
CMD + X – Cortar
CMD + C – Copiar
CMD + V – Colar
CMD + Z – Desfazer (Undo)
CMD + Y – Refazer (Redo)

Chamo especial atenção ao CMD + S – é “o” atalho, aquele que deves utilizar obsessivamente.

Depois destes, fará sentido passares para os atalhos do teu sistema operativo preferido – aqui, é normal que encontres diferenças (por exemplo, o comando para fechar uma aplicação em Windows, ALT + F4, é drasticamente diferente de CMD + Q usado em OSX) mas como são comandos recorrentes, vale a pena aprender pelo menos estes:

Em Windows:
ALT + F – Ir para “Ficheiro”
ALT + F4 – Fechar Aplicação
ALT + TAB – Mudar de Aplicação

Em OSX (Mac):
CMD + Q – Fechar Aplicação
CMD + H – Esconder Aplicação
CMD + , – Definições da Aplicação
CMD + TAB – Mudar de Aplicação

Descobre os atalhos para os comandos que mais usas em cada aplicação

Agora que já conheces os atalhos fundamentais, é tempo de olhares para as tuas aplicações preferidas.

Uma aplicação complexa, como o Adobe Photoshop ou o SublimeText, pode ter dezenas de atalhos pré-configurados – mas provavelmente há acções que realizas muito mais que outras.

Assim sendo, começa por memorizar os comandos mais frequentes: se reparares, nos menus tens sempre o atalho associado ao lado do comando onde clicas, pelo que seguindo as dicas mencionadas acima, podes apontar 5 atalhos dessa app e não utilizar o rato para realizar essas acções.

Em OSX, podes ainda instalar a app CheatSheet, que é grátis e te dá todos os atalhos disponíveis para a app em que te encontras.

CheatSheet para Mac

As webapps mais populares, como o Gmail, Facebook ou Twitter, também têm os seus próprios atalhos. Podes geralmente aceder à lista dos mesmos carregando em ?.

A título de exemplo, aqui ficam os atalhos disponíveis para o Facebook:

Atalhos para Facebook

Muitas outras webapps usam teclas de atalho similares, especialmente o J, o K, o ? e o /.

O nível seguinte

Quando já estiveres mais confortável em utilizar o teclado para comandar o software, podes ainda começar a pensar em criar os teus próprios atalhos.

Algumas aplicações, como o popular leitor de multimédia VLC, permitem-te definir os atalhos para cada acção.

Atalhos VLC

Mais à frente, podes aindar criar macros para tarefas repetitivas, que são executadas através de um simples atalho de teclado. A grande vantagem aqui é que podes gravar qualquer conjunto de acções e depois executá-las com um conjunto de teclas.

Para Windows, podes investigar o AutoHotkey e para Mac, o Keyboard Maestro.

No exemplo da imagem abaixo, criei um atalho para lançar os 3 browsers ao mesmo tempo.

Keyboard Maestro para Mac

Conclusão

Como vês, recorrer mais ao teclado e menos ao rato não tem que ser doloroso – com prática, vais depender cada vez menos deste último, terminando as tarefas em menor tempo e, especialmente, com menores quebras de concentração pelo caminho.

A sério, dá uma hipótese; deixa o rato para a Web e para jogar, e torna-te um mestre em atalhos de teclado – vais ver que vai valer a pena!

RescueTime - app que mede a tua produtividade

RescueTime – a app que mede a tua produtividade

RescueTime – a app que mede a tua produtividade 620 350 Bruno Brito

A Internet está repleta de distracções. Quantas vezes não te aconteceu ligar o computador apenas para concluir uma tarefa rápida e encontrares-te, 2 horas mais tarde, perdido nas redes sociais ou no YouTube?

Sejamos sinceros: por muito que a internet nos tenha facilitado a vida, é também responsável por inúmeras horas desperdiçadas.

É difícil resistir às centenas de tentações que a Internet oferece. Aqueles títulos aliciantes e aqueles vídeos estão à espera do teu clique – afinal de contas, a tua tarefa pode esperar mais 3 minutos, certo?

Às vezes parece que não temos qualquer controlo. Mas não tem de ser assim.

Hoje, vou-te apresentar o RescueTime.

Para que serve o RescueTime?

Provavelmente já tiveste curiosidade em saber quantas horas passaste no Facebook ou no YouTube em determinada semana. Ou quanto tempo estiveste no Photoshop ou no Excel.

O RescueTime dá-te precisamente essas respostas. É uma aplicação que controla o que fazes no computador, contabilizando os minutos que passas em cada site e em cada aplicação, para depois te apresentar um relatório com o teu índice de produtividade.

RescueTime - índice de produtividade

Como chega ele a este índice?

Simples. O programa tem já uma enorme base de dados de sites e aplicações, ganhando cada registo uma nota entre 0 (muito distractivo) e 5 (muito produtivo) . Tudo fica também agrupado em categorias como Redes Sociais ou Sites de Notícias.

O RescueTime é, portanto, já bastante inteligente de origem, colocando grande parte dos teus sites e apps nos campos certos.

No entanto, a melhor parte é que o podes “treinar”, explicando-lhe que sites e apps têm um cariz produtivo para ti. Mas já lá vamos.

Instalando o RescueTime

O RescueTime está disponível para Windows, Mac e Linux, e para os browsers Chrome e Firefox. Existe ainda uma app para Android.

Como a extensão para o browser só acompanhará o que fazemos na web, a melhor forma de garantir cobertura total será instalando a aplicação para o respectivo sistema operativo.

Para tal, basta clicar aqui e em “Get Started”, optando depois pelo plano RescueTime Lite, que é grátis.

Depois de descarregada e instalada, só temos de inserir o mesmo endereço de e-mail que colocámos no registo e a aplicação começará de imediato a monitorizar a nossa actividade.

Funcionalidades

A qualquer momento, podemos fazer sign-in e aceder ao nosso dashboard para ter acesso às nossas estatísticas. Facilmente podemos filtrar os resultados por dia, semana, mês ou até ano.

Filtrar por períodos no RescueTime

Como se pode ver, o RescueTime sabe bem onde encaixar cada site ou aplicação.

RescueTime categorias

Se quisermos alterar a categoria de algo (ou indicar se é produtiva ou não) podemos ir a Reports > Applications & Websites, escolher a Activity que queremos alterar e depois clicar em Edit Activity.

RescueTime - edit activity

Também é possível editar uma categoria se formos a Reports > Categories e clicarmos em Edit categories. Posso, por exemplo, alterar a categoria de “Business” para Neutral ou Productive, visto ser um profissional de Marketing.

RescueTime - alterar produtividade

No entanto, uma forma mais rápida de editar as principais actividades é se formos a Categorize Activities, dentro de Reports > Productivity.

RescueTime - categorize activities

Esta é também uma óptima forma de visualizar toda a semana, como se pode ver!

Por fim, podemos estabelecer objectivos (Goals) para a nossa actividade e até indicar se esse objectivo deve ser alcançado num período específico, como manhãs, tardes ou dias de semana.

RescueTime - set new goal

O plano Premium

Apesar de não utilizar o plano pago, a verdade é que este traz algumas funcionalidades extra que podem justificar o investimento para algumas pessoas.

Por 9 dólares mensais (ou $72 por ano), o plano Premium do RescueTime, dá-nos relatórios mais detalhados, um registo das principais conquistas do dia, o tempo passado em reunião ou ao telefone e, talvez a funcionalidade mais interessante, a possibilidade de impedir (durante um determinado período de tempo) o acesso a sites que a aplicação considera uma distracção.

RescueTime - get focused

Conclusão

Há já vários meses que utilizo esta app e sinto que serviu, pelo menos, para ter uma melhor noção de como passo o meu tempo à frente do computador.

Não vivo obcecado em obter uma nota elevada de produtividade no final da semana, mas a verdade é que o tempo alocado a tarefas que considero produtivas tem de facto aumentado com o passar dos meses, sendo os sites time suckers cada vez menos tentadores.

Só por isso, já acho que vale a pena o download! O que dizes?

Ferramentas para Colaboração Online

6 Ferramentas para Colaboração Online

6 Ferramentas para Colaboração Online 620 350 Bruno Brito

Trabalhar à distância está na moda. Longe vão os tempos em que precisávamos de nos encontrar com alguém para escrever um artigo, compor uma música, acabar um trabalho para a escola ou até começar um negócio.

O mundo está a ficar cheio de nómadas, que saltitam de país em país com o seu Macbook Pro na mochila. Tudo o que precisam é de um portátil (às vezes até um smartphone basta) e de uma ligação à internet (que facilmente encontram num café ou numa biblioteca), e estão prontos a trabalhar. A localização já não é uma questão para muitos empregos online.

A independência geográfica é altamente valorizada por muitos trabalhadores. Sem surpresa, algumas empresas já começam a ter uma grande parte da sua equipa a trabalhar de forma distribuída, como a Automattic (responsável pelo WordPress), Treehouse, Github ou a já mencionada Buffer.

Apesar de estar actualmente na Suíça, tenho conseguido trabalhar normalmente nos vários projectos em que estou inserido, com pessoas da Europa ou da América do Norte.

Para além da questão da independência, existem outras vantagens, como as competências que se desenvolvem ao conviver com outras culturas. Aprendemos a comunicar de forma mais clara quando apenas temos um e-mail ou um chat para transmitir a nossa ideia e a gerir melhor o nosso tempo quando existem grandes diferenças no fuso horário.

Pelo caminho, conhecemos algumas ferramentas que nos podem facilitar as tarefas. Hoje vou apresentar aquelas com que trabalho diariamente – algumas bem populares, outras nem tanto.

Existem inúmeras ferramentas com funcionalidades semelhantes a estas – mas nem todas prevalecem. E quando as escolhemos, também temos de ter em conta o preço, a adopção do mercado (não vale a pena utilizar ferramentas que mais ninguém quererá usar) e a compatibilidade.

Por esse motivo, a grande maioria destas apps é 100% grátis (as outras têm um custo realmente baixo), são conhecidas pela maioria das pessoas que trabalham remotamente e têm versões para PC, Mac, Android e iOS.

Vamos conhecê-las!

6 Ferramentas para Colaboração Online

#1: Google Suite (Gmail, Docs e Hangouts)

O conjunto de aplicações da Google dispensa apresentações e vai muito para além de um substituto do Microsoft Office.

A Suite da Google

Gostemos do e-mail ou não, é uma ferramenta absolutamente indispensável ainda nos dias que correm para trabalhar online. Para além da Google ter revolucionado o email quando introduziu o Gmail, com o seu agrupamento de mensagens relacionadas e a sua pesquisa super rápida, deu-nos também razões para abrir o Word e o Excel menos vezes, com o Google Docs.

Com uma combinação de Docs, Sheets e Slides, acabamos por ter uma boa alternativa ao Office, mesmo apesar de muita gente considerar o Zoho Docs superior.

Essas 3 apps permitem colaboração, dando-nos até a possibilidade de estabelecer permissões: podemos adicionar um utilizador para editar o documento, apenas comentar ou apenas visualizar.

As opções de colaboração do Google Docs

Mais recentemente, surgiu o Hangouts – com possibilidade de chat e chamadas de vídeo com mais 9 colegas, o Hangouts impressiona por também incluir funcionalidades mais avançadas, como a partilha do ecrã ou até a possibilidade de controlarmos remotamente o ecrã de outro utilizador.

#2: Dropbox

Outro produto revolucionário e já amplamente conhecido é o Dropbox. O Dropbox garante que tudo fica sincronizado nos nossos vários computadores.

O Dropbox tornou-se tão essencial que é embaraçoso recordar os tempos em que tínhamos de transferir os ficheiros para uma pen USB ou enviar um e-mail para nós próprios para mover os nossos ficheiros de uma máquina para outra.

O Dropbox

Mas não é só isso que o Dropbox possibilita actualmente. Ao permitir a partilha de pastas, o Dropbox torna-se o companheiro ideal para arrastar todo um projecto para lá, para colaboração. Sempre que existir uma modificação ao ficheiro, o Dropbox sincronizará e rapidamente teremos a versão mais recente de cada documento.

"Share a folder" no Dropbox

Outra característica pouco divulgada (mas muito útil) é o facto de podermos recuperar versões antigas de documentos, para o caso de preferirmos voltar atrás na nossa decisão (ou para resolver um erro de um colega).

Dropbox "Older Versions

O Dropbox também torna fácil a partilha de ficheiros com clientes e pessoas que nem sequer têm a aplicação, visto que podemos criar um link para partilha com facilidade. Ainda assim (e como o Dropbox “só” nos dá 2 GB de origem), para esse efeito prefiro o WeTransfer, que permite a partilha de ficheiros de até 2 GB.

Por fim, o grande trunfo do Dropbox (e o que o separa do Google Drive e todos os outros) é a enorme integração que tem com outros serviços. Todo o tipo de aplicações suporta o Dropbox – exemplos são os já mencionados PhraseExpress e TextExpander, o Wunderlist e as ferramentas de colaboração Asana e Trello.

#3: LastPass

O LastPass já teve direito a um artigo de destaque, mas algo que vale a pena realçar é a sua capacidade de permitir a partilha de palavras-passe.

É frustrante estar à procura dos e-mails dos nossos colegas com os acessos do FTP, das redes sociais ou do WordPress para trabalhar. Pior é ainda ficar à espera deles, porque o acesso nunca nos foi dado. Podemos evitar esse problema com o LastPass.

Para activar esta opção, só temos de aceder à nossa LastPass Vault e clicar em Manage Shared Folders. Depois, basta criar uma pasta e todos os acessos criados ou arrastados para esta pasta ficarão disponíveis para os restantes membros da equipa.

O "Family Folder" do LastPass

Podemos bloquear o acesso à palavra-passe, ou impedir que a alterem, se quisermos ter maior controlo sobre as nossas contas.

Existe uma ressalva: esta funcionalidade faz parte do plano Premium do LastPass, que tem o custo de $12 anuais, e só nos deixará gerir uma pasta (para mais teremos de passar para o plano Enterprise). Ainda assim, é um valor incrivelmente baixo para o que esta excelente ferramenta permite.

#4: Slack

O primeiro grande desconhecido desta lista é o Slack, uma aplicação recente que tem uma grande ambição: acabar com o e-mail.

O Slack procura ser um all-in-one para comunicação de equipas e a verdade é que nos projectos em que o utilizo, os e-mails caíram drasticamente.

Existem várias ferramentas deste género, como o popular HipChat, mas o Slack parece-me ser aquele com maior potencial.

O ecrã principal do Slack

Depois de adicionar os membros da equipa, podemos dividir as conversas por canais para falar sobre assuntos específicos (por exemplo, #newsletters #blog #design), onde todos se podem juntar, ou criar grupos privados para determinados departamentos. Podemos também falar em privado (one-on-one), claro.

Uma grande vantagem do Slack é a excelente pesquisa, onde rapidamente podemos ver conversas em que fomos mencionados, ficheiros partilhados (com filtro para alguns tipos de ficheiro, como PDFs ou imagens) ou posts.

Também é muito fácil partilhar e visualizar links – ficando com a preview do ficheiro se se tratar de um JPG/PNG ou algo do YouTube ou do SoundCloud, por exemplo.

Embed de um link do SoundCloud no Slack

Podemos rapidamente despejar qualquer ficheiro na caixa de diálogo, criar um postem Markdown – ou um snippet (útil para programadores) e importar algo, por exemplo, do Dropbox.

Opções de posts no Slack

Para além do Dropbox, o Slack já tem dezenas de integrações com outros serviços, como o Google Drive, o GitHub, o MailChimp ou o Twitter.

#5: Skype

O Skype surge sem surpresa nesta lista. Quem não conhece este ecrã?

Ecrã de login do Skype

Não vale a pena remar contra a maré: vamos acabar por utilizar o Skype e nenhuma lista ficaria completa sem esta app.

Apesar do Hangouts permitir a maior parte das funcionalidades do Skype (incluindo a partilha de ecrã), a verdade é que esta aplicação está lá desde o início e, por esse motivo, uma boa parte dos utilizadores ainda prefere recorrer a esta ferramenta para conversas de texto, áudio e vídeo.

#6: Splice

Este programa é dirigido aos amantes da música. O Splice é uma espécie de Dropbox, integrado com as principais Digital Audio Workstations (Fruity Loops, Ableton Live e Logic Pro X) para artistas partilharem os seus projectos.

Para um adepto da produção musical como eu, esta app é já indispensável – não só para colaborações como também para aprender, visto que nos dá a possibilidade de espreitar os projectos de outros artistas.

E trago esta ferramenta para a lista especialmente por esse motivo: este tipo de abertura e transparência certamente contribuirá para muita gente crescer e aprender, tendo o luxo de poder analisar ao microscópio as obras dos profissionais e evoluir na sua própria arte.

Com o Splice, rapidamente estamos a trabalhar num projecto novo, pegando em partes de outra pessoa e remisturando-as ao nosso gosto.

Um dos pontos de interesse do Splice é o DNA Player, que é fantástico. Ao permitir a inserção de comentários (semelhante ao SoundCloud), eventuais clientes poderão indicar as secções onde desejam alterações, por exemplo.

Um projecto no DNA Player do Splice

Outro pormenor que aprecio é o facto do Splice analisar os projectos e ver que plug-ins são utilizados. Na secção com o mesmo nome, até podemos ver quais são os plug-ins mais populares dos restantes utilizadores.

O Splice é apenas um exemplo de uma app com um uso já bem específico. Estou certo que outras aplicações, como a Creative Cloud da Adobe, estarão à altura para outros mercados!

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Chris Bailey - A Year of Productivity

Chris Bailey: 1 Ano de Produtividade

Chris Bailey: 1 Ano de Produtividade 620 350 Bruno Brito

Tenho uma pequena obsessão com produtividade. Quero fazer mais em menos tempo, seja escrever, ler ou trabalhar. E, pelos vistos, não estou sozinho.

A Internet está cheia de artigos sobre “como fazer x em menos tempo (e com o mínimo de esforço)” e este é um dos tópicos que mais especialistas reúne por aí. Pelo meio, chavões como life hacking e nomes como David Allen chegaram ao mainstream.

Ficámos ainda a conhecer todos os sistemas e mais alguns para “work smarter, not harder”, como o método Pomodoro (onde trabalhamos em sprints de 25 minutos), o Getting Things Done (precisamente inventado por David Allen) ou o “Don’t break the chain”, associado ao comediante Jerry Seinfeld (apesar do próprio ter negado ser o inventor desse método num AMA do Reddit).

Como é que sei isto? Não, não precisei de ir ao Google. Quando encontro um novo artigo sobre produtividade, o meu instinto é clicar e ler de uma ponta à outra, sempre com esperança de encontrar algo que me faça reconsiderar o meu workflow e me melhore em 0.5%. E já é assim há largos anos (ainda não aprendi a lição, pelos vistos).

Mas o que tenho verificado é que cada vez há mais ruído. Parece que já não há mais formas de abordar um tema que, no fundo, é muito simples: como evitar a procrastinação e concluir a nossa tarefa com a maior facilidade, rapidez, concentração e energia.

Parece que estava a ficar sem razões para visitar aquele que (ainda) é o meu site preferido: o Lifehacker. Mas ainda bem que o continuo a fazer, porque se não, não teria conhecido Chris Bailey.

Chris Bailey e o seu “Ano de Produtividade”

Chris Bailey é um simples licenciado em Gestão que, ao terminar o seu curso, decidiu recusar as 2 ofertas de emprego que tinha na mesa para explorar o tópico que mais o fascina: a produtividade.

De 1 de maio de 2013 a 1 de maio de 2014 decidiu começar um pequeno movimento: a Year of Productivity.

Durante esse ano, Chris decidiu fazer todo o tipo de experiências, relatando-as depois no seu blog. Estas foram apenas algumas:

  • Trabalhar 90 horas por semana;
  • Beber apenas água durante 1 mês;
  • Meditar durante 35 horas em 7 dias;
  • Ouvir 70 horas de TED talks em 7 dias;
  • Acordar às 5h30 da manhã todos os dias;
  • Viver totalmente isolado de tudo durante 10 dias;
  • Não fazer absolutamente nada durante 1 semana;
  • Utilizar o smartphone durante apenas 1 hora por dia;
  • Alternar entre indumentária formal, casual e pijamas durante 21 dias.

Pelo caminho, Chris aprendeu muito sobre si próprio e sobre produtividade, escrevendo mais de 200.000 palavras. Agora, anda por universidades, empresas e podcasts a espalhar a palavra, tendo até já dado uma TED Talk.

O que se aprendeu

Cada experiência foi relatada ao pormenor e no final dos 365 dias, Chris Bailey partilhou as suas 10 grandes conclusões neste belo artigo, talvez o seu melhor post.

Para quem não tem tempo ou gosto por ler, este podcast com Scott Britton resume perfeitamente o projecto numa hora.

Enquanto fã deste tipo de conteúdos, recomendo vivamente a Year of Productivity. Este senhor foi uma lufada de ar fresco no fascinante (embora saturado) mundo dos conteúdos sobre produtividade!

Como trabalhar mais depressa

3 dicas para trabalhar mais depressa

3 dicas para trabalhar mais depressa 620 350 Bruno Brito

O artigo de hoje é dedicado à arte de trabalhar mais depressa. Existem por aí milhares de apps que podem melhorar a nossa vida, mas nem sempre sabemos da sua existência ou do que são capazes de fazer (como a já mencionada e ainda tão desconhecida f.lux).

Estas dicas são especialmente úteis para quem passa o dia a abrir e fechar os mesmos programas, a alternar entre vários itens no seu clipboard e para quem perde sempre imenso tempo à procura dos ficheiros que acabou de alterar e gravar.

Vamos a isto!

Lançar aplicações

Passamos a maior parte do tempo agarrados ao teclado, mas quando chega a altura de lançar uma aplicação, temos de passar para o rato. Será que tal é necessário? Não. Podemos lançar qualquer app mais rapidamente se utilizarmos o teclado e uma aplicação como o Launchy (para Windows) ou o Quicksilver (para Mac) – são ambas gratuitas.

Launchy e Quicksilver

Estes programas funcionam de forma similar – configuramos uma Hotkey (como Ctrl+Barra de Espaço) e o programa surgirá, para digitarmos as primeiras letras da aplicação que pretendemos. O programa aprende com o uso que lhe damos, ao ponto de bastar carregar no “C” para lançar o Chrome ou “F” para o Firefox, se forem essas as apps que lançamos com maior frequência (no meu caso, o Filezilla).

Estas apps são capazes de mais, visto suportarem plug-ins. Podemos, por exemplo, utilizá-las para fazer contas rápidas (escusando de abrir a calculadora), para controlar uma playlist ou para efectuar uma pesquisa no Google ou na Wikipédia.

Um Copy/Paste melhorado

O Copy/Paste é uma invenção maravilhosa. Durante o dia, quantas vezes será que fazemos Ctrl+C e Ctrl+V? Mas o clipboard do sistema operativo é limitado – só guarda um item na memória e não tem histórico. E se quisermos recuperar aquele link que colámos há 1 hora atrás? E se quisermos alternar entre 3 ou 4 elementos diferentes para colocar informação num formulário?

É aqui que entram aplicações como o ArsClip (para Windows) e o ClipMenu (para Mac) – ambos gratuitos. Guardam todos os elementos que copiamos, sendo depois possível configurar uma Hotkey para lançar a aplicação e escolher qual dos elementos queremos colar agora.

O ArsClip e o ClipMenu

Para além de melhorar consideravelmente o Copy/Paste, estes programas podem também colar algo sem formatação (plain text) quando copiamos algo formatado e vão para além do armazenamento de texto – também podem guardar imagens ou outro tipo de ficheiros.

O ClipMenu até suporta snippets. Já falei na utilidade deles e dos Text Expanders para escrever mais depressa e este é um excelente complemento para esses programas.

Aceder rapidamente aos ficheiros recentes

Não sou propriamente a pessoa mais organizada do mundo quando chega a altura de guardar os meus ficheiros. Tenho várias pastas e sub-pastas, sim, mas a dada altura comecei a prestar cada vez menos atenção a isso.

A razão? A descoberta do Everything (grátis, para Windows) e do antigo Blast, agora Trickster ($9.95, para Mac).

Quando estamos a criar/editar ficheiros para um projecto, geralmente sabemos o nome deles (ou uma parte), apenas não temos a certeza onde os gravámos – ou simplesmente demora muito a lá chegar.

Para contornar esta situação, há 2 apps que recomendo.

Everything

O Everything é tudo o que a pesquisa para Windows devia ser – depois de indexar o disco rígido, podemos lançá-lo com uma Hotkey (eu gosto de Ctrl+Alt+F) para abrir a janela e iniciar a nossa pesquisa.

A diferença face à pesquisa do Windows? Não leva 3 horas a encontrar o ficheiro que procuramos, mas sim 1 segundo. Só sabemos a extensão do ficheiro? Não faz mal, podemos procurar por algo do género *.psd para visualizar apenas os ficheiros de Photoshop, por exemplo.

O Everything para Windows

O facto de ser super rápido permite um drag & drop instantâneo a qualquer momento, útil quando queremos arrastar imagens para o WordPress ou aquele MP3 que acabámos de gravar para o Soundcloud.

Para Mac, o melhor substituto não é o Trickster, que abordo a seguir. Na verdade, o mais parecido que encontrei foi o HoudahSpot, que obtive num bundle mas custa $29. O Spotlight (que vem com o OSX) não é mau, mas se precisares de algo mais robusto, provavelmente o valor será justo.

Blast/Trickster

O Blast fica ali quietinho no system tray do OSX e ao visitá-lo podemos rapidamente consultar os ficheiros mais recentes – sejam os que acabámos de fazer download, os que modificámos e gravámos ou os que acabaram de surgir no Dropbox.

Podemos abrir o ficheiro a partir dessa janela ou arrastá-lo para outra aplicação ou para a web. Com um clique no lado direito, podemos abri-los no Finder ou optar por outro tipo de acções.

O Blast para Mac

Não sei ao certo o que mudou neste programa desde que passou para Trickster, porque ainda utilizo a versão anterior, mas certamente não haverá de ser muito diferente.

Conclusão

Estas aplicações requerem alguma habituação ao início (especialmente a decorar as Hotkeys e a integrá-las no nosso workflow) mas, quando bem usadas, sem dúvida que nos poupam muito tempo em tarefas rotineiras. Recomendo vivamente todas – aliás, são essenciais para a escrita de todos os meus artigos.

Esqueci-me de alguma? Manifesta-te nos comentários!

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O Processo Criativo

Os 8 passos do Processo Criativo

Os 8 passos do Processo Criativo 620 350 Bruno Brito

Este é um tópico engraçado. Apesar de não ser imediatamente associado ao Marketing, é inegável que alguns dos maiores profissionais do ramo são também tremendamente criativos – nem que seja pelo hacking, conforme referido num artigo anterior.

Quase todo o ser humano gosta de criar, mas não criamos todos o mesmo. Apesar de ser algo tão universal, o processo criativo é uma das coisas mais pessoais que podemos ter; afinal de contas, mesmo com normas relativamente rígidas, dificilmente 2 pessoas seguirão o mesmo caminho e apresentarão o mesmo produto.

Esta é a primeira lição que se pode retirar e ainda estamos na introdução: o Processo Criativo varia de pessoa para pessoa. Mas apesar de ser algo individual, penso que há alguns ensinamentos que se podem aplicar a qualquer criação e que valem a pena ser partilhados.

O meu caso pessoal

As minhas criações são um espelho dos meus principais interesses. Já produzi algumas músicas (exemplos aqui) e há já vários anos que entrego noutro site meu, do meu alter ego DJ Bammer, um mix por mês. Para além de pegar em sons, também gosto de pegar em palavras – prova disso é este blog ou os meus artigos publicados no site da maior comunidade de Wrestling de Portugal, o Wrestling.PT. Falando em Wrestling, fui durante vários anos treinador e lutador de Wrestling– essa função obrigava-me a produzir treinos e combates todas as semanas, onde a criatividade era sempre posta à prova.

Estes são apenas alguns exemplos. Apesar de escrever ser obviamente diferente de produzir música ou de entrar no ringue, há muita coisa em comum. Este artigo serve para partilhar algumas das aprendizagens, ao mesmo tempo que descrevo o meu próprio processo criativo.

Os 8 passos

Em qualquer um daqueles 3 exemplos, o meu processo passa quase que obrigatoriamente por estes 8 passos:

  • #1: O que motivou a criação
  • #2: O factor “história”
  • #3: O roubo
  • #4: O toque pessoal
  • #5: O tempo de reflexão
  • #6: O aperfeiçoamento
  • #7: O lançamento
  • #8: O que se aprendeu

Dependendo do prazo e do projecto, este processo pode demorar 30 minutos ou vários anos. Vivemos num mundo cada vez mais “em beta”, onde tudo é um work in progress – com cada vez maior frequência ouço histórias de bloggers que publicam artigos sem qualquer revisão ou de programadores que lançam apps cheias de bugs simplesmente para chegar primeiro ou para testar a aceitação do mercado. A revisão vem depois.

Este imperfeccionismo já é tão popular que é até visto por muitos como uma forma mais inteligente de trabalhar, mas discutir este tópico vai para além do âmbito do artigo de hoje – as boas notícias é que mesmo num prazo apertado, cada vez temos mais oportunidades de melhorar a nossa criação depois desta ter sido publicada.

Tempo agora de resumir o que acontece a cada passo do processo. Como passamos de uma folha em branco para o produto final?

Folha de papel vazia

#1: O que motivou a criação

Criei este blog para ajudar profissionais de marketing e para melhorar a minha escrita. Comecei a partilhar os meus DJ mixes porque havia demasiada música boa que queria que o mundo conhecesse. Entrei no ringue porque queria seguir as pisadas dos meus heróis.

Em todos os casos existiu um motivo. Algo que me incentivasse a alocar esse tempo à realização de uma tarefa em detrimento de outra – a fazer música em vez de pintar, por exemplo.

Nem sempre as nossas motivações são fortes e nem sempre são nossas – pode ser simplesmente o nosso trabalho, queiramos ou não. Mas haverá sempre uma razão para que este processo se desenrole.

#2: O factor “história”

Nunca fui grande fã de estudar história, mas quando criamos algo devemos fazer um esforço por entender o que veio antes de nós. Alguns chamam a isso “trabalho de pesquisa” e nem sempre ficam entusiasmados com a ideia, enquanto que outros adoram esta fase por ser um período de consumo ou por serem fãs da temática.

Se me pedissem para escrever um artigo sobre energia nuclear dificilmente estaria ansioso por começar a minha pesquisa. Não seria certamente a isso que dedicaria as minhas horas livres. Mas gosto de ler, de ouvir música e de ver combates de Wrestling, daí ser fácil para mim produzir algo relacionado com estes tópicos – estou familiarizado com a história e é fácil ser inspirado pelo que foi feito antes de mim.

“If you don’t have time to read, you don’t have the time (or the tools) to write. Simple as that.” – Stephen King

Nunca começamos do 0 – há sempre alguém que veio antes de nós que abriu portas para onde estamos agora. Mesmo aqueles que quebram correntes e pensamentos antigos tiveram primeiro de os conhecer para depois colocar tudo em causa. Este ponto de partida é importantíssimo.

#3: O roubo

Já dizia Pablo Picasso:

“Good artists copy, great artists steal.”

E esses roubos nem sempre são vistos com bons olhos. Mas a verdade é que há uma diferença entre ser uma cópia, um ripoff de alguém e retirar alguns elementos que nos inspiram e que queremos aprofundar na nossa abordagem criativa.

Nunca devemos copiar alguém – não há qualquer incremento de valor se apenas pegarmos em algo e fizermos copy/paste – nem nos dará qualquer gozo. Mas podemos e devemos aprender com aqueles que vieram antes de nós, roubar de cada um aquilo que nos chamou a atenção e desenvolver essas ideias.

Até podemos ir mais longe – tudo é um remix. O vídeo em baixo, de uma Ted Talk de Kirby Ferguson, responsável por esse site, é um bom exemplo disso mesmo.

Este é um passo fulcral, que de certo modo contribui na definição do nosso estilo enquanto artista. O meu próximo livro a ler aborda precisamente este tema: “Steal Like an Artist”, de Austin Kleon.

#4: O toque pessoal

Este passo pode nem ser o mais demorado mas será aqui que deixaremos a nossa marca. O trabalho de casa está feito e agora é tempo de lhe dar o nosso toque (ou, como alguns dizem, criar).

Aqui damos basicamente o nosso twist a algo que já existe – o nosso próprio remix. Certamente não sou a primeira pessoa a escrever no seu blog sobre este tema. Mas será que alguém já escreveu sobre este tópico, em Português, apelando à sua experiência enquanto DJ e lutador de Wrestling? Pouco provável.

Pegamos em tudo o que conhecemos, tudo o que nos inspira, tudo o que já foi feito e que pretendemos homenagear e misturamos tudo isso com a nossa identidade – o resultado final será algo que podemos chamar de nosso.

Pessoalmente, gosto de “deitar tudo cá para fora” nesta fase – experimentar todas as ideias, escrever tudo o que me vai na cabeça, sem julgar de imediato. Haverá uma altura para isso, mas não será já.

#5: O tempo de reflexão

Se tivermos o luxo do tempo, o próximo passo será o de reflexão. O que acabámos de criar fica “de molho”, para revisitar mais tarde.

Quando faço um mix, gosto de guardar o projecto e de não pensar mais nisso até ao próximo dia. No dia seguinte, se depois de o voltar a ouvir ainda fizer sentido, gravo em mp3 e levo-o no telemóvel para o autocarro, para o ginásio ou para o trabalho e vejo se continua a fazer sentido aí.

Acontece o mesmo com a escrita. Nunca publico um artigo no dia em que o escrevo. Às vezes fica no computador 1 dia, 1 semana ou 1 mês até voltar a ser lido.

Muitas vezes, o desafio está em conseguir encarar algo com orgulho depois de termos saído do buraco em que nos enfiámos para o criar. Se sobreviveu ao teste do tempo e estamos satisfeitos com o que acabámos de fazer, então temos boas chances de ter produzido algo com qualidade.

#6: O aperfeiçoamento

Depois de darmos o passo anterior, muitas vezes verificamos que é necessário aperfeiçoar alguns aspectos da nossa criação.

Por aperfeiçoamento pode-se entender todo o tipo de ajustes: no caso da escrita, podemos corrigir eventuais erros ortográficos, editar a formatação ou verificar se as ideias representam aquilo que queríamos comunicar e se o produto final nos parece honesto e fiel ao pretendido no passo #1.

Pessoalmente, não sou grande fã de aperfeiçoar antes de chegar aqui, mas como já disse, o processo de cada pessoa é diferente – há quem goste de ir editando o texto à medida que o escreve, por exemplo.

O mesmo acontece na música, quando verifico os níveis de volume ou a equalização na passagem de uma música para outra, ou quando corro os combates que estou prestes a ter na minha cabeça para entender se farão sentido face à audiência que está para lá do balneário. É aqui que surgem as nossas questões e as melhorias, o tal fine tuning.

Nesta fase (e especialmente quando não existem prazos) as barreiras mentais são o verdadeiro alvo a abater – poderia levar 1 vida a encontrar as 12 músicas perfeitas para um mix. Poderia dedicar 10 anos a editar uma frase de 5 palavras. Mas aí corremos o risco de acabar por nunca lançar o resultado cá para fora. De certa forma, estabelecer um prazo ajuda a superar este conflito.

Há quem todos os dias sente que há algo que deve ser editado e quem edite um dia e nunca mais pensa nisso.

É um ponto de equilíbrio difícil de gerir, mas temos de conseguir (pelo menos) superar aquele desconforto de dar uma obra como terminada e desligar-nos emocionalmente desse projecto e avançar.

Há uma altura em que temos simplesmente de carregar no botão de lançamento e passar ao desafio seguinte.

Yay - tempo de lançar

#7: O lançamento

E pronto. Pode levar apenas alguns minutos ou pode levar décadas, mas finalmente é tempo de mostrar ao mundo aquilo que andámos a fazer.

Por vezes temos prazos apertados e lançamos algo que consideramos “imperfeito”. Nem sempre o produto final está 100% em linha com o que aspirávamos no passo #1. Mas este dia tinha de chegar e é tempo de pensar onde vamos a seguir, dando entretanto um olhinho à aceitação da nossa audiência (se for caso disso) no que toca a esta criação.

Muitos não chegam até aqui, pelo que devemos estar sempre de parabéns quando temos algo novo pronto a lançar!

#8: O que se aprendeu

O processo de criação enriquece-nos sempre. Às vezes sentimos uma enorme satisfação pelo simples facto de termos terminado algo, por acharmos que não seríamos capazes de alcançar tal proeza ou por termos aprendido coisas que desconhecíamos sobre nós pelo caminho. Mas nunca saímos de lá iguais.

Vale sempre a pena… e muitas vezes a viagem é mais emocionante que a conclusão.

“Focus on the journey, not the destination. Joy is found not in finishing an activity but in doing it.” – Greg Anderson

São lições que retiramos também para criações futuras – porque nunca sabemos quando é que aquele post se vais transformar num livro, ou aquele mix pedirá uma actuação a condizer. Poderá nunca ser a obra perfeita, mas para lá caminhamos após cada falhanço.

Considerações finais

Esta é a minha receita para criar – certamente não será muito diferente do meu vizinho, mesmo que se aplique à pintura ou à escultura. Espero que faça sentido e inspire outros criadores!

Gostaria ainda de aproveitar para sublinhar 2 fortes lições relacionadas com este tópico e com o suposto “perfeccionismo” que tanta vez ataca o criador: a história da musa e o mito das ferramentas.

A história da musa

Muitos criadores querem ser escritores a tempo inteiro, mas não o encaram como uma profissão – não lhe dedicam 8 horas por dia nem escrevem todos os dias da semana. O mesmo se poderá dizer de muitos aspirantes a músicos, por exemplo.

A maior parte destes senhores está à espera que a musa lhes bata à porta, pois nesse dia tudo acontecerá – o livro será escrito num ápice, a música será produzida numa tarde e a tal pintura perfeita surgirá naturalmente.

O problema é que nestas profissões, o tempo e o trabalho também importam. Não são golpes de sorte – pelo menos em 99% dos casos – e os dividendos só surgirão para aqueles que dão a cara diariamente.

Se acreditas numa musa e queres que ela te bata à porta, pensa que terás mais chances de tal acontecer se quando ela for a tua casa estiveres já no computador a trabalhar, em vez de sentado no sofá a ver televisão.

Se não estiveres a trabalhar, a musa vai ver que hoje não é um bom dia para te incomodar e vai deixar-te em paz com o teu programa, seguindo até à porta de outra pessoa que está a acumular mais horas à frente do processador de texto do que tu.

Basicamente, a musa só inspira quem merece.

O mito das ferramentas

Uma excelente desculpa para não começar é a da falta das ferramentas certas. Por exemplo, na produção musical é frequente o debate de qual o melhor DAW (Digital Audio Workstation) e eu próprio perdi muitas horas a ler sobre todas as diferenças entre o Ableton Live, o Logic e o Fruity Loops, em vez de as dedicar a fazer música.

O mesmo se pode aplicar à escrita. Será melhor escrever no Notepad, no Word ou no SublimeText? Não são só palavras e juntá-las?

A maior parte dos criadores com sucesso dominaram a arte de fazer e não a ferramenta – não se importam de passar para outra, se os benefícios para o seu trabalho forem claros, mas a ferramenta é apenas um meio para chegar a um fim; não é “o” trabalho.

Não é por escrevermos com uma caneta azul que deixaremos de saber escrever se passarmos para uma de cor preta. Ou se escrever à máquina em vez de à mão. Ou se usar o Word em vez do Notepad. E o mesmo acontece em qualquer outro caso.

Vivemos num mundo com demasiada oferta: se queremos uma app que faça x e se precisarmos de uma outra app que acrescente y, descobrimos que ambas já foram criadas. Mas cada hora dedicada a consultar fóruns sobre qual a melhor é menos uma hora a fazer o que realmente importa.

Ainda neste tópico, não subestimes o poder da limitação – quanto mais rudimentar for a tua ferramenta, quanto mais limitado estiveres, maiores serão as tuas chances de te focares naquilo que realmente importa: criar.

Como escrever mais depressa

Como escrever mais depressa

Como escrever mais depressa 620 350 Bruno Brito

Quando pensamos em produtividade, pensamos em atalhos. Como terminar a tarefa gastando o menor esforço e tempo possíveis, basicamente. Enquanto aperfeiçoamos lentamente o reconhecimento de voz, a melhor solução para inserir texto num computador ainda é “2 mãos e um teclado”. Portanto, para produzir mais à frente de um computador, frequentemente surge a inevitável questão:

Como posso escrever mais depressa?

Claro que conhecer o teclado ajuda e utilizar as 2 mãos e mais dedos do que apenas o indicador trarão enormes resultados nos testes de WPM (ou words per minute). Mas ainda assim, quando se chega a 100 WPM ou mais, é apenas normal virarmo-nos para outras ferramentas para acelerar a nossa produtividade junto ao teclado.

Este não será um post em que partilho técnicas para mexer os dedos mais rapidamente que a própria sombra ou falo sobre a postura correcta em frente ao computador – isso não é o que um life hacker faz. Vamos tomar consciência do esforço que realizamos e perceber como o optimizar – entender tarefas rotineiras e repetitivas e, a partir delas, descobrir como podemos produzir mais texto com menor esforço.

É aqui que surgem os Text Expanders.

Text Expansion: O que é?

Text expansion é basicamente qualquer acto de digitar um texto que rapidamente se expande em algo: uma espécie de clipboard sempre pronto a ser chamado quando escrevemos a palavra-chave. No fundo, é dizer ao computador “se eu escrever isto, altera-me por aquilo“.

Se quisermos escrever o nosso email, por exemplo, podemos apenas digitar _em e o programa rapidamente substituirá essa entrada por oteuemail@empresa.com.

Não sabemos o nosso NIB de cor? Não há problema. Podemos ensinar o programa a substituir algo como NIB pelos 21 dígitos da conta bancária, em vez de recorrer à caderneta ou ao *homebanking.

O que é o Text Expansion

Estas são apenas 2 aplicações muito simples que se podem dar a um programa de text expansion. Claro que com um pouco de criatividade se podem obter resultados bem mais interessantes, especialmente para aliviar aquela tarefas rotineiras e aborrecidas de vários instantes de copy/paste. Mas já lá vamos…

Funções adicionais

Os programas de text expansion evoluíram bastante e hoje em dia são capazes de muito mais do que apenas substituir texto. Cada software terá funções distintas, mas 3 funcionalidades parecem reunir maior consenso: a correcção automática de texto, a sincronização e as macros.

Correcção automática de texto

À semelhança de editores de texto mais elaborados, alguns Text Expanders também podem corrigir a ortografia de erros mais comuns de qualquer idioma. Esta função de spell check nem sempre é desejada, mas é muitas vezes benvinda e podemos até configurá-la a nosso gosto, adicionando ou removendo quaisquer sugestões do programa.

A grande vantagem é que as correcções acontecerão em qualquer programa, como o Notepad ou o browser, desde que a aplicação esteja a correr no background.

Macros

Por vezes, não é só uma questão de inserir texto – também desejamos que o computador execute determinadas acções, como carregar na tecla Tab ou End, ou inserir a data ou hora automaticamente.

Macros no PhraseExpress

Os Macros permitem isso mesmo: após a introdução da acção desejada, os Macros podem ser corridos e facilitar em muito o preenchimento daqueles campos maçadores de dados pessoais, por exemplo. Não são propriamente fáceis de configurar à primeira vista, mas podem salvar horas preciosas mais tarde.

Sincronização

Hoje em dia utilizamos cada vez mais aparelhos para trabalhar: tablets, smartphones, Macs e PCs. A sincronização, por exemplo via Dropbox, facilita o trabalhador que muda frequentemente de computador mas que deseja ter os seus triggers de texto sempre à mão.

As apps

Seja para Mac, seja para PC, existem várias opções de text expansion. Aqui, vou-me cingir às duas que utilizo: o PhraseExpress para PC e o TextExpander para Mac.

Existem bastantes outras, onde destaco para PC o Texter e o Breevy e, para Mac, o aText e o TypeIt4Me. Os preços variam e as funções também, mas o básico todas entregam conforme esperado.

PhraseExpress (Windows)

Este programa é provavelmente a melhor solução para Windows, tanto pelo enorme conjunto de funcionalidades como pelo facto de ser grátis para uso pessoal.

Ao início, em Windows utilizava o minimalista Texter, desenvolvido pelo “Lifehacker” Adam Pash mas rapidamente entendi que precisaria de um programa mais avançado. Foi aí que instalei o PhraseExpress.

O interface é o esperado de um programa deste género.

PhraseExpress

Este programa procura ser mais que apenas algo que substitui texto por outro texto e, no geral, faz um excelente trabalho. Não só corrige a ortografia automaticamente em 7 línguas como com o tempo procura prever o texto e completar a frase automaticamente (basta, para tal premirmos a tecla Tab).

Esta app tem ainda outras funções mais ninja, como gravar as últimas entradas que fizemos copy/paste, armazenar outros tipo de informação (como imagens) e importar uma série de frases através de um ficheiro CSV. Suporta macros e até faz cálculos à medida que vamos escrevendo.

TextExpander (Mac)

Esta app é consideravelmente cara ($35) e apesar de ser excelente no que faz, provavelmente uma compra mais racional seria investir $5 no aText. No entanto, como obtive o TextExpander numa bundle de software para Mac, o preço não teve efeito na minha decisão.

TextExpander para Mac

Como seria de esperar, este programa é bastante similar ao PhraseExpress. Também suporta macros e também verifica a ortografia para Inglês, Francês e Alemão. A forma de gravar texto é intuitiva e similar à do PhraseExpress, suportando pastas. A última actualização também permite sincronização via Dropbox, que curiosamente o PhraseExpress reconhece automaticamente.

Olhando para as 2, o PhraseExpress aparenta ser mais completo e intuitivo. No entanto, utilizo as 2 diariamente e não sinto que uma seja consideravelmente superior à outra.

O melhor? Podemos utilizar as 2, em cada plataforma, que a sincronização por Dropbox vai garantir que temos sempre os mesmos excertos de texto connosco.

A sincronização entre as 2 apps facilita a transição de Mac para PC

Algumas utilizações criativas

Dou por mim a utilizar cada vez mais as funcionalidades de text expansion, à medida que faço um esforço mais consciente em lembrar-me que ele está instalado no computador – este é muitas vezes o grande desafio!

Aqui ficam alguns exemplos.

#1: E-mails

Muitas vezes podemos optimizar a nossa comunicação por e-mail com este tipo de software. Se nos apercebermos que estamos constantemente a responder às mesmas questões de clientes, por exemplo, fará sentido criar uma espécie de respostas a FAQ (Frequently Asked Questions) com entradas no programa.

O Gmail tem uma função no Labs de “Canned Responses”, onde podes inserir uma mensagem predefinida no corpo de cada e-mail, mas outras apps podem não ter essa funcionalidade.

É aqui que entra o teu text expander: podes configurá-lo para substituir (olá por algo como:

Bom dia,
Muito obrigado pelo seu contacto. 
Relativamente, à sua questão, 

Cumprimentos,
Empresa

Este tipo de raciocínio também pode ser útil para pessoas que estejam a criar as suas cartas de apresentação num e-mail, para uma entrevista de trabalho, ou para bloggers que queiram divulgar o seu mais recente post pela comunidade de blogs relacionados.

#2: Código

A introdução de excertos de código é outra utilidade que podemos dar aos Text Expanders. Por exemplo, se quisermos inserir uma imagem com link em HTML num post, podemos simplesmente escrever #img para que o resultado final inserido seja:

<a href=""><img src="" alt="" width="" height="" border="0"></a>

#3: Fórmulas Excel

Esta é uma das minhas aplicações favoritas. Quantas vezes não vos aconteceu perderem largos minutos a escrever uma fórmula (ou simplesmente a pensar nela) quando podiam ter as vossas fórmulas preferidas guardadas no PhraseExpress?

No meu trabalho, para as minhas campanhas de E-mail via Mailchimp, é frequente ter de exportar os contactos do CRM para Email. Para maior personalização na mensagem, gosto de separar o primeiro nome do último, pelo que recorro a uma fórmula de Excel para isso.

No entanto, para a activar, escrevo apenas getfirstname, que gera o seguinte resultado:

=LEFT(A1,FIND(" ",A1,1)-1)

Sendo depois apenas uma questão de trocar o “A1” pela célula em questão.

Similarmente, ao digitar getlastname obtenho o apelido.

=RIGHT(A1,LEN(A1)-FIND(" ",A1,1))

#4: Sliced Images no Photoshop

Se estivermos repetidamente a cortar as mesmas imagens no Photoshop, torna-se maçador preencher todos os campos à mão. Aqui, podemos utilizar um Text Expander que suporte macros (como o TextExpander para Mac) para apenas escrever algo como _fb e preencher automaticamente o quadro em baixo:

Photoshop slice com text expansion

#5: Auxiliar de memória

Se formos criativos, não há limites para a forma como um programa destes nos poderá ajudar. Podemos alterar uma password que não decoramos por algo como pass1 ou um número de telefone por mãetlf. Assim, escusamos de abrir uma aplicação como o Evernote ou Google Keep para aceder às notas e fazer copy/paste.

Conclusão

Muito tempo se pode poupar se nos dermos ao trabalho de personalizar devidamente estes programas. Muitas vezes, a barreira é sobretudo psicológica – lembrar-nos que eles lá estão, no system tray, prontos a ser utilizados. No mínimo, podem ser utilizados como uma melhor ferramenta de copy/paste ou de ortografia, mas com alguma criatividade sem dúvida que se podem poupar imensas horas à frente do computador.

    Se quiser entrar em contacto comigo, pode enviar-me um e-mail para mail@brunobrito.pt ou preencher o formulário abaixo.

    NOTA: Todos os campos são de preenchimento obrigatório.