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Dicas

Como criar GIFs

Como criar GIFs irresistíveis

Como criar GIFs irresistíveis 620 350 Bruno Brito

Na última semana, tenho-me divertido imenso a criar GIFs animados. Em 2015, mesmo com banda larga e todo o tipo de tecnologias, é impressionante como os GIFs ainda são altamente relevantes na internet (o Tumblr ou o Twitter que o digam). Até a hulu aproveitou para criar uma página de GIFs com algumas das suas séries.

Mas não é só para “brincar” nas redes sociais que criar GIFs animados é uma boa ideia. Estas animações podem ser úteis para mostrar como um produto funciona, para embelezar um site sem recorrer a código complicado ou simplesmente para ter um conteúdo que sobressaia na página.

Como criar GIFs irresistíveis

Um dos pontos mais apelativos dos GIFs é o seu enorme suporte: qualquer browser ou smartphone suporta este formato sem necessidade de qualquer app, extensão ou plugin, tornando-o mais apelativo para algumas ocasiões do que a criação de um vídeo, assumindo que não precisamos de ter som na nossa animação.

É também verdade que os GIFs animados são mais recomendados para animações curtas (de 3–5 segundos) e muito populares pelo facto de serem loopable, ou seja, uma vez terminada a reprodução de uma animação, a mesma recomeça de imediato, sem necessitar de qualquer interacção do utilizador. Como este exemplo:

Spinning refresh icon

Uma desvantagem deste formato é o tamanho dos ficheiros. Se não tivermos cuidado, uma simples animação de alguns segundos pode ocupar vários MBs. No entanto, neste artigo darei algumas dicas para garantir que alcançamos a melhor qualidade possível num ficheiro relativamente pequeno.

Vamos começar por ver que programas podemos utilizar para criar os melhores GIFs possíveis.

O software

A melhor forma de criar GIFs é a partir de vídeos. Se já tiveres o vídeo no teu computador, podes editá-lo com o Adobe Premiere, o iMovie ou até o Windows Movie Maker primeiro, se necessário, ou importá-lo directamente num dos programas que criam GIFs que vou referir de seguida.

Também podes criar vídeos facilmente, recorrendo a software que se calhar até já tens instalado no teu computador. Eis alguns exemplos:

  • Podes gravar acções no teu ecrã com um programa de screencasting como o brilhante Screenflow, ou o Camtasia. Esta é uma excelente solução para tutoriais ou para apresentar funcionalidades de um programa na landing page do produto, por exemplo. Utilizei este método neste artigo.

  • Podes criar animações de texto (e não só) em programas de apresentação como o Powerpoint ou o Keynote, que são muito intuitivos, e exportar o produto final como vídeo. Esta técnica é óptima para animar texto ou alguns gráficos simples. A imagem de destaque deste artigo utilizou este método.

Feito o vídeo, é tempo então de o importar num programa que converta esse ficheiro num GIF animado. Tens vários à escolha.

Adobe Photoshop (Mac e Windows)

Se utilizares o famoso editor de imagem da Adobe, podes importar o vídeo indo a File > Import > Video Frames To Layers. No ecrã seguinte poderás definir o excerto do vídeo que pretendes converter para GIF.

Photoshop Video Frames to Layers

Sem surpresa, este programa é óptimo para criar GIFs, porque não só permite seleccionar os frames que queremos eliminar (o que será importante para garantir que não colocamos frames desnecessários na animação final, que impactará o tamanho final do ficheiro) como nos possibilita controlar o número de cores que queremos utilizar.

Ainda assim, não sendo este um software acessível a todas as carteiras, não será a minha recomendação para esta tarefa.

Video to GIF, da imgur (Web)

Se o nosso vídeo já está online (no YouTube, por exemplo), podemos criar um GIF com o máximo de 15 segundos com esta aplicação do conhecido serviço imgur.

Para tal, basta copiar e colar o link, definir o intervalo do vídeo que queremos converter e clicar em “Create GIF”. Podemos ainda inserir algum texto adicional, se desejarmos.

imgur - video to gif

RecordIt (Mac e Windows) e GifGrabber (Mac)

Estas 2 apps são excelentes para aqueles momentos em que só queremos capturar um clip curto no nosso ecrã e partilhá-lo com alguém.

São aplicações muito básicas, que funcionam de forma muito semelhante: definimos a área de captura, clicamos em “Record” e uma vez finalizada, temos a possibilidade de realizar o upload para a web de imediato.

GifGrabber

VideoGIF (Mac) e GIF Brewery (Mac)

Estas 2 aplicações, exclusivas para OSX, são bastante similares nas funcionalidades e o VideoGIF até tem uma versão gratuita na App Store.

A minha recomendação vai, porém, para o GIF Brewery, que apesar de custar 5 euros, tem a novíssima versão beta disponível de forma gratuita no site oficial e tem um enorme leque de funcionalidades.

Com o GIF Brewery, para além de podermos inserir texto nos nossos GIFs ou aplicar filtros a la Instagram, podemos gravar o ecrã, definir os frames que pretendemos remover e o número de cores a utilizar (como no já referido Photoshop) e redimensionar/ampliar o que pretendemos exibir com grande facilidade.

GIF Brewery 3

A versão 3 ainda está a ser afinada, mas do que tenho visto, sem dúvida que promete.

Algumas dicas

Conhecidas as várias aplicações que temos ao nosso dispor, vou agora partilhar contigo algumas dicas para criares os melhores GIFs possíveis.

Aqui, o mais importante é sem dúvida o tamanho do ficheiro final, porque se quiseres colocar o GIF no Tumblr, por exemplo, tens de ter um ficheiro de 2 MB (no máximo), e se colocares vários GIFs numa página do teu site, é possível que fique bastante pesada.

Cria vídeos com poucas cores

A melhor forma de garantir que não acabas com um GIF gigante é uma boa gestão de cores. Se estiveres a criar um novo vídeo, procura não utilizar muitas cores diferentes ou gradientes, especialmente se tudo o que precisas é de animar algum texto.

Seguindo esta linha de raciocínio, quando chegar a altura de exportar o GIF, certifica-te que não estás a exportar uma versão com 128 ou 256 cores se na realidade só utilizaste uma palete de 5 ou 6 cores.

Quanto menos frames, melhor

Podes definir quantos frames (ou imagens) por segundo queres nos teus GIFs – quanto menos imagens, mais leve o GIF será.

Mais frames garantirão maior fluidez na reprodução (o que é bom para algo com muito movimento, como uma sequência de desporto), mas se se tratar de uma animação simples em que um par de frames por segundo chegarão, deves optar por este caminho.

Deves também remover todos os frames desnecessários. É uma tarefa algo aborrecida, mas não há dúvida que quem visualizar os teus GIFs agradecerá.

Ao importar os vídeos, os programas de GIFs vão muitas vezes encontrar frames repetidos – no entanto, se a imagem é idêntica à anterior (ou muito aproximada), ganhas mais em remover os duplicados, porque quantos menos frames, menor será o ficheiro final.

No GIF Brewery, podes definir que frames queres remover e no Photoshop, podes minimizar a ocorrência de duplicados ao activar a opção “Limit To Every 2 Frames” na altura de importar o vídeo.

GIF Brewery 3 (keep frames)

NOTA: Alguns programas de vídeo, como o Screenflow, permitem a exportação do vídeo com Motion Blur. É possível que obtenhas melhores resultados em animações com bastante movimento se utilizares esta opção, porque suaviza a animação quando há poucos frames por segundo.

Motion Blur (Screenflow)

Exporta várias versões

Com GIFs, o melhor que tens a fazer é exportar várias versões até encontrares o melhor compromisso qualidade/tamanho do ficheiro.

Joga com a dimensão da imagem, com o número de cores e com as opções de compressão das imagens (se o software o permitir) até ficares satisfeito com o produto final.

Depois, não te esqueças que ainda podes reduzir um pouco mais com o excelente ImageOptim para Mac, como foi já referido no meu artigo sobre como comprimir imagens.

Mãos à obra!

Para além de umas gargalhadas entre amigos, os GIFs animados podem enriquecer qualquer página Web e são bastante fáceis de criar, por isso… happy giffing!

Esqueci-me de alguma app? Tens alguma dica que queiras partilhar? Manifesta-te nos comentários!

Como refrescar ficheiros no Amazon Cloudfront

Como “refrescar” ficheiros no Amazon Cloudfront

Como “refrescar” ficheiros no Amazon Cloudfront 620 350 Bruno Brito

Não há dúvida que os Amazon Web Services oferecem soluções fantásticas para todo o tipo de empresas. O seu baixo custo, aliado à panóplia de serviços e à possibilidade de só pagar consoante o uso, atrai inúmeras inúmeras start-ups, que dependem dos AWS como nós dependemos de electricidade.

Mas não são só start-ups que podem beneficiar deste produto da Amazon; os nossos sites WordPress podem ficar mais rápidos com uma CDN, utilizando o serviço Cloudfront (podes aprender a configurar uma CDN aqui) e esta é, na verdade, uma das melhores dicas para aumentar a velocidade dos nossos sites.

Com o serviço S3 e com o Cloudfront podemos ainda criar um site estático sem grandes problemas – e para um pequeno projecto recente, decidi experimentar esta solução ao invés de recorrer ao meu serviço de hosting habitual.

Criando um website estático no Amazon S3

Depois de criar os ficheiros HTML e CSS localmente, bastou criar um bucket novo no serviço S3 e fazer o upload de todos esses documentos para o bucket.

Como queremos que as pessoas visitem automaticamente uma página quando acedem ao nosso site, temos de indicar nas Properties, no separador Static Website Hosting, que se trata de um website estático, activando essa funcionalidade e indicando o Index Document, o documento onde tudo começa, que é geralmente o ficheiro index.html.

Amazon S3 Website Hosting

Uma vez associado o Cloudfront a este bucket e criados os habituais CNAMEs (podes ver como aqui), o site estava pronto!

Mas havia um problema…

Quem utilizar o Cloudfront rapidamente descobrirá que os ficheiros ficam em cache durante várias horas, o que significa que se quisermos fazer um overwrite a um ficheiro, com uma actualização a um documento HTML ou uma nova versão de uma imagem, teremos de esperar potencialmente 24 horas até que essas alterações se manifestem no nosso site.

É verdade que podemos determinar com que periodicidade queremos que o Cloudfront descarregue uma nova versão dos nossos documentos, mas se não soubermos quando os vamos alterar, de pouco nos serve.

Para contornar esta situação, a Amazon dá-nos 2 soluções:

  • criamos várias versões dos ficheiros (imagem_1.jpg, imagem_2.jpg, etc) e actualizamos os links sempre que houver uma nova versão;
  • criamos uma Invalidation, que basicamente forçará um refrescamento dos ficheiros, eliminando os ficheiros que estão na cache e obrigando o Cloudfront a descarregar as versões mais recentes dos mesmos.

Para esta situação, a 2ª solução parece-me francamente mais vantajosa – os nossos URLs ficarão intactos, não sendo necessário colocar números nos nossos documentos ou substituir links.

O único potencial problema é que pagamos por estas Invalidations se superarmos 3.000 objectos mensais, algo que em todo o caso dificilmente acontecerá se se tratar de um site de pequena dimensão.

Como criar uma Invalidation

Criar uma invalidation é um par de cliques e no prazo de 10–15 minutos (dependendo do número de ficheiros a invalidar) teremos o nosso site (ou ficheiros) actualizados em todos os servidores Amazon.

Feito o login no AWS, deveremos começar por aceder às nossas distribuições Cloudfront, escolhendo depois a distribuição que tem os ficheiros que queremos invalidar.

Após um clique na distribuição certa, deveremos escolher o último separador, intitulado precisamente Invalidations.

Cloudfront Invalidations

Uma vez neste ecrã, deveremos clicar em Create Invalidation, indicando depois os ficheiros que queremos alterar (como por exemplo, o nosso index.html) e clicando em Invalidate.

Amazon Cloudfront Create Invalidation

Cloudfront invalidation files

O processo terá aí início, ficando o seu status “In Progress”…

Cloudfront invalidation in progress

… até que finalmente, passados alguns minutos, passará para “Completed”.

Cloudfront invalidation completed

Agora podemos fazer refresh no nosso browser e voilá, os nossos novos ficheiros vão finalmente aparecer, sem mais demoras!

Cursos Online - os melhores sites

Cursos Online – os melhores sites de e-learning

Cursos Online – os melhores sites de e-learning 620 350 Bruno Brito

Há 20 anos atrás, para aprendermos uma nova competência, não existiam muitas soluções: podíamos ir à biblioteca ler livros, pedir dicas a um amigo ou juntar dinheiro para tirar um curso. O acesso à informação era dispendioso e, em alguns casos, esta encontrava-se inacessível.

A Internet alterou essa situação. Agora podemos, investindo pouco ou nenhum dinheiro, aprender tudo o que quisermos sobre qualquer tópico – até no comboio ou no metro, graças aos smartphones e à Internet de banda larga. A web revolucionou a nossa forma de aprender e de reter informação.

Cientes disso, várias start-ups têm reunido esforços para desenvolver o e-learning – com o custo de produção de vídeos a baixar e a adesão à Web a aumentar, cada vez mais pessoas estão dispostas a ensinar, e da perspectiva das empresas faz sentido tentar ganhar vantagem já no início desta corrida.

O e-learning é já uma indústria de 56 biliões de dólares, mas prevê-se que este valor duplicará já em 2015.

Apesar da reputação de um curso numa instituição credível ainda ser mais valorizado por parte do recrutamento das empresas, a verdade é que os cursos online começam também a ganhar credibilidade – especialmente aqueles relacionados com as Tecnologias de Informação. Prevê-se até que, num prazo de 5 anos, uma boa parte dos cursos universitários americanos sejam 100% online.

Existem dezenas de plataformas disponíveis, pelo que neste artigo optei por me cingir àquelas que já testei. Algumas são 100% grátis, outras têm conteúdos gratuitos e pagos e outras só são acessíveis se pagarmos uma mensalidade. Algumas têm app só para iOS, outras só para Android.

Mas todas têm uma missão em comum: permitir que aprendas tudo o que sempre sonhaste, ao teu ritmo e com o maior conforto possível.

Para esta lista, decidi ainda dividir os sites por uso geral ou uso específico. Algumas plataformas são realmente dirigidas a todos, enquanto que outras são orientadas apenas a quem quer aprender, por exemplo, programação.

Vamos então conhecê-las!

Geral

YouTube

YouTube logo

O YouTube dispensa apresentações. É o 2º motor de pesquisa mais utilizado no mundo e o 3º site mais visitado do planeta, logo a seguir ao Google e ao Facebook. É, sem surpresa, frequentemente solicitado por pessoas que querem saber mais sobre determinado tópico, muitas vezes recorrendo directamente a este motor de pesquisa como primeira paragem.

Tal faz sentido, se pensarmos que a cada minuto são carregadas 100 horas de vídeo – qualquer tema que queiramos aprender já foi, provavelmente, abordado por dezenas ou centenas de YouTubers, sejam eles peritos na matéria ou meros curiosos.

O YouTube é excelente, por exemplo, para resolvermos problemas informáticos pontuais, como descobrir como se usa determinada ferramenta no Photoshop ou como se faz algo no WordPress. É também o local por excelência onde a maior parte das empresas partilham os seus webinars.

Não é fácil encontrar um curso completo sobre determinado tópico, mas se soubermos o que precisamos de procurar, é sem dúvida uma óbvia casa de partida e nenhuma lista estaria completa sem mencionar este site, que ainda por cima é grátis.


Udemy

Udemy logo

O Udemy parece estar a afirmar-se como o maior player de e-learning dos últimos tempos, muito graças às agressivas promoções e técnicas de Growth Hacking que tem implementado. Qualquer pessoa se pode registar e criar o seu curso, definindo o preço que bem entender (que pode ser zero).

Não é à toa que o Udemy é um dos principais sites de e-learning – aqui há de tudo, desde cursos de Fotografia ou Música, passando por Programação ou Línguas ou tópicos como Maquilhagem e Defesa Pessoal.

Cursos Udemy

O processo de pagamento é simples (o Udemy, como tantos outros aqui mencionados, aceita Cartão de Crédito e Paypal) e a partir daí, entramos no curso que adquirimos. Também é possível adicionar cursos à nossa Wishlist, para comprar mais tarde.

Udemy Wishlist

Os vídeos estão divididos por secções e acompanhados de material de apoio, se fornecido pelo formador. Alguns cursos têm também perguntas (Quizzes) no final de cada secção. Isto é algo que é praticamente standard no e-learning.

Um curso do Udemy

O Udemy é também uma comunidade e, como tal, incentiva os alunos a colocarem questões no fórum de cada curso e o próprio formador pode contactar os alunos através de uma mailing list.

Apesar de encontrarmos bastante cursos gratuitos, nesses será raro encontrar algo que não esteja já no YouTube. Os cursos pagos, por outro lado, podem ser mais completos e não têm um valor de referência – alguns podem custar 5 dólares e outros 300.

O melhor será estar atento às promoções (super frequentes) do site para adquirir o curso com um desconto que pode chegar aos 85%.

Descontos Udemy


Skillshare

Skillshare logo

O Skillshare não tem a variedade de cursos do Udemy, mas vale a pena a visita se estivermos mais focados em cursos de Marketing ou de Artes. Ainda assim, à data deste artigo já conta com cerca de 750 cursos.

Tal como o Udemy, o Skillshare aceita que qualquer pessoa se registe e crie um curso. No entanto, um dos pontos fortes desta plataforma é a qualidade de alguns cursos de celebridades que lá podemos encontrar, como os vários cursos de Seth Godin, Guy Kawasaki e Gary Vaynerchuk ou até o curso de screenwriting do actor (e argumentista) James Franco.

Este tipo de conteúdos, diferenciadores dos demais, são uma mais-valia que o Skillshare deve sem dúvida tentar preservar.

Seth Godin no Skillshare

A plataforma, na sua essência, não funciona de forma diferente do Udemy, apesar de a sentir menos organizada e intuitiva. Ainda assim, uma vez no curso, as funcionalidades são as mesmas – dão-nos a possibilidade de ver os vídeos em forma sequencial, ler as notas do formador e pertencer aos fóruns de debate.

Guy Kawasaki no Skillshare

Ao contrário do Udemy, o Skillshare não atribui um preço único para cada curso, aplicando um modelo Spotifypor 10 dólares mensais (ou $8, se pagarmos de imediato 1 ano) teremos acesso a todos os conteúdos. Este modelo de subscrição pode ser mais apelativo para algumas pessoas, especialmente se procurarem apenas uma introdução sobre um determinado tema.

Preços Skillshare


Lynda.com e Infinite Skills

Lynda logoInfinite Skills logo

Fundado em 1995, o Lynda.com é, muito provavelmente, o nome mais antigo do e-learning.

Os seus tutoriais (mais de 5 mil!), sempre de grande qualidade, conseguem dar-nos todas as bases sobre qualquer uma das principais aplicações informáticas, como Office, Photoshop, Premiere ou tornar-nos especialistas em temas como a Produção Musical, Fotografia ou Design.

O Lynda.com tem vindo a aumentar a quantidade de tópicos, na esperança de se posicionar como um site para todos, mas na minha opinião são os cursos de software que realmente o distingue dos restantes.

Numa missão similar encontramos o site Infinite Skills – dos 2, o site que recorro mais.

Excel 2013 no Infinite Skills

Ambos são francamente bons quando precisamos de conhecer um programa em profundidade. Os cursos, muitas vezes de 10–15 horas, são basicamente screencasts que nos dão uma visão completa sobre qualquer software. Se procuras aprofundar os teus conhecimentos sobre Logic, Outlook ou qualquer outro programa popular, estarás bem entregue num destes 2 sites.

À semelhança do Skillshare, também estes 2 sites oferecem um plano mensal – neste caso, de 25 dólares. Um valor bem mais em conta do que os valores exorbitantes praticados por algumas escolas de formação, cujo programa de curso é exactamente o mesmo. Num mês com algum tempo livre é possível, por exemplo, ficar a conhecer a fundo toda a Adobe Creative Cloud!


Específico

Os sites referidos em cima satisfazem uma boa parte das nossas necessidades de formação, mas para tópicos mais complexos, vamos necessitar de algo ainda mais dirigido.

Estes sites satisfazem 3 grandes necessidades do profissional de Marketing: empreendedorismo, programação e Marketing Digital.

Para Empreendedores – Fizzle

Fizzle logo

Se procuras criar o teu negócio online, o Fizzle é um bom ponto de partida.

O site é um projecto de Corbett Barr e Chase Reeves e também contou, durante algum tempo, com a colaboração de Caleb Wojcik. Todos estes senhores já foram mencionados neste artigo e têm provas dadas no mundo online.

No Fizzle podemos aprender coisas como:

  • Criar um plano de negócios;
  • Começar um podcast (e como editá-lo);
  • Criar um blog relevante para o nosso nicho;
  • Desenvolver estratégias para ganhar tráfego.

Este site conta com convidados de luxo, como o podcaster John Lee Dumas (que já foi uma figura de destaque neste blog) ou Leo Babauta, o criador do Zen Habits – um dos blogs mais populares da web.

Os vídeos, como se pode verificar em baixo, são de enorme qualidade e o conteúdo não lhe fica atrás. O blog, de acesso gratuito, é altamente recomendado, tal como o podcast – excelente, não só pelo conteúdo, como por nos dar a conhecer cada uma das personalidades.

O Fizzle preocupa-se bastante com a sua comunidade, ao ponto de ter um colaborador (Barrett Brooks) totalmente dedicado aos utilizadores. Na verdade, o fórum é um dos pontos fortes desta plataforma, visto estar cheia de empreendedores dispostos a ajudar. Aqui, é frequente criar grupos mastermind e solicitar feedback sobre determinado site/negócio.

O Fizzle não é propriamente barato – depois do 1º mês, que só nos custa 1 dólar, teremos de desembolsar $35 mensais para continuar no “clube”.

Apesar do valor, recomendo totalmente este site e se o valor for proibitivo, podes na mesma retirar grandes benefícios deste site através dos diversos conteúdos gratuitos que semanalmente oferecem.


Para Programadores – Treehouse

Treehouse logo

A Treehouse já foi mencionada antes, muito devido à fantástica cultura que a separa das demais. E os resultados estão à vista: de todas as plataformas aqui mencionadas, esta é, para mim, a mais bem conseguida.

Apesar de estar dirigida a quem quer programar, há aqui várias ideias que outras plataformas podiam e deviam implementar nos seus próprios produtos.

Podemos optar por 2 planos: um de $25 mensais, que nos dá acesso à maior parte do conteúdo, ou *$49 se quisermos também ver palestras e workshops. O plano de $25 será suficiente, pelo menos durante bastante tempo, visto estarem aqui já mais de 100 cursos disponíveis*.

Preços da Treehouse

E que cursos são esses? A videoteca mostra todos os cursos, abrangendo tópicos como:

  • CSS;
  • PHP;
  • Java;
  • Ruby;
  • HTML;
  • Python;
  • Android;
  • JavaScript;
  • WordPress;

Escolhendo uma categoria, podemos depois verificar o nível (Iniciado, Intermédio ou Avançado) e o tipo de conteúdo (Curso, Workshop, Conferência ou material adicional).

Até aqui nada de novo. O que torna então a Treehouse tão especial?

Após o registo, a plataforma pergunta-nos qual é o nosso objectivo mais imediato. Web Design? Programação? Mesmo que não saibas, a Treehouse sugere-te por onde começar. E dependendo da tua resposta, ficarás colocado numa Track.

As Tracks são conjuntos de mini-cursos (que também podem ser visualizados individualmente) que nos conferem skills para determinada função no mundo das IT. Isto vem facilitar imenso a vida de um iniciado que não faz ideia do que é mais acessível ou do que deve aprender primeiro.

Por exemplo, se optarmos por Front End Developer, teremos uma track que engloba HTML, CSS, Introdução à Programação, JavaScript, jQuery e AJAX, começando sempre pelos cursos mais básicos sobre cada tópico e evoluindo para os temas mais complexos.

As Tracks são realmente detalhadas, chegando algumas a ultrapassar as 50 horas de duração.

As Tracks do Treehouse

A plataforma está também bastante gamificada; após a conclusão de cada capítulo, temos várias perguntas e exercícios práticos – só podemos avançar para o capítulo seguinte depois de responder de forma acertada aos desafios propostos.

Após cada prova superada ganhamos pontos, contribuindo depois para a nossa pontuação geral. Há também achievements, quando concluímos determinado capítulo.

Se consultarmos o nosso perfil, podemos observar a nossa pontuação ao detalhe:

Pontos no Treehouse

Os vídeos têm um look muito profissional e os formadores fazem questão de utilizar analogias sempre que possível para facilitar a interiorização dos conceitos de programação. Podemos conferir isso mesmo na conta da Treehouse do YouTube, que é actualizada com novos conteúdos com frequência.

Na plataforma, um pormenor que valorizo é o facto de podermos alterar a velocidade de reprodução, útil para aqueles tópicos mais difíceis de acompanhar (ou os demasiado fáceis). É também possível activar as legendas.

Como seria de esperar, há também um fórum para qualquer questão sobre um curso e o próprio formador envia-nos e-mails quando atingimos determinadas metas no curso.

Por fim (e por se tratar de uma plataforma para aprender a programar), é importante falar do Workspaces, o editor de texto da plataforma.

Não tendo a complexidade de um editor de texto como o SublimeText, o Workspaces serve perfeitamente para acompanhar as aulas dos cursos, permitindo o upload de ficheiros e um rápido preview de qualquer projecto que estejamos a desenvolver.

O Workspaces do Treehouse


Para Marketing Online (e em Português) – Eduke.me

Logo Eduke.me

O Eduke.me é uma plataforma 100% portuguesa mais virada para o Marketing Digital. Este é um projecto relativamente recente, lançado em 2013 e que conta já com mais de 5 mil alunos e com um site totalmente renovado.

Aqui podemos encontrar cursos de Redes Sociais, Google Adwords, SEO, WordPress, E-mail Marketing, User Experience e muitos outros – alguns grátis e outros com preços bastante acessíveis (até aos 20 euros).

Podemos também adquirir um pack de cursos sobre um determinado tema, beneficiando de um desconto – por exemplo, 3 cursos de Facebook poderão ser nossos por €44.90, ao invés de €59.90.

A maior parte dos cursos tem a duração de 1 ou 2 horas e são orientados por personalidades do panorama nacional.

Os vídeos são de boa qualidade e os cursos que frequentei dão boas bases sobre os tópicos em questão. À semelhança de outras plataformas, o conteúdo é dividido em pequenos módulos de cerca de 10 minutos.

Eduke.me Content Marketing

Uma característica curiosa do site é a secção dos Digital Snacks, uma área de perguntas e respostas rápidas sobre os vários temas que este site abrange.

Após a aquisição de um curso, podemos visualizá-lo sem problemas com um interface muito similar ao do Udemy, com uma quiz no final.

Vídeo no Eduke.me

Ao completar o módulo com classificação positiva, podemos fazer download do certificado ou publicá-lo no LinkedIn.

Apesar de jovem, o Eduke.me está definitivamente no bom caminho e deve ser considerado para quem procura novas competências no Marketing Digital.

Conclusão

O e-learning tornou-se uma excelente alternativa para ganhar novas *skills* de forma confortável, ao nosso ritmo e muitas vezes a uma fracção do preço.

A tendência será certamente continuar a crescer – vídeos mais profissionais, mais conteúdos e em mais idiomas – mas nos dias de hoje já podemos contar com conteúdos fantásticos e com plataformas que entendem perfeitamente as necessidades do estudante dos tempos modernos.

Como personalizar um tema Wordpress com o Firebug

Como personalizar um tema WordPress com o Firebug

Como personalizar um tema WordPress com o Firebug 620 350 Bruno Brito

Se tens um site (ou estás a pensar criar um brevemente), provavelmente já conhecerás o WordPress. Afinal de contas, 1 em cada 5 sites utiliza esta plataforma.

Não sendo o caso deste blog, que usa o Ghost, a verdade é que o WordPress ainda é o CMS (Content Management System) top-of-mind para a maioria das pessoas, muito devido à sua versatilidade, ao apoio da comunidade e ao número de plug-ins e integrações de que dispõe.

Actualmente na versão 4, o WordPress permite criar qualquer tipo de site com pouco esforço – seja ele um simples blog, um site institucional ou até uma loja.

Para muitas pessoas, o problema não é escolher a plataforma – é criar um site com um look apelativo e profissional sem gastar muito dinheiro ou contratar um designer.

O WordPress oferece milhares de temas gratuitos – com meia-dúzia de cliques conseguimos alterar o design de todo o nosso site sem perder a informação que já criámos. Mas conseguiremos melhores resultados se optarmos por um tema premium.

Avada, o tema premium mais popular para WordPress

Um tema premium trará várias vantagens face a um tema gratuito, tais como:

  • actualizações mais frequentes;
  • elevado grau de personalização;
  • grande nível de suporte, quando precisamos de ajuda;
  • inclusão de plug-ins premium, como por exemplo sliders;
  • maior qualidade no código (que se traduzirá num site mais rápido) e no design.

Não é que os temas gratuitos sejam maus – mas na minha experiência, as actualizações são menos frequentes e não podemos contar com grande apoio ao cliente.

Mesmo pagando, haverá bons e maus produtos – tudo dependerá da equipa que trabalha para o projecto. Mas, de um modo geral, poderemos contar com um melhor produto (e apoio) se investirmos 50 ou 60 dólares num tema premium.

Estes temas podem ser adquiridos em marketplaces como o ThemeForest ou o Creative Market.

Como rapidamente podemos constatar, existem milhares de temas disponíveis – geralmente, ordeno sempre pelos temas mais vendidos/populares para iniciar a minha pesquisa, porque mais vendas é habitualmente sinónimo de maior detecção de bugs por parte dos utilizadores e de actualizações mais frequentes por parte dos programadores. Se comprarmos um tema que só tem 10 ou 20 clientes, corremos o risco de encontrar programadores desleixados que demoram muito tempo a responder ou que deixam de trabalhar em actualizações para esse produto.

O que nos traz para o tema de hoje. Não é por comprarmos um tema popular que acabaremos por ficar com um site igual aos outros. Com um pouco de personalização, conseguiremos criar um site apelativo e único.

Para tal, precisamos de 3 coisas:

  • conhecimentos (mínimos) de CSS;
  • o Firebug, uma extensão disponível para Chrome e Firefox;
  • uma forma de inserir CSS personalizado, recorrendo ao custom CSS.

Conhecimentos mínimos de CSS

O código CSS (ou Cascading Style Sheets) é responsável por informar o browser da forma como o código HTML deve ser apresentado – que tipos de letra, que cores, que tamanho, etc.

Na imagem em baixo, vemos o mesmo site só com HTML e, à direita, com HTML e CSS. Sem CSS, a web não teria graça nenhuma!

O site do AirBnB com e sem CSS

Como veremos mais à frente, não é necessário ser um programador para fazer pequenos ajustes no site – basta um pouco de bom senso e tentativa e erro.

Dito isto, há 3 excelentes locais para aprofundar esta linguagem, para quem quiser levar os seus conhecimentos para um nível mais avançado:

Estes 3 sites são totalmente opcionais e ficam para os mais curiosos – o que importa é a aplicação na prática, cortesia dos 2 pontos seguintes.

O Firebug

O Firebug já foi referido aqui e a verdade é que a extensão funciona muito melhor no Firefox – é um excelente incentivo para manter este browser instalado no meu computador.

O Firebug inspecciona o código. Essa funcionalidade está presente na maior parte dos browsers modernos, mas esta extensão é muito mais completa.

Depois de clicar na extensão, ela surgirá no fundo da janela. Mas só depois de clicarmos no 2º botão (Click an element in the page to inspect) é que teremos acesso ao inspector.

Inspeccionar código no Firebug

Agora, ao passarmos o rato pelo site veremos o respectivo código CSS. Estará à direita, em Style. Aqui, seleccionei um parágrafo do artigo da semana passada: os 10 Mandamentos de Social Media.

O Firebug para Firefox

Vamos pegar neste texto do corpo do site e alterar o tamanho (font-size) e a cor (color). Também podemos facilmente alterar o tipo de letra por algo que gostemos, com a ajuda do WhatFont.

Como queremos editar o que está no parágrafo, teremos de procurar a tag <p>. Eis o que devemos localizar:

Localizar o parágrafo no Firebug

Depois, podemos ver como ficarão as alterações, editando os campos respectivos dentro do Firebug.

Editar o parágrafo no Firebug

Estas alterações, no entanto, não ficarão permanentes. Só nós as conseguimos ver e assim que clicarmos em Refresh, o browser voltará a mostrar o site como ele é.

Para as gravar, teremos de recorrer ao 3º e último passo.

Por agora, podemos fazer copy do que queremos alterar, colando depois no Notepad ou no meu programa de eleição, o SublimeText.

CSS no SublimeText

Uma forma de inserir CSS personalizado, recorrendo ao custom CSS

Podemos alterar o código CSS mexendo nos ficheiros em questão, mas é boa prática recorrermos aos campos de custom CSS para esta finalidade. Assim, sempre que há uma actualização do tema, não corremos o risco de perder as nossas modificações.

O custom CSS vai-nos permitir dizer que mudanças pretendemos e informar o browser que deve ignorar as definições originais e utilizar as nossas.

A maioria dos temas premium inclui de raíz esta caixa, dentro das opções específicas do tema, geralmente dentro do separador Apresentação.

Eis o exemplo no tema “Hot Topix”:

Custom CSS no Hot Topix

E agora no tema “Clubber”:

Custom CSS no Clubber

Também podemos aplicar estas alterações em temas gratuitos.

O WordPress não traz esta caixa de origem, mas podemos utilizar o plug-in Jetpack (também criado pela empresa) para activar esta funcionalidade, ou instalar algo como isto.

Eis a caixa, recorrendo ao Jetpack.

Custom CSS no Jetpack

Algumas dicas

Quando compro um tema premium, tenho geralmente uma ideia muito clara do que procuro, para minimizar o esforço de personalização.

Estas são as alterações mais frequentes, que acabo por ter de fazer com regularidade após uma nova instalação…

Alterar a cor do fundo

Podemos editar a cor do fundo de qualquer objecto. Um fundo, uma linha horizontal ou um botão. Para tal, basta adicionar a linha background-color, juntamente com a web color que pretendemos utilizar.

Eis um exemplo, alterando o fundo de um botão para branco:

.button {
background-color: #fff;
}

Alterar a cor do link, quando seleccionado

Em HTML, os links são a tag <a>, mas como queremos alterar a cor apenas quando passamos o rato por cima , temos de adicionar a condição hover.

No nosso custom CSS, ficaria desta forma:

a:hover {
color: #F7931E;
}

Alterar o tamanho dos títulos

Em HTML, os títulos (e sub-títulos) fazem parte das tags <h1>, <h2>, <h3> e por aí em diante.

Para alterar o título principal, deveremos editar uma vez mais o font-size, mas do <h1>.

h1 {
font-size:36px;
}

Colocar algo invisível

O autor do tema pode ter criado algo que queremos que simplesmente não apareça. Um rodapé ou um botão, por exemplo. Para ocultar, temos de adicionar uma linha com display:none no que queremos tapar – por exemplo, para tapar os títulos com a tag <h3> escreveríamos:

h3 {
display:none;
}

Mostrar e ocultar propriedades rapidamente

O Firebug tem um botão para cancelar uma linha de código – ideal para rapidamente observarmos como fica uma seccção do site com e sem esse parâmetro.

Para tal, basta clicar no sinal vermelho que surge automaticamente quando passamos o rato em cima de cada linha:

Ocultar uma linha no Firebug

NOTA: não confundir com o código rasurado. Se o código está assim, é porque já existe uma regra para o browser ignorar essa configuração, não apresentando o conteúdo dessa forma.

Em resumo

Personalizar um site não tem que ser dispendioso. Com algumas dezenas de dólares e com um pouco de tempo, conseguimos um site com aspecto profissional e, ainda assim, único.

Esta é também uma excelente forma de aprender CSS. À medida que os conhecimentos evoluem, maior será a nossa capacidade de tornar um site mais pessoal!

Se quiseres aprofundar este tema, não te esqueças de passar por aqui e por aqui.

Como configurar uma CDN (Amazon Cloudfront)

Como configurar uma CDN (Amazon CloudFront)

Como configurar uma CDN (Amazon CloudFront) 620 350 Bruno Brito

Como vimos há alguns artigos atrás, uma CDN (ou Content Delivery Network) é umas das melhores formas de optimizar o desempenho do nosso site.

A grande vantagem de uma CDN é simples: servir os conteúdos de uma forma rápida e fiável, seja para um visitante de Portugal ou de Singapura. Uma CDN disponibiliza os dados a partir de vários data centers espalhados pelo mundo, chegando a informação mais depressa a qualquer utilizador.

Os grandes sites colocam os seus principais conteúdos (sejam eles texto, imagens, scripts, vídeos, podcasts ou até aplicações) em CDNs não só para melhor servir o utilizador (e obter melhor ranking no Google), mas também para diminuir o tráfego e tempo de acesso ao site. Muitas vezes, tal acção também é responsável pela redução nos custos de hosting.

Ao contrário do que se possa pensar, este tipo de serviço é tremendamente barato e, na maior parte das ofertas, só se paga o que realmente se utiliza – o que significa que pequenos negócios pagam uma conta diferente das grandes empresas ao final do mês.

A Amazon CloudFront

Há imensas empresas no mercado, mas as 3 CDNs mais populares são a Amazon CloudFront, a MaxCDN e a Cloudflare.

Acredito que todas pratiquem preços e funcionalidades similares. Devido à sua popularidade (afinal de contas, até o Dropbox a utiliza!), optei pela Amazon CloudFront e posso dizer que estou muito satisfeito com a escolha.

Amazon CloudFront

Quando nos inscrevemos, não temos que começar logo a pagar. A Amazon oferece o AWS Free Usage Tier, uma espécie de promoção de 12 meses, onde podemos testar os serviços de borla se a utilização for razoável.

A AWS engloba vários serviços, mas no caso da CloudFront, temos direito a 50 GB de transferências de dados e 2,000,000 de pedidos HTTP e HTTPS por mês.

No que toca a preços, estes mudam com frequência, à medida que o custo de armazenamento baixa. Ou seja mudam… para melhor.

Como referi, a despesa mensal dependerá do tráfego e da localização onde o acesso aos conteúdos foi feito, mas estamos a falar de menos de 25 cêntimos por GB transferido (no pior cenário).

Os preços podem ser consultados aqui. O login e o pagamento pode ser feito com a nossa informação habitual da Amazon.

Como se pode ver, não há grandes razões para não experimentar. A grande barreira à entrada é, na verdade, o conhecimento técnico que é necessário ter para a configurar. Mas é para isso que estou aqui hoje a escrever este artigo!

Configurando a Amazon CloudFront

Para configurarmos a CDN, primeiro temos que utilizar o serviço Amazon S3.

O S3 é basicamente o serviço de cloud storage da Amazon, como o Dropbox ou a Meo Cloud, mas bem menos sexy e intuitivo.

Só depois de criarmos um bucket (que é um pouco como uma pasta do FTP, apesar de ter algumas diferenças) é que podemos criar uma CDN para ele.

Passo #1: Entrar na Amazon S3 e criar um bucket

Depois de fazermos login, teremos de optar pelo serviço Amazon S3, que estará dentro de Storage & Content Delivery.

Amazon S3

Aqui, será necessário criar um bucket. Já tenho aqui um criado para este blog, pelo que estou aqui vou criar um novo (até porque estou em vias de começar um podcast e a CDN será útil para o efeito).

Basta clicar no botão azul Create a Bucket, dar um nome e escolher a região mais próxima do nosso target principal – neste caso Irlanda, visto no meu caso ser predominantemente para Portugal.

Depois, podemos clicar em Create, ignorando o Set up logging.

Criar um Bucket na Amazon S3

Passo #2: Alterar as permissões

O S3 não torna os conteúdos acessíveis publicamente de origem. Teremos de mudar as permissões para que tal aconteça.

Para tal, basta seleccionarmos o bucket que acabámos de criar e, à direita, clicar em Permissions-> Edit bucket policy.

Alterar as permissões no bucket policy

Este é o código que temos de inserir – a partir daí, qualquer ficheiro transferido para dentro do bucket ficará público.

NOTA: será necessário alterar xxx123 pelo nome do nosso bucket.

{
    "Version": "2008-10-17",
    "Statement": [
        {
            "Sid": "AllowPublicRead",
            "Effect": "Allow",
            "Principal": {
                "AWS": "*"
            },
            "Action": "s3:GetObject",
            "Resource": "arn:aws:s3:::xxx123/*"
        }
    ]
}

Depois basta clicar em Save.

Passo #3: Criar uma distribuição no CloudFront

Agora estamos em condições de passar para a CloudFront. Para tal, acedemos ao menu do topo da página e clicamos em CloudFront.

Passando para a CloudFront

Dentro do CloudFront, teremos de clicar em Create Distribution.

Aí, optaremos pela opção Web e clicamos em Get Started.

O menu seguinte é algo intimidante, mas na verdade tudo o que temos de fazer é preencher o primeiro campo: Origin Domain Name com o bucket que criámos no passo #1.

Criar uma distribuição no CloudFront

O resto será preenchido automaticamente e não precisamos de efectuar qualquer alteração. Depois, basta fazer scroll até ao final da página e clicar em Create Distribution.

NOTA: Os ficheiros que lá colocaremos ficarão num endereço do género domínio.cloudfront.net. Mas podemos criar um CNAME e utilizar o nosso próprio domínio (como no caso deste blog, onde todas as imagens estão em cdn.brunobrito.pt em vez de domínio.cloudfront.net).

Se pretendermos esta alteração, devemos colocar um visto na nossa recém-criada distribution e clicar em Distribution Settings e logo de seguida em Edit, na tab General.

Aí acrescentamos o CNAME desejado (algo do género cdn.omeudomínio.com, por exemplo) em Alternate Domain Names (CNAMEs). Depois, confirmamos a nossa alteração clicando no botão azul Yes, Edit.

Criar um CNAME CloudFront

Passo #4: Aguardar que a distribuição fique activa

Depois de completarmos os 3 passos anteriores, poderemos ter de aguardar um pouco até que tudo fique devidamente activado. Quando estiver Deployed, tudo estará OK.

No final, deveremos ter algo semelhante à imagem em baixo.

Distribuições no CloudFront

Passo #5: Adicionar o CNAME no nosso hosting (opcional)

Se no passo #3 optámos por criar um CNAME, será necessário adicioná-lo também no nosso hosting.

Cada painel de controlo é diferente e em alguns serviços será mesmo necessário entrar em contacto com a empresa para que tal aconteça.

No meu caso, recorri a um hosting partilhado que tenho na Dreamhost e pude configurá-lo sozinho.

No Dreamhost, tive de entrar no meu painel de controlo e ir a Domains-> Manage Domains. Escolhi o meu domínio e cliquei em DNS.

Depois, bastou criar o CNAME com o mesmo nome em Name e colocar o domínio da Amazon que termina em cloudfront.net em Value .

Configurando o CNAME na Dreamhost

Depois de um clique em Add Record Now! e de aguardar algum tempo, tudo ficou a funcionar devidamente.

Transferindo ficheiros para a Amazon S3

Apesar de podermos transferir ficheiros na página da Amazon S3, tal é longe de ideal. Felizmente, existem alternativas.

Uma delas é o Cyberduck, uma aplicação disponível tanto para Windows como macOS. Neste artigo, vou-te apresentar outras 2 que foram, mais tarde, descontinuadas: o AirFile (para macOS) e o S3 Fox Organizer, um plug-in para Firefox.

Ambos funcionam de forma muito similar a um programa FTP. Para configurar estes programas, vamos precisar da Access Key e da Secret Key para a nossa conta S3.

Podemos obtê-las dentro da painel de controlo da Amazon AWS se clicarmos no nosso nome, no canto superior direito, e clicarmos em Security Credentials.

Amazon Security Credentials

Aí, teremos de clicar em Access Keys e criar uma nova, se ainda não tivermos uma. Convém também guardá-la num local seguro, visto que a Amazon deixou de permitir a recuperação das Access Keys desde Abril de 2014.

Assim, podemos facilmente transferir imagens com o S3Fox para o nosso blog… como fiz para este post!

O S3fox para Firefox

NOTA: Se depois da criação da CDN surgir o erro “Error connecting! – Temporary Redirect”, teremos de esperar um pouco mais. Na maioria das vezes, este caso acontece devido á conta ser nova e ainda não estar devidamente propagada.

E está feito. Parabéns, acabaste de configurar a tua primeira CDN!

Como aumento a velocidade do meu site?

Como aumento a velocidade do meu site?

Como aumento a velocidade do meu site? 620 350 Bruno Brito

Nos últimos tempos, tenho investigado várias formas de optimizar o desempenho dos sites onde colaboro.

A velocidade de carregamento é muito importante para um projecto online. Aqui ficam alguns motivos:

  • em sites de e-commerce, cada segundo adicional de carregamento traduz-se em vendas perdidas;
  • o algoritmo do Google tem a velocidade em conta (ou seja, um site rápido é beneficiado a nível de SEO);
  • os utilizadores acedem cada vez mais aos sites através do smartphone ou do tablet, muitas vezes com ligações relativamente lentas, como o 3G.

Na verdade, as páginas Web são cada vez mais pesadas. Em 2013, uma página de e-commerce demorava 7.7 segundos a carregar – agora demora 9.3. Uma diferença de 21%.

A Web, em geral, está mais lenta, porque os conteúdos são mais pesados. E tal não é surpresa quando vemos as resoluções dos Macbooks e dos smartphones a subirem todos os anos, vídeos a passarem de SD para Full HD e cameras em telefones de 41 mega pixéis. Os processadores e as ligações à web tentam acompanhar esta tendência, mas nem toda a gente tem condições para um upgrade de 2 em 2 anos.

Para não excluir ninguém, o melhor que temos a fazer é procurar desenvolver o site mais rápido possível.

#1: O Speedtest

Antes de nos darmos ao trabalho de investigar possíveis melhorias no site, o melhor será entender a situação actual.

Será que o site está muito lento? Será que vale a pena contratar um freelancer para optimizar a performance do meu site?

Estas respostas podem ser rapidamente respondidas com um speedtest.

Existem inúmeros serviços que fazem este tipo de testes e uma boa parte são grátis.

Alguns já foram abordados anteriormente, mas aqui vai uma pequena lista:

Estes testes demoram, na maioria, menos de 1 minuto a correr e criam o relatório de imediato. A única excepção foi o Load Impact que demorou 6 minutos a completar (o teste é mais exaustivo).

Pessoalmente, gosto bastante do Pingdom e do GT Metrix; o primeiro pelo design e pela simplicidade, o segundo por agregar a informação fornecida pelo PageSpeed e pelo YSlow e por permitir o download do relatório em PDF.

Para além de uma classificação e de alguns números (como o peso da página ou o tempo de carregamento), quase todos fornecem algum tipo de sugestão de como estes tempos podem descer – mas já lá vamos.

O que é importante referir é que estes testes são excelentes para nos darem uma ideia, mas não os podemos levar totalmente a sério.

Se corrermos o teste várias vezes seguidas, teremos provavelmente resultados bem diferentes (mesmo se utilizarmos o mesmo serviço) e nem sempre as sugestões estão correctas.

Podemos comprovar isso mesmo nas 3 imagens em baixo, que dizem respeito a uma análise a este site no Pingdom, GT Metrix e YSlow, respectivamente.

Pingdom

BrunoBrito.PT no Pingdom

GT Metrix

BrunoBrito.PT no GT Metrix

YSlow

BrunoBrito.PT no YSlow

Sobre as sugestões

Muitas destas sugestões são bastante técnicas. Minify Javascript? Use a CDN? Compress components with GZip? Algumas serão abordadas aqui, mas as boas notícias é que muitas vezes basta clicar nelas para saber mais sobre o que pode ser feito para minimizar os tempos de carregamento.

Algumas poderemos resolver sozinhos em minutos, enquanto outras necessitarão ou de muito tempo no Google ou da ajuda de alguém que perceba verdadeiramente da matéria (e de dinheiro).

Neste artigo, falarei sobretudo dos quick fixes para um site mais rápido sem grandes (ou nenhumas) despesas e pouco tempo despendido.

#2: Os princípios-chave

Antes de avançar com as optimizações, temos de falar um pouco dos alicerces – a base em que o site é construído.

Aqui, destaco 3 pontos:

  • Alojamento;
  • Tema e plug-ins do site (se utilizarmos um CMS);
  • CDN (ou Content Delivery Network).

Alojamento

Ter um site é incrivelmente barato e a maior parte das pessoas apenas precisa de pensar num domínio (algo tipo omeusite.com) e num alojamento (onde o site ficará hospedado e onde poderemos depois inserir imagens, ficheiros etc).

Na altura de comprar um domínio, poderemos optar pelo serviço mais barato, que provavelmente será o Namecheap ou o GoDaddy.

Mas para o alojamento (hosting) não podemos aplicar o mesmo raciocínio.

Se estivermos a pensar num pequeno blog para os amigos visitarem, sinceramente qualquer alojamento servirá. Podemos obter alguns bastante baratos, como o da Dreamhost, que apenas nos custará 3 ou 4 dólares por mês.

O problema é se o nosso site fica popular da noite para o dia e alguém influente o partilha no Facebook, por exemplo. Se muita gente o visitar, este tipo de shared hosting não vai aguentar o tráfego e apesar de prometerem sempre visitas e largura de banda ilimitada, fecharão temporariamente a “torneira” – o que significa que ninguém conseguirá aceder ao site no nosso momento de glória.

Aqui, é aquela velha máxima – you get what you pay for. Se pagarmos $30 por mês, o mais provável será termos melhor serviço e um site mais rápido, que aguentará muito tráfego num dia daqueles. Mas não valerá a pena gastar muito dinheiro se as tuas previsões apontam para apenas umas dezenas de visitas por dia.

A plataforma do teu site também deve ser considerada – se utilizas o WordPress (como 20% da internet), podes utilizar serviços de hosting especializados, como o Pagely, o WP Engine ou este plano da MediaTemple.

No caso deste blog, visto que estou a utilizar o Ghost, recorri ao Ghostify.

Todos estes serviços são consideravelmente mais dispendiosos, mas optimizam o seu hosting para a plataforma em questão, sendo o desempenho superior.

Tema e plug-ins do site (se utilizarmos um CMS)

Se estivermos a utilizar o WordPress, o Joomla, o Ghost ou o Drupal, por exemplo, estamos a utilizar um CMS (Content Management System).

Estes CMS são apelativos não só por nos permitirem inserir conteúdos de forma simples, mas também por terem centenas ou milhares de temas (ou themes) à disposição.

Podem ser gratuitos ou ultrapassar os 50 dólares. Mas apesar de alguns serem muito bonitos, nem todos estão bem programados – e nem todos são rápidos.

Um tema tem enorme impacto na performance do site – a maior parte dos temas disponibilizam um live site para o explorar e podemos utilizar essa página para avaliar o desempenho do theme com uma das ferramentas acima, assumindo que não estão a utilizar algum tipo de caching.

CDN (ou Content Delivery Network)

O último ponto é aquele que é claramente opcional mas que deve ser considerado. Se o nosso site é particularmente pesado em conteúdos (imagens, vídeos, etc) uma CDN poderá contribuir positivamente no desempenho.

Uma CDN é uma espécie de servidor FTP em que podemos arquivar todos os nossos ficheiros, mas com uma diferença importante: a velocidade. Os ficheiros são duplicados por vários servidores por todo o mundo, o que faz com que sejam entregues muito mais depressa consoante a localização do visitante.

Para além disso, são flexíveis – se o nosso site ficar mais popular, o tempo de acesso aos ficheiros não é prejudicado.

Os serviços de CDN mais populares são provavelmente o Cloudfront (da Amazon) e o MaxCDN.

Amazon Web Services

Pessoalmente, estou muito satisfeito com esta solução da Amazon Web Services (utilizo o Cloudfront para as imagens aqui neste blog). O preço é também bastante justo, porque só pagamos o que é gasto – se o blog tiver mais visitas, pagamos mais e a Amazon oferece um Free Tier generoso durante um ano, para vermos se vale a pena.

Nota 1: alguns serviços de hosting mais dispendiosos já trazem uma CDN integrada ou disponibilizam-na se pagarmos um extra mensal.

Nota 2: mesmo com a CDN activada, alguns speedtests podem não reconhecer a existência da mesma.

#3: As várias optimizações que podem ser feitas

Tempo agora de vermos o que pode ser feito para aumentar o desempenho do nosso site.

Como referi acima, aqui vou dar destaque aos quick fixes – aqueles pormenores que podemos resolver em poucos minutos e que baixarão de imediato os tempos de carregamento de cada página.

A maioria será para WordPress, visto que é tão popular, mas também podemos retirar a teoria e aplicá-la ao nosso próprio site ou CMS.

As imagens

Algo que muita gente subestima é o peso que as imagens têm em cada página carregada. Se colocarmos várias fotografias gigantes num blog post, rapidamente atingiremos vários MBs.

Para minimizar esta questão, podemos recorrer a uma ferramenta de compressão de imagens como o já referido Compressor.io.
82% de compressão com o Compressor.io

Antes de fazer upload das imagens para a minha CDN, passo todas as imagens por esta webapp. No meu último post, a imagem de destaque passou de 721 kb para cerca de 132 kb sem praticamente nenhuma perda de qualidade visível.

Activar o Gzip

Quando queremos diminuir o tamanho de um ficheiro, uma das soluções é comprimi-lo com uma ferramenta como o WinZip. O Gzip é igual, mas para páginas Web. E a melhor parte é que não há qualquer desvantagem em fazê-lo.

Podemos ver se o nosso site já está comprimido utilizando esta ferramenta.

BrunoBrito.PT no GZip

Se estivermos a trabalhar num site WordPress, podemos activar essa compressão recorrendo a um plug-in para o efeito ou editando o ficheiro .htaccess e adicionando o seguinte código:

AddOutputFilterByType DEFLATE text/plain
AddOutputFilterByType DEFLATE text/html
AddOutputFilterByType DEFLATE text/xml
AddOutputFilterByType DEFLATE text/css
AddOutputFilterByType DEFLATE application/xml
AddOutputFilterByType DEFLATE application/xhtml+xml
AddOutputFilterByType DEFLATE application/rss+xml
AddOutputFilterByType DEFLATE application/javascript
AddOutputFilterByType DEFLATE application/x-javascript

Re-avaliar o uso de plug-ins

Uma sidebar cheia de plug-ins raramente é boa ideia. À medida que mergulhamos no universo do nosso CMS e conhecemos as centenas de plug-ins disponíveis, maior é a tentação de instalar algo que (se calhar) nem faz assim tanta falta ao nosso site.

Cada plug-in acrescenta mais uma mão-cheia de chamadas à base de dados, o que faz com que o servidor tenha de trabalhar mais. E nem todos foram feitos por excelentes programadores, o que significa que poderão exigir mais recursos do que deviam.

Para WordPress, podemos utilizar o P3 (Plugin Performance Profiler) para entender os recursos que cada plug-in consome. Depois, podemos optar por remover determinado plug-in ou ver se existe alguma alternativa mais leve.

P3 Plugin Performance Profiler

Bons exemplos são os famosos sliders para WordPress e os social buttons para partilha dos conteúdos, que podem pesar bastante no site. Algumas funcionalidades também podem ser alcançadas com a inserção de algum código, sendo por vezes preferível editar 1 ou 2 ficheiros PHP do WordPress em vez de recorrer a mais um plug-in.

Limpar a base de dados

Podemos deixar os plug-ins desactivados no WordPress sem afectar o desempenho, mas a base de dados convém ser limpa visto que, com o tempo, muita coisa deixa de fazer sentido (como manter todas as revisões dos nossos posts ou os itens que entretanto foram para o lixo).

WP-Optimize

Para resolver esta questão, instalamos o WP-Optimize e limpamos tudo o que está a mais – depois de fazer um back-up à base de dados, claro!

Minificar recursos (HTML, CSS e JavaScript)

Minificar é outro termo para comprimir os ficheiros, removendo símbolos em branco, linhas vazias e comentários. Muitos vão ainda mais longe: agrupam os vários ficheiros de HTML/CSS/Javascript num só.

À medida que o nosso site cresce e mais plug-ins são instalados, o nosso browser terá de aceder cada vez a mais ficheiros para descarregar o site por inteiro. Se concentrarmos tudo isso num só ficheiro e este for optimizado, teremos um site mais rápido.

Como acontece nos casos anteriores, podemos recorrer a várias ferramentas. Exemplo disso mesmo é o Freeformatter para Javascript e CSS, que utiliza o YUI Compressor da Yahoo.

Para WordPress, podemos utilizar o Better WordPress Minify.

Nota: Em themes mais complexos, o Minifiy pode desformatar algumas partes do site. Editar código depois da minificação é virtualmente impossível, pelo que é recomendado um back-up de tudo antes de minificar.

Activar o caching

O problema de usar um CMS e ter um site dinâmico é que a cada visita de um utilizador o servidor terá de pensar tudo outra vez.

Tal é desnecessário, sobretudo em páginas que recebem poucas ou nenhumas actualizações com o passar dos anos. Uma ferramenta de caching guardará uma versão estática da página, servindo depois essa versão aos visitantes, reduzindo a carga no servidor.

O caching é uma das técnicas mais populares: alguns serviços de hosting específico para WordPress já o fazem de raíz e não permitem a instalação de plug-ins adicionais.

Para quem está num alojamento mais barato e ainda assim quer recorrer ao caching, a melhor solução (para WordPress) será o W3 Total Cache ou o WP Super Cache.

W3 Total Cache

Estas são 2 boas soluções que para além do caching permitem a ligação a uma CDN, entre muitas outras funcionalidades (especialmente o W3 Total Cache). Ainda assim, não sou fã destes plug-ins enquanto solução all-in-one, pelo que não os posso recomendar para outras aplicações se não esta.

Nota: Estas ferramentas são bastante avançadas, o que as torna mais complicadas de configurar. O (excelente) site WPBeginner tem artigos para instalar e configurar tanto o W3 Total Cache como o WP Super Cache, pelo que recomendo a leitura antes de mandar o site abaixo!

Conclusão

Prevê-se que no prazo de 1 ou 2 anos, o acesso mobile supere o acesso tradicional via desktop. Por esse motivo, os sites terão, cada vez mais, de pensar na velocidade para entregar uma boa experiência ao utilizador.

Espero que com estas dicas o teu site possa ficar consideravelmente mais rápido! Esqueci-me de alguma importante?

Chris Bailey - A Year of Productivity

Chris Bailey: 1 Ano de Produtividade

Chris Bailey: 1 Ano de Produtividade 620 350 Bruno Brito

Tenho uma pequena obsessão com produtividade. Quero fazer mais em menos tempo, seja escrever, ler ou trabalhar. E, pelos vistos, não estou sozinho.

A Internet está cheia de artigos sobre “como fazer x em menos tempo (e com o mínimo de esforço)” e este é um dos tópicos que mais especialistas reúne por aí. Pelo meio, chavões como life hacking e nomes como David Allen chegaram ao mainstream.

Ficámos ainda a conhecer todos os sistemas e mais alguns para “work smarter, not harder”, como o método Pomodoro (onde trabalhamos em sprints de 25 minutos), o Getting Things Done (precisamente inventado por David Allen) ou o “Don’t break the chain”, associado ao comediante Jerry Seinfeld (apesar do próprio ter negado ser o inventor desse método num AMA do Reddit).

Como é que sei isto? Não, não precisei de ir ao Google. Quando encontro um novo artigo sobre produtividade, o meu instinto é clicar e ler de uma ponta à outra, sempre com esperança de encontrar algo que me faça reconsiderar o meu workflow e me melhore em 0.5%. E já é assim há largos anos (ainda não aprendi a lição, pelos vistos).

Mas o que tenho verificado é que cada vez há mais ruído. Parece que já não há mais formas de abordar um tema que, no fundo, é muito simples: como evitar a procrastinação e concluir a nossa tarefa com a maior facilidade, rapidez, concentração e energia.

Parece que estava a ficar sem razões para visitar aquele que (ainda) é o meu site preferido: o Lifehacker. Mas ainda bem que o continuo a fazer, porque se não, não teria conhecido Chris Bailey.

Chris Bailey e o seu “Ano de Produtividade”

Chris Bailey é um simples licenciado em Gestão que, ao terminar o seu curso, decidiu recusar as 2 ofertas de emprego que tinha na mesa para explorar o tópico que mais o fascina: a produtividade.

De 1 de maio de 2013 a 1 de maio de 2014 decidiu começar um pequeno movimento: a Year of Productivity.

Durante esse ano, Chris decidiu fazer todo o tipo de experiências, relatando-as depois no seu blog. Estas foram apenas algumas:

  • Trabalhar 90 horas por semana;
  • Beber apenas água durante 1 mês;
  • Meditar durante 35 horas em 7 dias;
  • Ouvir 70 horas de TED talks em 7 dias;
  • Acordar às 5h30 da manhã todos os dias;
  • Viver totalmente isolado de tudo durante 10 dias;
  • Não fazer absolutamente nada durante 1 semana;
  • Utilizar o smartphone durante apenas 1 hora por dia;
  • Alternar entre indumentária formal, casual e pijamas durante 21 dias.

Pelo caminho, Chris aprendeu muito sobre si próprio e sobre produtividade, escrevendo mais de 200.000 palavras. Agora, anda por universidades, empresas e podcasts a espalhar a palavra, tendo até já dado uma TED Talk.

O que se aprendeu

Cada experiência foi relatada ao pormenor e no final dos 365 dias, Chris Bailey partilhou as suas 10 grandes conclusões neste belo artigo, talvez o seu melhor post.

Para quem não tem tempo ou gosto por ler, este podcast com Scott Britton resume perfeitamente o projecto numa hora.

Enquanto fã deste tipo de conteúdos, recomendo vivamente a Year of Productivity. Este senhor foi uma lufada de ar fresco no fascinante (embora saturado) mundo dos conteúdos sobre produtividade!

Macbook no jardim

Como encontrar trabalho na Internet

Como encontrar trabalho na Internet 620 350 Bruno Brito

A Internet oferece tantas oportunidades nos dias que correm que muita gente já pode trabalhar a partir de casa (e em qualquer parte do mundo), seja enquanto freelancer, empreendedor ou mesmo como colaborador de algumas empresas, como é o caso do Buffer.

Encontrar trabalho na Internet está, infelizmente, ainda associado a todo o tipo de esquemas e fraudes que prometem sempre o mesmo: trabalhar uns minutos por dia e ganhar um salário “simpático” (pelo menos para os padrões portugueses), passando a maior parte do tempo na praia.

Esta “vida de sonho” que procuram vender ganha sempre alguns adeptos mas, felizmente, as pessoas começam a conseguir diferenciar os trabalhos legítimos dos trabalhos duvidosos do mundo online.

No fundo, esta distinção é até bastante simples de se fazer: ninguém vai fazer 1000 euros mensais por deixar o PC ligado todo o dia num site ou por enviar um link a 10 ou 20 amigos. Mas poderá fazer algum dinheiro ao fim do mês se trocar horas da sua vida por trabalho, especialmente se tiver competências muito particulares.

E que competências são essas?

As competências mais procuradas

Todo o tipo de capacidades poderão ser encaradas como uma mais-valia se as soubermos posicionar e encontrar uma audiência disposta a pagar pelas mesmas. Poderão ser uma voz única, um talento para um particular tipo de desenho ou uma cara bonita para aparecer numa fotografia ao lado de um produto.

No entanto, aqui vou referir aquelas que são, realmente, as mais procuradas.

Escrita:

  • revisão de textos;
  • serviços de tradução;
  • criação de conteúdos;
  • transcrição de áudio para texto.

Multimédia:

  • edição de imagem;
  • edição de audio e vídeo;
  • design de logotipos ou flyers;
  • narração de vídeos ou análises a produtos;
  • criação de introduções (por exemplo para podcasts).

Outros

  • assistente virtual;
  • gestão de redes sociais;
  • instalação de sites WordPress;
  • resoluções de problemas relacionados com HTML/CSS.

Muitos destes serviços são relativamente acessíveis para qualquer pessoa e mesmo que não esteja nesta lista nenhum com que te identifiques, certamente se procurares um pouco mais encontrarás algo para ti.

Por vezes são tarefas bem simples – passar um PDF para Powerpoint, ou redimensionar uma série de imagens. Não é preciso seres um génio da informática para fazer uma boa parte delas e muitas vezes tudo o que tens de fazer é abdicar do teu tempo pelo dinheiro.

Nem todos são propriamente bem pagos, mas geralmente o esforço é proporcional ao tempo investido.

As Plataformas

Vamos agora conhecer algumas das (inúmeras) plataformas onde podemos anunciar os nossos serviços/projectos e ganhar dinheiro, lembrando que estão orientadas, quase todas, para os 2 lados – ou seja, não só para quem está a oferecer serviços, mas também para quem os procura.

Elance

O Elance é provavelmente o site mais popular de freelancing do mundo, especialmente desde a fusão com o seu principal concorrente, o oDesk, no final de 2013.

Elance e oDesk

Aqui pode-se encontrar um pouco de tudo, seja tarefas de apenas alguns minutos até projectos com a duração de algumas semanas, ou até meses.

Os trabalhos são sobretudo nas áreas que referi acima, mas basta pesquisar por keyword para verificar que ofertas existem para nós (por exemplo, pesquisando pelo nome do software que dominamos).

Este site é tremendamente competitivo, pelo que não chegará criar um perfil – o mais provável é que com as mesmas competências que nós, já existam outros 100. Teremos de estar sempre atentos a novas ofertas e ser rápidos a concorrer.

O Elance tem um canal no YouTube frequentemente actualizado com dicas para freelancers que vale a pena consultar. Para uma opção menos “congestionada”, existem vários sites do mesmo género, como o PeoplePerHour.

Fiverr

O Fiverr é um site tremendamente popular por oferecer serviços (a partir) de $5.

Este conceito tornou o site um must para pequenos trabalhos, geralmente muito rápidos de se fazerem.

O Fiverr, onde tudo custa a partir de $5

À medida que a popularidade aumentou, o serviço passou também a ser mais competitivo – e hoje em dia é frequente encontrarmos um grande número de extras em cada serviço, se desejarmos alguma adição ao trabalho inicial.

Por exemplo, podemos pedir a alguém uma imagem mas se quisermos que a mesma seja em alta resolução, pagaremos mais $5. Se quisermos que seja feita no prazo de 24 horas, outros $5. Em Illustrator, mais $10. Isso faz com que poucos serviços fiquem realmente a $5 e tal facto são boas notícias para quem está do lado do fornecedor.

Os trabalhos mais frequentes são geralmente os relacionados com texto e design, mas podemos encontrar um pouco de tudo por aqui (alguns até bem estranhos).

99 Designs

O 99 Designs é consideravelmente diferente dos anteriores, por 2 motivos:

  • é dirigido a designers, sendo procurado especialmente para logotipos, websites, infográficos ou ilustrações;
  • é “a concurso”, ou seja o cliente faz o briefing e qualquer designer interessado poderá concorrer. Só o trabalho vencedor será, no entanto remunerado.

99 Designs

Esta é uma boa solução para designers experientes e confiantes, que sentem que não têm nada a perder em concorrer – muitos destes projectos são bem pagos, sendo geralmente o número de participações proporcional ao dinheiro que está em jogo.

Envato

Para profissionais mais orientados para o multimédia, o conjunto de sites da Envato é tremendamente útil.

O império Envato

A Envato é um grupo grande que oferece soluções de todo o tipo. Estes são os seus sites mais populares:

  • o ThemeForest, para programadores e webdesigners que criem themes para WordPress, Joomla ou HTML;
  • o CodeCanyon, para os mestres do código que desenvolvam plug-ins para CMS, como os populares sliders, pop-ups ou leitores de vídeo;
  • o PhotoDune, GraphicRiver, AudioJungle, VideoHive e 3DOcean, que dá a oportunidade aos freelancers de produzirem conteúdos royalty-free de imagem, som, vídeo e 3D.
  • o EnvatoStudio (anteriormente conhecido como Microlancer), a investida mais recente da companhia australiana, que procura fazer frente ao Elance e, de certo modo, até ao Fiverr (se bem que com valores mais altos).

Uma alternativa igualmente interessante (e menos saturada) é o CreativeMarket.

Patreon

O Patreon é uma óptima escolha para quem produz conteúdos de qualidade e já conquistou um belo grupo de fãs/seguidores pelo caminho.

Aqui, por cada conteúdo novo produzido, somos remunerados por um conjunto de pessoas disposta a pagar para o consumir.

Esta pode ser uma boa solução para escritores, podcasters, músicos ou malta do YouTube que quer passar a receber algum dinheiro por cada conteúdo publicado.

Kickstarter ou Indiegogo

Para pessoas com um espírito mais empreendedor, ou que queiram simplesmente validar ideias, uma boa opção será uma plataforma de crowd-funding como as populares Kickstarter e Indiegogo.

Aqui, ter já uma audiência é uma mais-valia, a não ser que a ideia seja tão fantástica que rapidamente se torne viral.

Kickstarter, a plataforma mais popular de crowd-funding

Muitos projectos surgem agora desta forma (como por exemplo o Ghost), onde o criador explica a sua visão, como a pretende realizar e que tipo de investimento tornará isso possível. Em troca, quem investe no projecto receberá depois algum tipo de regalia, como o próprio produto, merchandise ou um agradecimento no produto final.

A remuneração

A maior parte dos serviços paga aos colaboradores com aquela que é a moeda da Internet, e não me estou a referir ao bitcoin – falo claro do PayPal.

O PayPal é utilizado na maior parte das grandes lojas e serviços online (com a grande excepção da Amazon) e também permite a transferência para a conta bancária com umas taxas bastante aceitáveis.

A maior parte destas plataformas terá uma comissão sobre o serviço (afinal de contas, só assim ganharão dinheiro) pelo que terás de ter em conta estes 2 encargos quando estás a definir um valor junto ao potencial cliente.

Por fim, é importante referir que, na maior parte dos casos, não terás o dinheiro antes de concluíres o trabalho.

No caso de um projecto longo, é normal pedir uma percentagem do dinheiro antes de começar, mas geralmente a plataforma retém o dinheiro até que o trabalho fique finalizado e o feedback seja dado.

Esta é, de resto, uma forma de proteger quem está a pagar pelo serviço prestado.

Algumas dicas

Este tipo de trabalho começa a ter cada vez maior procura, pelo que se trata de um mercado já bastante competitivo. Enquanto português, a vantagem é clara: podes pedir um valor por hora inferior ao de um Americano ou de um Suíço, visto que o custo de vida é também bastante diferente.

Ainda assim, um preço mais baixo não será a garantia de muitos trabalhos – até porque competimos com pessoas talentosas que vivem em países bem mais pobres do que Portugal.

Posto isto, aqui ficam alguns conselhos para que tenhas sucesso nesta aventura…

O perfil é tudo

Neste tipo de trabalhos, o perfil é o nosso cartão de visita. Raramente são feitas entrevistas, mas o potencial cliente terá certamente mais candidatos por onde escolher e é necessário dedicar algum tempo à elaboração do perfil para que o teu não seja ignorado assim que a página é carregada.

Uma imagem de perfil é praticamente obrigatória, bem como um bom texto e um bom portefólio – quantos mais trabalhos que causem boa impressão, melhor.

Ainda assim, nada disto chegará se não existirem reviews a condizer, garantindo que o nosso trabalho tem qualidade. Este é o ponto mais importante para quem está do outro lado: ter a garantia de que o seu dinheiro vai para alguém que tem boas referências.

Mensagens genéricas não ganham

Da mesma forma que enviar um e-mail genérico para todos os empregos que concorremos não traz resultados, responder a este tipo de anúncios sem ler atentamente o que é pedido e sem personalizar a mensagem é uma perda de tempo, tanto para nós como para o potencial cliente.

Aqui, mais vale demorar 10 ou 15 minutos a elaborar uma resposta coerente do que ser o primeiro a aparecer, mas com uma mensagem que mostra claramente falta de respeito pelo pedido do cliente. Estas dicas ajudam-te a escrever mais depressa.

O preço cria 2 tipos de clientes

Em sites como o Fiverr, há geralmente 2 tipos de pessoas:

  • aqueles que sentem que, por estar a pagar $5 não podem pedir revisões ilimitadas;
  • aqueles que acham que, precisamente por estarem a pagar $5, têm direito a um tratamento (e um produto final) premium.

Também verificamos esta contradição em projectos de valores elevados – sendo mais uma característica do cliente do que propriamente do valor que está em jogo – mas no caso do Fiverr não deixa de ser frustrante.

A verdade é que o feedback é muito importante para os freelancers (às vezes até mais importante que a remuneração), o que faz com que acabem por perder várias horas num trabalho simples porque o cliente se recusa a aceitar qualquer revisão que lhe é enviada e sabe que tem esse ponto a seu favor.

Infelizmente, é difícil saber que tipo de cliente nos espera, mas um conselho seria estabelecer as regras do jogo a priori (oferecer 2 revisões nos $5 iniciais e cada extra de $5 garantir mais 2 revisões, por exemplo) para evitar gastar várias horas para $5 e uma review menos positiva.

Com o tempo, fica mais fácil

Ao início, é natural que poucos clientes aceitem correr o risco de optar por um freelancer com um perfil menos credenciado, face a power users que já estejam na plataforma há mais tempo.

No entanto, na minha experiência esses utilizadores costumam estar sempre bastante ocupados, o que aumenta as nossas chances – especialmente se a mensagem for personalizada e o preço for justo.

À medida que o número de reviews aumenta, o nosso leque de contactos e portefólio fica mais rico, colocando-nos em melhor posição para futuros trabalhos.

Com o tempo, poderemos tornar-nos nesses mesmos freelancers que acabam por ter o luxo de recusar trabalho, se conseguirmos aguentar o período do hustling em que parece que ninguém quer trabalhar connosco.

Conclusão

Trabalhar remotamente já não é “o futuro”, é a realidade full-time de muita gente espalhada por todo o mundo.

Como em qualquer projecto empreendedor ou freelance, os primeiros tempos não serão fáceis, enquanto procuramos entender aquilo que podemos oferecer e quem somos.

Teremos sempre de dar o litro e tentar garantir que a qualidade do nosso trabalho agrade a quem está do outro lado, ganhando pelo caminho maior tacto para com os clientes e maior capacidade de gerirmos a nossa própria marca pessoal.

Dito isto, vale sem dúvida a pena experimentar, nem que seja para procurar obter um rendimento extra!

Fotografia:

Mundial 2014 Brasil

Todos os jogos do Mundial no Google Calendar

Todos os jogos do Mundial no Google Calendar 620 350 Bruno Brito

O Campeonato do Mundo de Futebol está prestes a começar e será complicado acompanhar os 64 jogos sem um calendário.

Para facilitar a tarefa, o colaborador da Google Dan Cobley colocou no Google+ um calendário que podemos importar para o nosso Google Calendar, com todos os jogos e que será actualizado automaticamente durante a competição, à medida que as equipas avançam ou ficam pelo caminho.

Os passos são muito simples e o processo não deverá demorar mais do que alguns segundos. Vamos a isto!

Passo 1: Com o login Google feito, ir até calendar.google.com no desktop.

Passo 2: À esquerda, deveremos ter “Other Calendars” na sidebar. Ao clicar lá, deveremos encontrar um “Add by URL” (conforme imagem em baixo).

"Add by URL" no Google Calendar (passo 1)

Passo 3: Inserir como URL https://www.google.com/calendar/feeds/vdmtdcektajkqjk51vvda4ni4k%40group.calendar.google.com/public/basic e clicar em Add Calendar (conforme imagem em baixo).

"Add by URL" no Google Calendar (passo 2)

Et voilá!

Os jogos deverão ser importados automaticamente, já no nosso fuso horário (no meu caso CEST) e visíveis no desktop, tablet ou mobile.

O Mundial no Google Calendar

Como trabalhar mais depressa

3 dicas para trabalhar mais depressa

3 dicas para trabalhar mais depressa 620 350 Bruno Brito

O artigo de hoje é dedicado à arte de trabalhar mais depressa. Existem por aí milhares de apps que podem melhorar a nossa vida, mas nem sempre sabemos da sua existência ou do que são capazes de fazer (como a já mencionada e ainda tão desconhecida f.lux).

Estas dicas são especialmente úteis para quem passa o dia a abrir e fechar os mesmos programas, a alternar entre vários itens no seu clipboard e para quem perde sempre imenso tempo à procura dos ficheiros que acabou de alterar e gravar.

Vamos a isto!

Lançar aplicações

Passamos a maior parte do tempo agarrados ao teclado, mas quando chega a altura de lançar uma aplicação, temos de passar para o rato. Será que tal é necessário? Não. Podemos lançar qualquer app mais rapidamente se utilizarmos o teclado e uma aplicação como o Launchy (para Windows) ou o Quicksilver (para Mac) – são ambas gratuitas.

Launchy e Quicksilver

Estes programas funcionam de forma similar – configuramos uma Hotkey (como Ctrl+Barra de Espaço) e o programa surgirá, para digitarmos as primeiras letras da aplicação que pretendemos. O programa aprende com o uso que lhe damos, ao ponto de bastar carregar no “C” para lançar o Chrome ou “F” para o Firefox, se forem essas as apps que lançamos com maior frequência (no meu caso, o Filezilla).

Estas apps são capazes de mais, visto suportarem plug-ins. Podemos, por exemplo, utilizá-las para fazer contas rápidas (escusando de abrir a calculadora), para controlar uma playlist ou para efectuar uma pesquisa no Google ou na Wikipédia.

Um Copy/Paste melhorado

O Copy/Paste é uma invenção maravilhosa. Durante o dia, quantas vezes será que fazemos Ctrl+C e Ctrl+V? Mas o clipboard do sistema operativo é limitado – só guarda um item na memória e não tem histórico. E se quisermos recuperar aquele link que colámos há 1 hora atrás? E se quisermos alternar entre 3 ou 4 elementos diferentes para colocar informação num formulário?

É aqui que entram aplicações como o ArsClip (para Windows) e o ClipMenu (para Mac) – ambos gratuitos. Guardam todos os elementos que copiamos, sendo depois possível configurar uma Hotkey para lançar a aplicação e escolher qual dos elementos queremos colar agora.

O ArsClip e o ClipMenu

Para além de melhorar consideravelmente o Copy/Paste, estes programas podem também colar algo sem formatação (plain text) quando copiamos algo formatado e vão para além do armazenamento de texto – também podem guardar imagens ou outro tipo de ficheiros.

O ClipMenu até suporta snippets. Já falei na utilidade deles e dos Text Expanders para escrever mais depressa e este é um excelente complemento para esses programas.

Aceder rapidamente aos ficheiros recentes

Não sou propriamente a pessoa mais organizada do mundo quando chega a altura de guardar os meus ficheiros. Tenho várias pastas e sub-pastas, sim, mas a dada altura comecei a prestar cada vez menos atenção a isso.

A razão? A descoberta do Everything (grátis, para Windows) e do antigo Blast, agora Trickster ($9.95, para Mac).

Quando estamos a criar/editar ficheiros para um projecto, geralmente sabemos o nome deles (ou uma parte), apenas não temos a certeza onde os gravámos – ou simplesmente demora muito a lá chegar.

Para contornar esta situação, há 2 apps que recomendo.

Everything

O Everything é tudo o que a pesquisa para Windows devia ser – depois de indexar o disco rígido, podemos lançá-lo com uma Hotkey (eu gosto de Ctrl+Alt+F) para abrir a janela e iniciar a nossa pesquisa.

A diferença face à pesquisa do Windows? Não leva 3 horas a encontrar o ficheiro que procuramos, mas sim 1 segundo. Só sabemos a extensão do ficheiro? Não faz mal, podemos procurar por algo do género *.psd para visualizar apenas os ficheiros de Photoshop, por exemplo.

O Everything para Windows

O facto de ser super rápido permite um drag & drop instantâneo a qualquer momento, útil quando queremos arrastar imagens para o WordPress ou aquele MP3 que acabámos de gravar para o Soundcloud.

Para Mac, o melhor substituto não é o Trickster, que abordo a seguir. Na verdade, o mais parecido que encontrei foi o HoudahSpot, que obtive num bundle mas custa $29. O Spotlight (que vem com o OSX) não é mau, mas se precisares de algo mais robusto, provavelmente o valor será justo.

Blast/Trickster

O Blast fica ali quietinho no system tray do OSX e ao visitá-lo podemos rapidamente consultar os ficheiros mais recentes – sejam os que acabámos de fazer download, os que modificámos e gravámos ou os que acabaram de surgir no Dropbox.

Podemos abrir o ficheiro a partir dessa janela ou arrastá-lo para outra aplicação ou para a web. Com um clique no lado direito, podemos abri-los no Finder ou optar por outro tipo de acções.

O Blast para Mac

Não sei ao certo o que mudou neste programa desde que passou para Trickster, porque ainda utilizo a versão anterior, mas certamente não haverá de ser muito diferente.

Conclusão

Estas aplicações requerem alguma habituação ao início (especialmente a decorar as Hotkeys e a integrá-las no nosso workflow) mas, quando bem usadas, sem dúvida que nos poupam muito tempo em tarefas rotineiras. Recomendo vivamente todas – aliás, são essenciais para a escrita de todos os meus artigos.

Esqueci-me de alguma? Manifesta-te nos comentários!

Fotografia:

O Processo Criativo

Os 8 passos do Processo Criativo

Os 8 passos do Processo Criativo 620 350 Bruno Brito

Este é um tópico engraçado. Apesar de não ser imediatamente associado ao Marketing, é inegável que alguns dos maiores profissionais do ramo são também tremendamente criativos – nem que seja pelo hacking, conforme referido num artigo anterior.

Quase todo o ser humano gosta de criar, mas não criamos todos o mesmo. Apesar de ser algo tão universal, o processo criativo é uma das coisas mais pessoais que podemos ter; afinal de contas, mesmo com normas relativamente rígidas, dificilmente 2 pessoas seguirão o mesmo caminho e apresentarão o mesmo produto.

Esta é a primeira lição que se pode retirar e ainda estamos na introdução: o Processo Criativo varia de pessoa para pessoa. Mas apesar de ser algo individual, penso que há alguns ensinamentos que se podem aplicar a qualquer criação e que valem a pena ser partilhados.

O meu caso pessoal

As minhas criações são um espelho dos meus principais interesses. Já produzi algumas músicas (exemplos aqui) e há já vários anos que entrego noutro site meu, do meu alter ego DJ Bammer, um mix por mês. Para além de pegar em sons, também gosto de pegar em palavras – prova disso é este blog ou os meus artigos publicados no site da maior comunidade de Wrestling de Portugal, o Wrestling.PT. Falando em Wrestling, fui durante vários anos treinador e lutador de Wrestling– essa função obrigava-me a produzir treinos e combates todas as semanas, onde a criatividade era sempre posta à prova.

Estes são apenas alguns exemplos. Apesar de escrever ser obviamente diferente de produzir música ou de entrar no ringue, há muita coisa em comum. Este artigo serve para partilhar algumas das aprendizagens, ao mesmo tempo que descrevo o meu próprio processo criativo.

Os 8 passos

Em qualquer um daqueles 3 exemplos, o meu processo passa quase que obrigatoriamente por estes 8 passos:

  • #1: O que motivou a criação
  • #2: O factor “história”
  • #3: O roubo
  • #4: O toque pessoal
  • #5: O tempo de reflexão
  • #6: O aperfeiçoamento
  • #7: O lançamento
  • #8: O que se aprendeu

Dependendo do prazo e do projecto, este processo pode demorar 30 minutos ou vários anos. Vivemos num mundo cada vez mais “em beta”, onde tudo é um work in progress – com cada vez maior frequência ouço histórias de bloggers que publicam artigos sem qualquer revisão ou de programadores que lançam apps cheias de bugs simplesmente para chegar primeiro ou para testar a aceitação do mercado. A revisão vem depois.

Este imperfeccionismo já é tão popular que é até visto por muitos como uma forma mais inteligente de trabalhar, mas discutir este tópico vai para além do âmbito do artigo de hoje – as boas notícias é que mesmo num prazo apertado, cada vez temos mais oportunidades de melhorar a nossa criação depois desta ter sido publicada.

Tempo agora de resumir o que acontece a cada passo do processo. Como passamos de uma folha em branco para o produto final?

Folha de papel vazia

#1: O que motivou a criação

Criei este blog para ajudar profissionais de marketing e para melhorar a minha escrita. Comecei a partilhar os meus DJ mixes porque havia demasiada música boa que queria que o mundo conhecesse. Entrei no ringue porque queria seguir as pisadas dos meus heróis.

Em todos os casos existiu um motivo. Algo que me incentivasse a alocar esse tempo à realização de uma tarefa em detrimento de outra – a fazer música em vez de pintar, por exemplo.

Nem sempre as nossas motivações são fortes e nem sempre são nossas – pode ser simplesmente o nosso trabalho, queiramos ou não. Mas haverá sempre uma razão para que este processo se desenrole.

#2: O factor “história”

Nunca fui grande fã de estudar história, mas quando criamos algo devemos fazer um esforço por entender o que veio antes de nós. Alguns chamam a isso “trabalho de pesquisa” e nem sempre ficam entusiasmados com a ideia, enquanto que outros adoram esta fase por ser um período de consumo ou por serem fãs da temática.

Se me pedissem para escrever um artigo sobre energia nuclear dificilmente estaria ansioso por começar a minha pesquisa. Não seria certamente a isso que dedicaria as minhas horas livres. Mas gosto de ler, de ouvir música e de ver combates de Wrestling, daí ser fácil para mim produzir algo relacionado com estes tópicos – estou familiarizado com a história e é fácil ser inspirado pelo que foi feito antes de mim.

“If you don’t have time to read, you don’t have the time (or the tools) to write. Simple as that.” – Stephen King

Nunca começamos do 0 – há sempre alguém que veio antes de nós que abriu portas para onde estamos agora. Mesmo aqueles que quebram correntes e pensamentos antigos tiveram primeiro de os conhecer para depois colocar tudo em causa. Este ponto de partida é importantíssimo.

#3: O roubo

Já dizia Pablo Picasso:

“Good artists copy, great artists steal.”

E esses roubos nem sempre são vistos com bons olhos. Mas a verdade é que há uma diferença entre ser uma cópia, um ripoff de alguém e retirar alguns elementos que nos inspiram e que queremos aprofundar na nossa abordagem criativa.

Nunca devemos copiar alguém – não há qualquer incremento de valor se apenas pegarmos em algo e fizermos copy/paste – nem nos dará qualquer gozo. Mas podemos e devemos aprender com aqueles que vieram antes de nós, roubar de cada um aquilo que nos chamou a atenção e desenvolver essas ideias.

Até podemos ir mais longe – tudo é um remix. O vídeo em baixo, de uma Ted Talk de Kirby Ferguson, responsável por esse site, é um bom exemplo disso mesmo.

Este é um passo fulcral, que de certo modo contribui na definição do nosso estilo enquanto artista. O meu próximo livro a ler aborda precisamente este tema: “Steal Like an Artist”, de Austin Kleon.

#4: O toque pessoal

Este passo pode nem ser o mais demorado mas será aqui que deixaremos a nossa marca. O trabalho de casa está feito e agora é tempo de lhe dar o nosso toque (ou, como alguns dizem, criar).

Aqui damos basicamente o nosso twist a algo que já existe – o nosso próprio remix. Certamente não sou a primeira pessoa a escrever no seu blog sobre este tema. Mas será que alguém já escreveu sobre este tópico, em Português, apelando à sua experiência enquanto DJ e lutador de Wrestling? Pouco provável.

Pegamos em tudo o que conhecemos, tudo o que nos inspira, tudo o que já foi feito e que pretendemos homenagear e misturamos tudo isso com a nossa identidade – o resultado final será algo que podemos chamar de nosso.

Pessoalmente, gosto de “deitar tudo cá para fora” nesta fase – experimentar todas as ideias, escrever tudo o que me vai na cabeça, sem julgar de imediato. Haverá uma altura para isso, mas não será já.

#5: O tempo de reflexão

Se tivermos o luxo do tempo, o próximo passo será o de reflexão. O que acabámos de criar fica “de molho”, para revisitar mais tarde.

Quando faço um mix, gosto de guardar o projecto e de não pensar mais nisso até ao próximo dia. No dia seguinte, se depois de o voltar a ouvir ainda fizer sentido, gravo em mp3 e levo-o no telemóvel para o autocarro, para o ginásio ou para o trabalho e vejo se continua a fazer sentido aí.

Acontece o mesmo com a escrita. Nunca publico um artigo no dia em que o escrevo. Às vezes fica no computador 1 dia, 1 semana ou 1 mês até voltar a ser lido.

Muitas vezes, o desafio está em conseguir encarar algo com orgulho depois de termos saído do buraco em que nos enfiámos para o criar. Se sobreviveu ao teste do tempo e estamos satisfeitos com o que acabámos de fazer, então temos boas chances de ter produzido algo com qualidade.

#6: O aperfeiçoamento

Depois de darmos o passo anterior, muitas vezes verificamos que é necessário aperfeiçoar alguns aspectos da nossa criação.

Por aperfeiçoamento pode-se entender todo o tipo de ajustes: no caso da escrita, podemos corrigir eventuais erros ortográficos, editar a formatação ou verificar se as ideias representam aquilo que queríamos comunicar e se o produto final nos parece honesto e fiel ao pretendido no passo #1.

Pessoalmente, não sou grande fã de aperfeiçoar antes de chegar aqui, mas como já disse, o processo de cada pessoa é diferente – há quem goste de ir editando o texto à medida que o escreve, por exemplo.

O mesmo acontece na música, quando verifico os níveis de volume ou a equalização na passagem de uma música para outra, ou quando corro os combates que estou prestes a ter na minha cabeça para entender se farão sentido face à audiência que está para lá do balneário. É aqui que surgem as nossas questões e as melhorias, o tal fine tuning.

Nesta fase (e especialmente quando não existem prazos) as barreiras mentais são o verdadeiro alvo a abater – poderia levar 1 vida a encontrar as 12 músicas perfeitas para um mix. Poderia dedicar 10 anos a editar uma frase de 5 palavras. Mas aí corremos o risco de acabar por nunca lançar o resultado cá para fora. De certa forma, estabelecer um prazo ajuda a superar este conflito.

Há quem todos os dias sente que há algo que deve ser editado e quem edite um dia e nunca mais pensa nisso.

É um ponto de equilíbrio difícil de gerir, mas temos de conseguir (pelo menos) superar aquele desconforto de dar uma obra como terminada e desligar-nos emocionalmente desse projecto e avançar.

Há uma altura em que temos simplesmente de carregar no botão de lançamento e passar ao desafio seguinte.

Yay - tempo de lançar

#7: O lançamento

E pronto. Pode levar apenas alguns minutos ou pode levar décadas, mas finalmente é tempo de mostrar ao mundo aquilo que andámos a fazer.

Por vezes temos prazos apertados e lançamos algo que consideramos “imperfeito”. Nem sempre o produto final está 100% em linha com o que aspirávamos no passo #1. Mas este dia tinha de chegar e é tempo de pensar onde vamos a seguir, dando entretanto um olhinho à aceitação da nossa audiência (se for caso disso) no que toca a esta criação.

Muitos não chegam até aqui, pelo que devemos estar sempre de parabéns quando temos algo novo pronto a lançar!

#8: O que se aprendeu

O processo de criação enriquece-nos sempre. Às vezes sentimos uma enorme satisfação pelo simples facto de termos terminado algo, por acharmos que não seríamos capazes de alcançar tal proeza ou por termos aprendido coisas que desconhecíamos sobre nós pelo caminho. Mas nunca saímos de lá iguais.

Vale sempre a pena… e muitas vezes a viagem é mais emocionante que a conclusão.

“Focus on the journey, not the destination. Joy is found not in finishing an activity but in doing it.” – Greg Anderson

São lições que retiramos também para criações futuras – porque nunca sabemos quando é que aquele post se vais transformar num livro, ou aquele mix pedirá uma actuação a condizer. Poderá nunca ser a obra perfeita, mas para lá caminhamos após cada falhanço.

Considerações finais

Esta é a minha receita para criar – certamente não será muito diferente do meu vizinho, mesmo que se aplique à pintura ou à escultura. Espero que faça sentido e inspire outros criadores!

Gostaria ainda de aproveitar para sublinhar 2 fortes lições relacionadas com este tópico e com o suposto “perfeccionismo” que tanta vez ataca o criador: a história da musa e o mito das ferramentas.

A história da musa

Muitos criadores querem ser escritores a tempo inteiro, mas não o encaram como uma profissão – não lhe dedicam 8 horas por dia nem escrevem todos os dias da semana. O mesmo se poderá dizer de muitos aspirantes a músicos, por exemplo.

A maior parte destes senhores está à espera que a musa lhes bata à porta, pois nesse dia tudo acontecerá – o livro será escrito num ápice, a música será produzida numa tarde e a tal pintura perfeita surgirá naturalmente.

O problema é que nestas profissões, o tempo e o trabalho também importam. Não são golpes de sorte – pelo menos em 99% dos casos – e os dividendos só surgirão para aqueles que dão a cara diariamente.

Se acreditas numa musa e queres que ela te bata à porta, pensa que terás mais chances de tal acontecer se quando ela for a tua casa estiveres já no computador a trabalhar, em vez de sentado no sofá a ver televisão.

Se não estiveres a trabalhar, a musa vai ver que hoje não é um bom dia para te incomodar e vai deixar-te em paz com o teu programa, seguindo até à porta de outra pessoa que está a acumular mais horas à frente do processador de texto do que tu.

Basicamente, a musa só inspira quem merece.

O mito das ferramentas

Uma excelente desculpa para não começar é a da falta das ferramentas certas. Por exemplo, na produção musical é frequente o debate de qual o melhor DAW (Digital Audio Workstation) e eu próprio perdi muitas horas a ler sobre todas as diferenças entre o Ableton Live, o Logic e o Fruity Loops, em vez de as dedicar a fazer música.

O mesmo se pode aplicar à escrita. Será melhor escrever no Notepad, no Word ou no SublimeText? Não são só palavras e juntá-las?

A maior parte dos criadores com sucesso dominaram a arte de fazer e não a ferramenta – não se importam de passar para outra, se os benefícios para o seu trabalho forem claros, mas a ferramenta é apenas um meio para chegar a um fim; não é “o” trabalho.

Não é por escrevermos com uma caneta azul que deixaremos de saber escrever se passarmos para uma de cor preta. Ou se escrever à máquina em vez de à mão. Ou se usar o Word em vez do Notepad. E o mesmo acontece em qualquer outro caso.

Vivemos num mundo com demasiada oferta: se queremos uma app que faça x e se precisarmos de uma outra app que acrescente y, descobrimos que ambas já foram criadas. Mas cada hora dedicada a consultar fóruns sobre qual a melhor é menos uma hora a fazer o que realmente importa.

Ainda neste tópico, não subestimes o poder da limitação – quanto mais rudimentar for a tua ferramenta, quanto mais limitado estiveres, maiores serão as tuas chances de te focares naquilo que realmente importa: criar.

Como aceder à WWE Network

Como aceder à WWE Network (fora dos EUA)

Como aceder à WWE Network (fora dos EUA) 620 350 Bruno Brito

NOTA: A WWE Network já está disponível em Portugal, pelo que não deverás ter de seguir os passos deste artigo. 👍

Na passada 2ª feira, a WWE disponibilizou o seu novo produto, a WWE Network, que em muito se assemelha ao Netflix mas aplicado ao Wrestling.

Todo o conteúdo que um fã de Wrestling pode querer

O dia 24 de Fevereiro de 2014 era uma data há muito aguardada pelos fãs de Wrestling: a WWE não desiludiu e arrancou com um plataforma recheada de conteúdo, dando hipótese a qualquer fã de aceder à sua vasta colecção de PPVs, alguns programas semanais e documentários por apenas $9.99/mês. Como se tal não fosse suficiente, os fãs da marca poderão ainda acompanhar os futuros PPVs da companhia (como o WrestleMania) e serão brindados com algum conteúdo original, como é o caso do Legends’ House (previsto para Abril).

A WWE Network está, de momento, apenas disponível para os EUA. Canadá, Reino Unido, Austrália e outros países estão nos planos, mas apenas para o final do ano ou início de 2015. Portugal e Brasil não têm ainda data prevista.

Posto isto, muitos fãs fora dos EUA colocaram rapidamente esta questão:

Como posso aceder à WWE Network já?

A resposta, felizmente, não se fez esperar. A solução não é complicada e será familiar para quem já contornou este tipo de obstáculos no passado, para utilizar serviços populares como Netflix, Pandora, Spotify ou Hulu.

Os 3 passos fundamentais

Para qualquer um destes serviços, os 3 passos necessários são similares.

  • Inserir uma morada dos EUA;
  • Pagar com Paypal (podes utilizar o MBnet para tal);
  • Aceder ao serviço “simulando” que estás no país correcto.

O ecrã de registo da WWE Network

A WWE precisa de 1 milhão de subscritores para atingir o break-even. Se a WWE Network é um serviço que te interessa, então podes ajudar a empresa de Stanford já.

Vais ter de criar uma nova conta e é melhor não recorreres ao Sign-in com Twitter/Facebook/Google visto que mostrarás que não és americano! Também terás de optar de imediato por pagar e não beneficiar da semana de Free Trial.

Ao criares uma conta, terás de tratar dos passos #1 e #2. Vamos a isto!

#1: Inserir uma morada dos EUA

Se não tiveres ou não puderes utilizar a morada de um amigo que resida lá, há alguns serviços que que te criam moradas virtuais. No entanto, para a WWE Network nem é preciso ir tão longe – desde que qualquer morada tenha um estado americano seleccionado e o país escolhido seja o dos EUA a inscrição será aceite, pelo que tens enorme liberdade aqui.

#2: Pagar com Paypal

Se optares por pagar directamente com cartão de crédito, o mais provável será o sistema identificar que o teu banco não é americano. Para além disso, estará ligado à tua morada, o que não é recomendado.

Por este motivo, o melhor será associar a tua conta WWE ao Paypal. Por muito que o teu Paypal também tenha os teus dados pessoais, a WWE apenas o utiliza para verificar o pagamento.

O Paypal precisa de um cartão de crédito associado- se não tens um, podes utilizar um cartão de débito e recorrer a um serviço como o MBnet para criar esse tipo de dados. O processo não é complicado, mas aqui tens um tutorial se necessário.

#3: Aceder ao serviço “simulando” que se está no país correcto

Depois de criares a tua conta e fizeres login, acederás à WWE Network. No entanto, se tentares visualizar o conteúdo sem fazer mais nada, serás presenteado com uma mensagem de erro. Tal acontece porque o sistema detecta que te estás a ligar fora dos EUA e bloqueia o conteúdo.

Existem 2 principais formas de resolver esta questão:

  • alterando o nosso DNS;
  • com um proxy.

As técnicas são ligeiramente diferentes mas a finalidade é igual: aparentar que estamos a aceder ao site a partir dos EUA.

Há inúmeros serviços que podem ser úteis para este propósito e a maioria tem uma versão gratuita e outra paga. A versão gratuita geralmente tem limites de tráfego, de velocidade ou publicidade – se pagarmos, teremos naturalmente acesso a tudo sem impedimentos.

Como altero o DNS?

Alterar o DNS é provavelmente o método mais complicado, mas a grande vantagem será não sentires alterações na velocidade da tua ligação e teres a possibilidade de utilizar o serviço em qualquer plataforma, desde que faças as devidas alterações em cada uma – até na XBOX, PS3 ou PS4.

Unblock-Us

Se seguires esta via, o UnblockUS será provavelmente a melhor opção. Depois de te registares, terás apenas de aceder às tuas definições de rede, alterar os DNS e estarás pronto. O serviço custa $4.99 por mês e tens uma semana para experimentar sem custos.

Apesar de ser o método mais complicado dos 2, é longe de difícil– se estás habituado a visitar o Painel de Controlo do teu Windows ou OSX, não terás dificuldade em seguir os passos de configuração.

Como utilizo um proxy?

Se optares por um proxy terás mais opções e, em muitos casos, a instalação resume-se a um par de clicks. Aqui a oferta é imensa- existem extensões para o browser e aplicações para Windows, OSX, Android e iOS.

Se não tencionares ver a WWE Network fora do browser, podes simplesmente instalar algo como o anonymox se utilizares o Firefox. Se gostares mais do Chrome, já li coisas boas sobre o Hola! e o Proxmate, mas como não as testei não posso confirmar.

Hideman

No entanto, a opção que recomendo se optares por um proxy será o Hideman – é compatível com Windows, OSX, Android e iOS e tudo o que foi necessário foi instalar a aplicação, escolher o país de onde pretendo aceder (EUA, claro) e está feito. Independentemente do browser, tudo o que fizeres será como estiveres nos EUA.

O Hideman dá-te acesso a 5 horas por semana e poderá limitar-te a velocidade a 512 kps, pelo que se gostares e quiseres mais terás de pagar $69 por ano.

Conclusão

Aceder à WWE Network não é difícil e qualquer uma destas soluções não te levará mais de um par de minutos a configurar. Depois já poderás fazer login e estarás pronto para visualizar todo o conteúdo e mais algum!

A WWE Network depois do *login*

Pessoalmente, recomendaria a alteração do DNS com o UnblockUS, visto que é mais versátil, barata e uma vez configurada, não terás que voltar a mexer. Mas podes sempre começar por um proxy e depois, se decidires pagar, passar para uma VPN!

    Se quiser entrar em contacto comigo, pode enviar-me um e-mail para mail@brunobrito.pt ou preencher o formulário abaixo.

    NOTA: Todos os campos são de preenchimento obrigatório.