David Heinemeier Hansson, o famoso programador responsável pela criação da framework Ruby on Rails, sugeriu recentemente que celebrássemos a Web experimentando… outro browser.
Se estás a ler isto, provavelmente estás a utilizar o Google Chrome – e o Chrome é, de facto, um excelente browser. No entanto, têm surgido alternativas interessantes – como o Brave para velocidade, o Blisk para programadores ou o Ghost para quem gere com frequência múltiplos logins, mas para mim, quem tem andado a surpreender é o “velhinho” Opera.
Para desktop, o Opera está disponível para Windows, macOS e Linux; surgiu há 22 anos, mas nunca gozou do mesmo buzz do que por exemplo o Mozilla Firefox.
Ainda assim, a equipa continuou a trabalhar, e a verdade é que esta nova versão mereceu a minha atenção… e provavelmente merece a tua, também!
Porquê? Aqui ficam as minhas 3 razões.
#1: Messenger e WhatsApp integrado na barra lateral
Se és um dos milhões que utiliza diariamente uma das plataformas de messaging de Mark Zuckerberg, provavelmente darás valor a esta pequena funcionalidade: o Messenger e o WhatsApp ficam sempre ali ao lado, à distância de um clique ou de um atalho de teclado (SHIFT + CMD + M).
Esta conveniência veio tirar protagonismo ao Franz, a minha app de eleição para messaging até então.
De futuro, espero que o browser passe a permitir a adição de novas redes, como o Twitter ou o Slack.
#2: Ad Blocker instalado de origem
Sou grande fã do uBlock Origin no Chrome, mas não tenho sentido saudades dele desde que activei o ad blocker do Opera.
Um bom ad blocker, para além de te ocultar a publicidade, também te deve poupar a bateria e carregar as páginas mais depressa , e este cumpre em todas essas frentes.
#3: Battery Saver
O Chrome era o meu browser de eleição quando estava “ligado à corrente”, mas para poupar a bateria do meu Mac, prefiro o Safari.
Aqui, o Opera acaba por ser um bom meio termo – como é baseado no Chromium, tem uma boa parte do que torna o Chrome interessante, mas é bem mais eficiente – especialmente, se ligares o Battery Saver.
Esta funcionalidade reduz a actividade nas tabs que não estás a utilizar, pausa plug-ins que não precisas e até animações – muito provavelmente só terás de desactivar este modo se tens por hábito jogar no browser.
Com este modo activado, a empresa promete mais 1 hora de navegação do que noutros browsers. Este teste foi feito em Windows, e acredito que esse valor ainda seja superior em macOS.
Outros pontos fortes
Se nenhum destes argumentos te convencer, provavelmente este browser não é para ti. Ainda assim, aqui ficam outras características que o diferenciam:
VPN integrada (gratuita)
A Opera adquiriu no passado a SurfEasy, uma empresa dedicada ao negócio das VPNs (Virtual Private Networks), e quem utilizar este browser pode optar por activar a VPN de forma gratuita.
Este é, na verdade, um dos principais argumentos do browser (em especial para o mercado norte-americano). Outras pessoas poderão gostar do anonimato que uma VPN traz, mas pessoalmente desconfio um pouco de VPNs gratuitas, pelo que a tenho desactivada.
Picture-in-Picture para a maior parte dos vídeos da Web
Se tens o hábito de ver muitos vídeos enquanto estás online, talvez dês uso ao PiP do Opera – não sendo o único browser a fazê-lo, a verdade é que é o meu favorito para esta função.
Este botãozinho verde faz toda a diferença!
O leitor é totalmente flexível no redimensionamento, e é excelente para ver um vídeo enquanto estamos, por exemplo, no Messenger.
Algo a ter em conta para os fãs do multi-tasking!
Leitor de Notícias integrado
Não é um leitor de notícias tão robusto quanto o Feedly, mas poderá ser uma boa solução se quiseres acompanhar os teus sites preferidos num só lugar, com acesso destacado na barra lateral.
Ah, e podes adicionar qualquer feed RSS!
E são estes os argumentos. O Chrome continuará instalado, claro, mas cada vez o utilizo menos.
E tu, vais dar uma hipótese? Que browser recomendas?