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Como instalar e correr o WordPress no PC (localmente)

Como instalar e correr o WordPress no PC (localmente)

Como instalar e correr o WordPress no PC (localmente) 1240 700 Bruno Brito

Qualquer programador (ou administrador de sites) já teve necessidade de instalar o WordPress no seu computador, seja para testar novas funcionalidades num site, seja para simplesmente experimentar um novo tema ou plugin.

Quando isto acontece, dizemos que precisamos de instalar o WordPress localmente.

Existem inúmeras formas de alcançar este objetivo: ao início, recorria sempre ao XAMPP, passando mais tarde para o MAMP; recentemente, partilhei contigo uma forma rápida de instalar o WordPress com o auxílio do Docker.

A solução que te vou apresentar hoje tem uma grande vantagem: exige menos conhecimentos técnicos que as alternativas que mencionei.

Esta é, facilmente, a forma mais simples e rápida que conheço de instalar o WordPress em qualquer máquina, e aquela que tenho recomendado a amigos e colegas nos últimos meses.

Vais apenas precisar de instalar um programa, o Local by Flywheel, que é grátis e está disponível para macOS, Windows e Linux.

Criando um site WordPress

Uma vez instalada a aplicação, basta clicares no botão “+” no canto inferior esquerdo para dar início ao processo de criação de um site WordPress.

No 1º ecrã, terás que dar um nome ao site. Opcionalmente, poderás também alterar o caminho e o nome da pasta onde o mesmo ficará armazenado.

Flywheel - Criar Site WordPress - ecrã 1

No 2º ecrã, o Local by Flywheel dá-te a oportunidade de alterar a versão do PHP e do MySQL, bem como optar entre Apache ou nginx.

Alterar estas configurações poderá fazer sentido se quiseres recriar o ambiente do teu serviço de alojamento. De outra forma, recomendo que avances com as opções pré-definidas.

Flywheel - Criar Site WordPress - ecrã 2

Por fim, no 3º e último ecrã, defines o utilizador, palavra-passe e e-mail a utilizar, tendo também a oportunidade de indicar se se trata de uma instalação Multisite ou não.

Flywheel - Criar Site WordPress - ecrã 3

Concluído este processo, podes clicar no botão “Start Site”, no canto superior direito, e de seguida em “Admin” ou “View Site” para o visualizar num browser. Fácil!

Também o podes partilhar na web, para mostrar a 1 colega ou a 1 amigo, clicando no botão “Live Link” – será criado de imediato um link com o serviço ngrok. Sem dúvida muito útil.

Acedendo à base de dados do site WordPress criado com o Sequel Pro

Nenhuma ferramenta estaria completa sem nos facultar o acesso à base de dados.

Se clicares na 2ª tab, de nome “Database”, verás que o Local by Flywheel te dá a escolher entre o Adminer (que menciono aqui) e o Sequel Pro para acederes à base de dados.

Flywheel-Database-tab

O Sequel Pro é uma aplicação gratuita e open source que está apenas disponível para macOS – se for o teu caso, recomendo vivamente que a instales.

Sequel Pro

Para além de ter um interface muito apelativo, permitindo acesso local ou remoto a qualquer base de dados MySQL, garante a realização de todo o tipo de alterações ou queries à BD.

Se estás habituado a trabalhar com bases de dados, recomendo que o experimentes – em poucos minutos perceberás tudo o que o programa te oferece, e a integração com o Local by Flywheel é bastante conveniente.

Como vês, são 2 aplicações bastante intuitivas e muito práticas. Esta é a minha nova forma preferida de instalar e gerir sites WordPress localmente.

De referir que o Local by Flywheel também oferece planos pagos, que poderão merecer a tua atenção se mais tarde quiseres sincronizar o teu site local com um site que está live, ou se trabalhas com mais colaboradores.

Como instalar o WordPress com o Docker

Como instalar o WordPress com o Docker

Como instalar o WordPress com o Docker 1240 700 Bruno Brito

Esta é a minha nova forma preferida de instalar o WordPress localmente para os meus projetos.

Existem várias alternativas, como o XAMPP ou o VVV (Varying Vagrant Vagrants), mas esta solução com o Docker parece-me a mais rápida.

Vamos diretos ao assunto. O que é necessário?

  • Algum espaço em disco (cerca de 10 GB);
  • Conhecimentos de como configurar o WordPress;
  • Alguma confiança em utilizar a linha de comandos.

Vamos a isto!

#1: Descarregar o Docker

Deves começar por descarregar o Docker Desktop, disponível tanto para Windows como para macOS.

Vais precisar de criar uma conta no Docker para tal (o registo é gratuito).

Em macOS, o download é cerca de 500 mb, e uma vez instalado, ocupa cerca de 2 GB.

Após a instalação, verifica que o Docker Desktop está a correr, conforme esta imagem:

Docker Desktop is running

#2: Criar o ficheiro docker-compose.yaml

Cria a pasta onde queres instalar o teu site WordPress, e de seguida, cria o ficheiro docker-compose.yaml – responsável por definir as dependências do container.

Para além do WordPress temos que instalar o MySQL para termos uma base de dados e o phpMyAdmin para a gerirmos facilmente.

Copia e cola o código que coloco em baixo no teu editor de texto preferido (eu recomendo o VS Code ou o SublimeText).

Tem atenção à indentação, que tem que ser respeitada.

#3: Configurar tudo com um só comando

É tempo de navegar até à pasta do projeto no terminal e correr o comando docker-compose up -d.

O Docker vai de seguida fazer a sua magia, instalando na pasta a última versão do WordPress e colocando o site imediatamente disponível na máquina local.

A primeira vez demora algum tempo, porque o Docker terá que descarregar e configurar o WordPress, MySQL e phpMyAdmin. Das próximas vezes já será um processo bem mais célere.

Docker Compose

#4: Visitar o site

E já está! O site está já disponível em http://localhost:8000/ com o habitual ecrã de configuração do WordPress.

Idioma do WordPress

Podes também aceder ao phpMyAdmin para gerires as bases de dados, indo a http://localhost:8080/ – todas estas portas foram definidas no docker-compose.yaml e podes claro definir outras, se preferires.

O login/password do phpMyAdmin será wordpress/wordpress e poderás também alterar esses parâmetros no docker-compose.yaml.

#5: E como desligo a máquina?

Quando já não precisares de ter este container activo, o melhor será correres o comando docker-compose down --volumes na pasta do projecto.

Não poderás ter vários sites WordPress a correr em simultâneo sem alterares as portas – portanto cerfica-te que ou as alteras no docker-compose.yaml, ou que desligas esse contentor antes de passar para outro.

Como comprimir imagens WordPress

Como comprimir imagens WordPress (no Ubuntu)

Como comprimir imagens WordPress (no Ubuntu) 1240 700 Bruno Brito

Sou grande fã de performance no geral, e no passado já partilhei contigo algumas dicas para aumentares a velocidade do teu site e optimizares imagens.

Recentemente visitei o PageSpeed Insights da Google para verificar se podia realizar mais optimizações a este blog WordPress. E, ao que parece, havia bastantes imagens que podiam estar mais leves.

Eu optimizo sempre as minhas imagens com o excelente ImageOptim para Mac, mas é importante ter em conta que sempre que carregas uma imagem para o WordPress, várias miniaturas de cada imagem são geradas – que são exibidas nas páginas de arquivo, por exemplo.

E essas imagens não são comprimidas – algumas miniaturas chegam até a pesar mais do que a imagem original!

Foi graças ao PageSpeed que me apercebi disso. Mas como resolver?

Plugins WordPress para comprimir imagens

Existem diversos plugins WordPress que prometem a compressão de todas as imagens do teu site, mas a maior parte tem um limite de compressões que podes realizar por mês (a não ser que pagues).

Outro problema é que alguns destes plugins são também bastante lentos – a compressão de imagens não é um processo particularmente rápido, especialmente se se tratarem de PNGs.

Se tiveres poucas imagens, ou não tiveres problemas em esperar, podes experimentar um destes plugins. O reSmush.it pareceu-me o melhor, permitindo a compressão de todas as imagens desde que sejam inferiores a 5 MB, mas deixo-te mais alternativas.

Como o meu blog está alojado no DigitalOcean (o meu serviço de alojamento favorito), decidi investigar que comandos se podem correr através do terminal.

Existe uma solução similar ao ImageOptim para Linux, o Trimage, mas que requer um interface gráfico – e eu só tenho acesso ao terminal.

Todos estes programas de compressão de imagens recorrem habitualmente ao OptiPNG e ao jpegoptim – que são open source. Como conheço alguns comandos de terminal, parti à descoberta!

Instalando o OptiPNG e o jpegoptim no Ubuntu

O primeiro passo será instalar ambos – se é que não estão já instalados na tua máquina.

Primeiro, actualizamos os repositórios: sudo apt-get update

Depois, instalamos os 2 programas:

sudo apt-get install jpegoptim optipng

Comprimindo imagens com o OptiPNG e o jpegoptim no Ubuntu

Ambos os programas têm vários parâmetros que podes precisar para definir a compressão.

Podes ver o que cada um pode fazer com o comando jpegoptim -h ou optipng -h respectivamente.

Opções do jpegoptim

No meu caso, queria aplicar esta compressão a todas as imagens da pasta em que me encontro e de forma recursiva – ou seja, se existissem sub-pastas, as imagens que lá constassem deveriam ser também elas comprimidas.

O WordPress facilita-nos a vida neste aspecto, porque todas as imagens vão estar em wp-content/uploads/, ficando depois em pastas de anos e dentro delas, os respectivos meses.

Para o OptiPNG, podes correr este comando para comprimir todos os ficheiros PNG: find -name '*.png' -print0 | xargs -0 optipng -o7

O OptiPNG tem vários níveis de compressão – podes ir de 1 a 7. A maior redução será se colocares 7, tendo o problema de demorar mais a comprimir cada imagem.

Para o jpegoptim, queres comprimir tanto JPEGs como JPGs, pelo que este deve ser o comando a utilizar: find -name '*.jp*g' | xargs jpegoptim -f --strip-all

Com a ajuda do &&, podes combinar estes 2 comandos numa só linha – quando um processo terminar, o outro começa de imediato:

find -name '*.png' -print0 | xargs -0 optipng -o7 && find -name '*.jp*g' | xargs jpegoptim -f --strip-all

Agora é deixar o processo a correr e passar para outra coisa. É bem possível que fiques admirado com o espaço em disco que recuperaste quando a tarefa estiver concluída!

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