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7 Razões para Aprender a Programar

7 Benefícios de Aprender a Programar

7 Razões para Aprender a Programar

7 Razões para Aprender a Programar 620 350 Bruno Brito

Agora que já apresentei os meus mitos sobre programação e dei a conhecer o que acontece realmente no dia-a-dia de um programador, é tempo de escrever sobre os benefícios de aprender a programar.

Nota que o que vou indicar neste artigo não obriga, de todo, a que dês uma volta de 180º à tua carreira ou que comeces subitamente a programar todos os dias; são simplesmente benefícios que irás certamente retirar desta prática (independentemente do teu nível de experiência) que poderás aplicar em muitas outras profissões ou desafios na vida.

Apesar de só andar a programar entre 8 a 10 horas por dia de há 3 meses para cá, a verdade é que há já alguns anos que me interesso pelo tema e muitas das suas vantagens começaram a manifestar-se de imediato.

Podes começar por aprender a programar em vários sites desta lista (como o Treehouse) ou seguindo tutoriais como os do Codecademy. Poderás explorar uma linguagem como Ruby ou JavaScript, ou optar por algo mais visual como HTML e CSS – todas apresentam os seus desafios.

Faças o que fizeres, estou certo que aprenderás algo pelo caminho que te tornará melhor naquilo que já fazes: e, só por isso, já acho que vale a pena!

Este vídeo, com várias caras conhecidas, mostra porque é que deves considerar aprender a programar. A minha lista também toca em alguns destes pontos. Vamos então a isto!

#1: Aumenta a tua produtividade

Os programadores são famosos por serem tremendamente eficientes à frente de um computador e não gostarem de trabalho repetitivo – na verdade, uma das principais filosofias é a de procurar ser o mais “DRY” possível (Don’t Repeat Yourself).

Para aumentares a tua produtividade não tens de escrever programas muito complexos. Ao dominares um editor de texto como o SublimeText (podes descobrir como o “artilhar” aqui) e a linha de comandos, poderás automatizar várias tarefas do teu dia-a-dia ou, no mínimo, realizá-las muito mais depressa.

Uma dica rápida: com o SublimeText, podes seleccionar uma palavra inteira com o atalho ⌘ + D (CTRL + D em Windows) e seleccionar essa mesma palavra noutros locais do documento ao repetires esse comando. Depois, podes alterar todas as tuas selecções em simultâneo, poupando-te o habitual Find & Replace.

Command + D - SublimeText

#2: Ensina-te a desconstruir problemas

Na vida, é normal encontrarmos por vezes problemas tão avassaladores que nem sabemos propriamente por onde começar para os resolver.

Essa pode ser uma sensação muito desconfortável mas, como vimos no artigo anterior, é algo que o programador experiencia várias vezes por semana.

Como é que a aprendeu a aceitar? Desconstruindo problemas.

Neste mundo, divide and conquer é chave. Dividimos uma tarefa em pequenas mini-tarefas, avançando para a próxima apenas quando uma está dada como terminada.

Tudo passa por mini-projectos que, quando combinados, criam o projecto final.

Quando estamos a programar uma loja online, por exemplo, não escrevemos tudo ao mesmo tempo. Começamos por criar uma lista de produtos, depois o botão de adicionar ao carrinho e mais tarde o botão de remover do carrinho, testando sempre tudo devidamente após cada um destes processos.

Divisão de Problemas

Uma metodologia: Se um artigo de 2000 palavras te intimida, podes desconstruir o projecto em vários pontos: a introdução, o desenvolvimento, a conclusão, o título, as imagens, a edição final e a promoção do artigo, por exemplo.

#3: Torna-te mais metódico e preciso

Um dos maiores desafios da programação é o de dar nomes às coisas: por mais ridículo que pareça, é incrivelmente complicado encontrar um nome absolutamente exacto (ao mesmo tempo que sucinto) para descrever o que estamos a criar.

Naming Things (Programming)

Quando não conseguimos que esse nome seja explícito o suficiente, comentamos o nosso código (para que nós ou outros colegas entendam o que aquelas linhas fazem, um dia mais tarde) ou vamos mais longe e criamos alguma documentação sobre o tópico (como é habitual nos populares ficheiros Readme).

Aqui, é absolutamente crucial tentar manter a coerência em tudo o que fazemos e, seguindo o príncipio já referido do DRY (Don’t Repeat Yourself), procurar criar código modular, ou seja, que nos permita copiá-lo para vários locais do nosso projecto sem perder as suas características.

Um conselho: com estas dicas, podes ser um profissional mais organizado (documentando tudo o que fazes), tanto para facilitar a colaboração com outros colegas como para tu próprio saberes o que estavas a fazer quando voltares a olhar para o teu trabalho 6 meses mais tarde.

#4: “Obriga-te” a aceitar a mudança

Numa indústria que todas as semanas introduz novas boas práticas, frameworks e linguagens, é impossível ficar na zona de conforto (a não ser, claro, que queiramos ficar sem trabalho).

Este *sentimento de instabilidade/ruptura* faz todo o sentido num ambiente onde todo o código que é escrito é temporário, seja porque será mais tarde re-escrito, seja porque passado 1 ano alguma funcionalidade nos obrigará a alterá-lo.

Changes ahead

Na programação, o refactoring é constante – o código está constantemente a ser editado para ser mais eficiente e legível para toda a equipa. Essa constante “revisita” pode parecer frustrante aos olhos de um outsider, mas é um processo normal neste mundo.

Uma certeza: se encararmos a inevitável mudança com bons olhos, em vez de algo doloroso e frustrante, teremos melhores chances de evoluir e aprender novas formas de fazer as coisas.

O criador do Facebook, Mark Zuckerberg, disse uma vez uma frase que demonstra este ponto na perfeição:

Move fast and break things. Unless you are breaking stuff, you are not moving fast enough.

#5: “Obriga-te” a aprender depressa

Pela razão referida anteriormente, é inevitável aprendermos (com rapidez) novas práticas, novos atalhos no teclado, novas aplicações e novas linguagens.

Se gostas de aprender algo novo todos os dias, esta será, muito provavelmente, a indústria certa para ti. Mas se a ideia de ler blogs e fóruns de discussão todos os dias e investir em tecnologias que passado 6 meses ficarão obsoletas te assusta, talvez esta não seja vida para ti.

Cérebro a aprender

Os programadores são geralmente curiosos e gostam de experimentar novas tecnologias, mesmo que mais tarde acabem por as descartar.

Um modo de vida: procura ser curioso em tudo o que fazes – nunca é tempo perdido, mesmo que acabes por entender que algo não trará valor para ti.

O que importa aqui é a viagem – se estiveres sempre disposto a aprender mais sobre qualquer tópico, ficarás com uma grande capacidade de adaptação para qualquer situação em que te encontres.

#6: Desenvolve o espírito de comunidade

Os programadores podem ter fama de seres egocêntricos, mas na minha experiência são dos que mais contribuem para as comunidades em que se integram – seja respondendo a perguntas de novatos, seja criando tutoriais ou dedicando tempo a projectos open-source.

Muitos programadores têm blogs com a simples intenção de partilhar o que aprenderam pelo caminho e é frequente a promoção de seminários e meetups para discutir boas práticas e formas de fazer as coisas. E muitos a custo zero.

Uma sugestão: procura ser mais activo junto à tua comunidade. De que formas podes contribuir para que a indústria em que estás envolvido possa ser melhor?

Há muitas coisas que podes fazer: podes apresentar algo que dominas a outras pessoas ou promover uma meetup para juntares pessoas que partilham um interesse similar.

#7: É criativo!

Como compôr música ou escrever um livro, programar é algo extremamente criativo, em que começamos com um ficheiro em branco e podemos terminar com um videojogo, um website ou uma app para o telemóvel dias mais tarde.

É uma forma de te expressares; Drew Houston, CEO da Dropbox até vai mais longe:

Coding is the closest thing we have to a superpower.

Todos os dias podes encontrar sites, jogos e aplicações que elevam a fasquia do que é possível com um editor de texto. E com a informação e a tecnologia cada vez mais acessível, porque não aprender a desenvolver este lado da nossa criatividade?

Um desafio: cria uma página pessoal tua ou começa com algo mais simples, como um projecto no CodePen, inspeccionando o código de algo que gostes e tentando fazer semelhante.

Se tens um blog, pensa em algo muito simples que queiras alterar: uma cor da letra, por exemplo – este artigo poderá ser um bom ponto de partida!

Conclusão

Há muitos benefícios que podes retirar da programação, mesmo se a encarares como um pequeno hobby. Aprenderás a olhar para a mudança de outra forma, serás mais produtivo à frente de um computador e até, mais social.

Tudo pode começar com uma simples aprendizagem de HTML e CSS. Pelo meio, estarás a expressar-te criativamente!

Se programas, quais são, para ti, as maiores vantagens?

    Se quiser entrar em contacto comigo, pode enviar-me um e-mail para mail@brunobrito.pt ou preencher o formulário abaixo.

    NOTA: Todos os campos são de preenchimento obrigatório.


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