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Ninguém quer ser “só mais um”

Marketing - Nichos

Ninguém quer ser “só mais um”

Ninguém quer ser “só mais um” 620 350 Bruno Brito

Todos somos especiais. Ninguém quer ser só mais um. E na relação marca-consumidores, o sentimento de pertença nunca fez tanto sentido quanto agora.

Hoje reflecti sobre os produtos que consumo actualmente e sobre aqueles que consumia há 10 anos atrás e denoto que muita coisa mudou. Naturalmente, aos 30 anos tenho necessidades diferentes das que tinha aos 20 – mas o que constatei é que encontro, hoje em dia, soluções bem mais direccionadas a mim.

Produtos para aqueles 5% fazem mais sentido no mundo em que vivemos. Porquê?

A incrível variedade da oferta

Tomemos o exemplo das redes sociais. Ao início, visavam “juntar as pessoas”. O MySpace não era apenas para artistas (como é hoje) – era para todos. O Friendster ou o hi5? A mesma coisa.

O Facebook partiu com uma visão diferente – servir de directório para os universitários de Harvard. Hoje em dia é o gigante que todos conhecemos, mas já tem 10 anos.

Que serviços surgiram entretanto? Redes sociais de nicho. Redes para partilhar imagens (Instagram). Redes que unem músicos (Soundcloud). Redes para partilhar locais (Foursquare) ou para contar segredos (Whisper).

A oferta começou a ser muita. Foi necessária maior diferenciação para prevalecer. E cada vez mais surgem soluções desenhadas para satisfazer um pequeno número de pessoas.

Vamos partir para outro exemplo. Os ginásios já não são “todos iguais”. Não têm todos step, bodypump, halteres e passadeiras. Muitos já não focam “todas as pessoas, de todas as idades que se querem sentir bem”.

Começam a surgir os ginásios só para mulheres, ou para adeptos de crossfit ou de yoga. A diferença? São locais de nicho – mas com uma forte comunidade, um conjunto de pessoas que partilha interesses comuns e um maior sentimento de pertença ao projecto.

As vantagens

As vantagens (para o consumidor) são claras: acesso a um serviço ou produto bem mais dirigido às suas necessidades. Há muitos anos que ouço falar no “Marketing 1:1”, mas sempre me pareceu uma ideia que ficava bonita no papel e não passava de “wishful thinking”. Mas agora começo a acreditar que esse dia chegará. Porque quando estas marcas falam comigo, sinto que estão a falar realmente só para mim.

Estes negócios começaram também a fechar a porta a quem não está convidado para a festa. Para além de um produto mais adequado a nós, criado por um empreendedor que é (provavelmente) um grande fã do problema que pretende resolver, passamos a pertencer a um grupo de pessoas com valores similares e a uma marca com que nos identificamos realmente. Porque o problema é comum a todas estas pessoas… e estamos todos juntos nesta viagem para o resolver.

Só consigo praticamente ver negócios destes daqui para a frente. Pessoas mais envolvidas = mais feedback e entreajuda = um produto cada vez melhor. Todos ganham.

A simples conclusão

Se criar um negócio, vai ser de nicho. Vai ser a pensar em 100 pessoas, não em “todos”. Porque mais vale 100 vendas… do que nenhuma.

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