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Blogging

O projecto Wrestling.PT

Conteúdo é Rei – O projecto Wrestling.pt

Conteúdo é Rei – O projecto Wrestling.pt 620 350 Bruno Brito

Em Junho de 2013, quando me mudei para a Suíça, deixei para trás uma das minhas maiores paixões – o Wrestling. Estou ligado a este mundo há mais de 15 anos (que já muito me ensinou) e abandonar o cargo de treinador a tempo inteiro da academia do Wrestling Portugal foi sem dúvida uma decisão muito difícil.

Estando agora a 2.000 quilómetros de Queluz, seria fisicamente impossível comparecer nos treinos todos os sábados, mas tal não me impediu de pensar em formas de continuar a ajudar e promover o que é feito naquele belo edifício situado em Monte-Abraão, mesmo se à distância.

Como surgiu a ideia

Sendo eu um grande fã de marketing de conteúdos, não foi difícil encontrar a solução para continuar a espalhar a mensagem. Nasceu assim o projecto que informalmente intitulei “O manual do (aprendiz a) lutador”.

O bichinho de partilhar conhecimento sobre Wrestling continuava bem vivo dentro de mim e senti que a melhor forma de continuar a transmitir as minhas mensagens seria através de um blog. Não substituiria o ringue, mas esta seria a melhor forma de dar continuidade ao meu trabalho na academia.

Falar (e escrever) sobre Wrestling nunca foi problema para mim e sentia-me confortável para abordar os principais assuntos (e obstáculos), falando praticamente sempre por experiência própria e conhecendo as pessoas certas do circuito para pedir ajuda, quando relevante.

Quanto à plataforma, a escolha era óbvia – um dos meus alunos (e grande amigo meu) tem aquele que é o site de referência de Wrestling em português, com uma comunidade bem activa, pelo que foi uma questão de trocar uns e-mails para fazer com que isto acontecesse.

Objectivos

Este novo espaço, que apareceria semanalmente no Wrestling.PT, acabaria por beneficiar 3 entidades, directa ou indirectamente: a marca WrestlingPortugal, a marca Bruno “Bammer” Brito e o website Wrestling.PT (e claro, a sua forte comunidade).

Havia aqui uma forte preocupação em educar o leitor sobre o que é uma carreira de Wrestling, mas se estamos a falar de marketing de conteúdos, claro que existia aqui também algum Marketing a correr no background.

E claro, a grande vitória seria obter mais alunos.

Mas angariar novas inscrições não era tudo. Os objectivos para esta iniciativa eram os seguintes:

  • aumento da awareness da academia do WP;
  • aumento da credibilidade dos representantes da academia;
  • aumento do tráfego e da interação entre a comunidade, para o website Wrestling.PT.

Pelo meio, se os artigos tivessem qualidade e existisse interesse por parte da comunidade em saber mais, outros benefícios surgiriam de forma colateral, como o aumento de social signals (likes/seguidores/tweets), mais e-mails de potenciais alunos interessados em fazer parte da academia e maior conhecimento sobre o que se faz em Portugal.

Entrando na parte técnica…

A qualidade dos artigos teria de ser, indiscutivelmente, elevada. Estava em jogo a credibilidade tanto do porta-voz (eu) como da academia em si, visto que fui durante 7 anos o treinador principal.

Estes artigos preencheriam uma lacuna actual – muito se escreve sobre Wrestling todos os dias, mas raramente é abordada a questão da formação – especialmente em Português, é claro.

A priori

Não sou propriamente um estranho no que toca a Content Marketing. Para além de consumir muitos conteúdos por dia, já alimentei eu próprio vários blogs, de variados temas, pelo que neste poderia aplicar alguma experiência do passado.

Por um lado, sentia que alguns pontos jogavam a meu favor:

  • experiência enquanto aluno que foi lá fora, lutador, campeão e treinador;
  • domínio sobre a audiência (não só conheci inúmeros amigos/alunos que partilhavam este interesse como acompanhava diariamente os debates da comunidade online);
  • o facto de ter participado em actividades extra relacionadas com o Wrestling, como comentador SportTV, anúncio para a Vodafone, acção com a Optimus no festival Optimus Alive, etc.

Basicamente, isto significaria que poderia escrever na 1ª pessoa se necessário, sem necessidade de aceder ao Google para a maior parte dos artigos.

Por outro lado, colocavam-se naturalmente algumas incógnitas:

  • haveria interessados para este tipo de conteúdos?
  • seria credível ler artigos deste género criados por um Português?
  • teria eu a disciplina necessária para produzir um artigo por semana para este espaço?

Estes pontos não me impediram de seguir sem frente, pois havia aqui uma ideia com potencial, que devia ser validada. E assim se seguiu em frente!

Gerando ideias para artigos

A ideia de criar um manual significaria que os temas seriam finitos e estariam, ao mesmo tempo, interligados. Por esse motivo, apesar de ter uma ideia relativamente clara na minha mente do que teria de ser feito, senti que o melhor seria começar por um brainstorm de temas no Evernote. Estes tópicos foram geradas na sua maioria num só dia, mas sempre que necessário voltaria a aceder ao bloco de notas para acrescentar mais uma ou outra ideia.

Algumas ideias para artigos no Evernote

Este documento acabaria por se revelar bastante útil mais tarde, quando começava a ficar menos claro o que faltava abordar e quais as ideias mais pertinentes para utilizar a seguir. Nem todas as ideias foram usadas (e algumas tiveram de ser combinadas para justificar 1 artigo) mas este brainstorm é sem dúvida algo que aconselharia para qualquer projecto.

No que toca ao número de artigos a publicar, não teria qualquer constrangimento – escreveria enquanto fizesse sentido.

A anatomia de cada artigo

Todos os artigos seriam escritos em Markdown e depois convertidos para HTML, como faço habitualmente.

Ao redigir cada artigo, apontava para as 1800-2000 palavras e apresentaria sempre uma introdução (onde explicaria sucintamente o porquê daquele tópico ser importante para o aprendiz a lutador), o desenvolvimento (que poderia ser por listas do género “5 motivos”, texto corrido ou testemunhos de convidados) e a conclusão. Em alguns momentos, como links recorrentes, recorri ao TextExpander.

Considerando o short attention span que a internet proporciona, os artigos eram devidamente formatados para serem mais apelativos (com bolds e itálicos quando relevante) e contavam com 4 a 5 imagens.

No que diz respeito à voz, a ideia seria replicar aquilo que sou enquanto professor no WP – directo, sincero e sem filtros. Seria um professor à distância, é certo, mas pretendia manter uma comunicação similar àquela que seria experienciada na academia de Queluz. Penso que esta consistência seja importante, mais que não fosse para manter a coerência face ao que se lê nos artigos e o que se experiencia numa aula.

A nível de SEO, foram utilizadas tags h1/h2/h3/h4 quando relevante, o anchor text para a academia variava e o número de palavras dos artigos era Google-friendly. Por fim, adicionei a minha Google Authorship a este projecto.

Por fim, havia uma preocupação para que o conteúdo criado fosse evergreen, ou seja, intemporal. A ideia seria fazer sentido tanto nos dias de hoje como daqui a 5 ou 10 anos.

As imagens

A esmagadora maioria das imagens veio de 3 locais:

  • Fotografias diversas do website do WrestlingPortugal ou capturadas por mim durante o meu tempo na academia;
  • Compfight, um motor de pesquisa de imagens presentes no Flickr, exibindo imagens com a licença Creative Commons;
  • Montagens minhas feitas no Photoshop ou no Pixelmator, utilizando ícones do IconArchive ou GraphicStock (um site de imagens stock onde tenho conta).

Um exemplo de uma imagem minha:

Diploma de Graduado WP

As fotos eram carregadas no meu próprio alojamento, e nos últimos artigos utilizei o Compressor.io para comprimir as imagens.

O que não seria abordado

O Wrestling está cheio de segredos e mesmo com a Internet a levantar um pouco o véu sobre o que acontece nos bastidores, alguns aspectos mais práticos ficariam para os professores da Academia – por respeito ao Wrestling e para proteger o negócio.

Apesar de estar disposto a abrir o livro em todos os meus posts, prometi a mim próprio que tudo o que dissesse respeito a como executar determinado golpe, montar um combate ou comunicar no ringue, por exemplo, ficaria para alunos da academia do WP.

Assim, este seria o esquema final de artigos para o espaço:

O Manual do Aprendiz a Lutador

A importância do feedback

O sucesso desta iniciativa dependeria da adesão da comunidade.

O fã de Wrestling tem, por norma, sempre uma opinião apaixonada sobre qualquer tema, portanto seria interessante observar a resposta dos leitores a este novo espaço.

Aqui, prometi a mim mesmo que nenhum leitor ficaria sem resposta e que todo o feedback seria considerado.

A rotina semanal

Para este projecto, segui os passos habituais do meu processo criativo.

  • Na 2ª feira, escolhia o tópico (recorrendo ao Evernote) e pensava um pouco sobre o que quereria abordar. Eventualmente, abriria uma nota nova no Evernote ou no Google Keep (uso ambas) para apontar algumas ideias, nas horas vagas, como por exemplo durante o tempo passado no autocarro.

  • Na 3ª feira, começava a escrever. Geralmente terminava o primeiro draft nesse mesmo dia, ficando a 4ª feira para eventuais ideias novas que surgissem entretanto. Dependendo do tópico, estas 2.000 palavras poderiam ser escritas em 60 minutos ou numa manhã.

  • Na 5ª feira, já com a mente mais descansada, tratava da edição, relendo várias vezes o texto.

  • Na 6ª feira o artigo era convertido de Markdown para HTML e publicado de manhã, recebendo mais um par de revisões quando já estava online.

  • 6ª à noite, sábado e domingo seriam dias de promoção do artigo e de consulta de feedback.

Os resultados

O primeiro artigo, “Quando Ser Fã Não Chega” foi publicado a 11 de Outubro de 2013 e recebeu na verdade a maior dose de comentários (92), visto que a maior parte da comunidade já sabia quem eu era e me quis dar as boas-vindas/lançar de imediato algumas questões.

33 artigos e 70 mil palavras depois (o suficiente para um livro), a 13 de Junho de 2014 este espaço conhecia o seu último post.

Realisticamente, uma vitória para mim seria inspirar (e educar) alguém o suficiente para seguir em frente com o seu sonho e fazer uma carreira, grande ou pequena, no fascinante mundo do Wrestling.

Mas considerando os objectivos acima referidos (e sendo este um blog de Marketing) seria interessante partilhar alguns números e lições desta aventura de 9 meses.

Nota: este artigo foi redigido na mesma semana em que o último post foi para o ar, pelo que apresentarei aqui dados sem considerar o impacto do último artigo.

Impacto no WrestlingPortugal

Entre Outubro de 2013 e Junho de 2014, 15.10% do tráfego do www.wrestlingportugal.com era oriundo do Wrestling.PT. Destes 15%, quase metade tinha chegado a este site por ter clicado num link que figurava nos meus artigos.

O WrestlingPortugal está obviamente muito bem colocado no Google, pelo que a maior parte dos leitores já conhecia a academia. Ainda assim, os artigos contribuíram com 515 clicks de pessoas com real interesse em treinar Wrestling – afinal de contas, os artigos eram claramente de nicho, sendo apenas interessante para uma percentagem reduzida de leitores do Wrestling.PT. O volume de e-mails de pessoas interessadas em experimentar/treinar também cresceu e foram vários os que apareceram para experimentar.

Para além deste impacto no exterior, os alunos da academia passaram a ser incentivados pelos actuais professores a ler os artigos, como se de um trabalho de casa se tratasse. No futuro, estes artigos poderão ser uma mais valia para a própria página de treinos de wrestling do WP.

No entanto, os ganhos foram bem para além do tráfego: muitos leitores demonstraram maior interesse sobre o que é feito na academia e passaram a encarar com outros olhos aquilo que é feito em Portugal – outro grande objectivo desta acção.

Impacto no Wrestling.PT

O Wrestling.PT beneficiou desta iniciativa, tanto a nível de tráfego como de diversidade de conteúdos, algo que foi frequentemente realçado pela comunidade.

A nível de visitas, estes foram os números que cada artigo obteu:

As views dos artigos no Wrestling.PT

Aqui, é fácil verificar quais os posts mais populares. O primeiro de todos e o último de Março de 2014.

O sucesso do primeiro de todos atribuo ao factor “novidade” e ao facto de ter sido com alguma surpresa que vários leitores encontraram um artigo redigido por mim (visto que não houve qualquer anúncio prévio) no Wrestling.PT. Este foi também o artigo mais comentado de toda a iniciativa, que também justificou a subida nas pageviews.

O outro artigo popular tinha um título realmente apelativo – “Como chegar à WWE em 6 passos” e este tipo de headlines resulta bem com qualquer conteúdo.

A nível de tráfego, os artigos proporcionaram mais de 15 mil pageviews para o Wrestling.PT, com uma média de tempo passado em cada página superior a 4 minutos.

Para esta secção, faria sentido pedir o testemunho ao administrador do site, Luís Salvador, portanto cá está ele!

Ter o Bruno “Bammer” Brito a escrever no Wrestling.PT foi um enorme prazer! Vieste trazer ao projecto algo que até então não existia: artigos na óptica de um lutador, de quem já pisou um ringue por diversas vezes, de um campeão, de quem tem muita coisa para ensinar.

É divertido falarmos e comentarmos sobre o que vai acontecendo nos grandes shows semanais, mas tu falaste sobre como tudo isso acontece e como os lutadores se esforçam e lutam para chegar lá. Não é fácil…. Há muita coisa que quem deseja ser lutador tem que aprender primeiro e tu foste exímio em todos os teus artigos. Foram 9 meses de excelente conteúdo, que continuarão obviamente no futuro a ser divulgados e partilhados.

Quero-te agradecer o grande esforço e dedicação que demonstraste a cada semana e desejar-te o maior sucesso com este teu projecto pessoal! 😉

Impacto a nível pessoal

Talvez menos mensurável, mas igualmente valioso, foi o impacto desta iniciativa na minha marca pessoal. Para além dos vários seguidores que angariei no Twitter e no Facebook (só no Facebook, o Wrestling.PT foi responsável por 202 visitas à minha página), aquilo que valorizei realmente foi o número de pessoas que me enviaram uma mensagem ou um tweet a agradecer a iniciativa e que espalharam o conteúdo junto à sua rede de contactos.

Pelo caminho, fiz também alguns amigos, o que só demonstra que este tipo de projectos pode ser um belo ponto de partida para outros tantos.

A comunidade

A cada artigo, era visível o maior investimento da comunidade face ao projecto. O número de partilhas aumentava, bem como o número de mensagens pessoais.

A comunidade deu sempre a sua opinião, em grande parte de forma positiva e construtiva, algo que é longe de garantido quando falamos de fãs de Wrestling. Isto só prova, no entanto, que quando os conteúdos têm qualidade e não questionam a inteligência do leitor, o feedback é positivo.

Fiz sempre questão de agradecer qualquer comentário (nem que fosse com um simples obrigado por leres) e dei o meu melhor para esclarecer qualquer dúvida.

Prestei particular atenção às maiores dificuldades que os leitores sentiam, o que me levou não só a redigir um artigo dedicado a um utilizador em particular (“Tudo sobre Truques, Golpes e Manobras”), como podemos constatar em baixo, como a expandir um tema em 2 artigos, o “Treino de Promos”.

Feedback de um leitor originou um novo artigo
Muitos bloggers descuram o follow-up com os seus leitores quando é tempo de ler e responder aos comentários, mas para mim sempre foi uma das principais preocupações quando se cria um projecto deste género.

O balanço final

Esta iniciativa não só cumpriu os objectivos como se revelou mais divertida do que já se esperava (e antes de começar já a encarava com muitos bons olhos).

Foi com pena que publiquei o último artigo e apesar de poder publicar muitos outros, uma de 2 coisas poderia acontecer:

  • a qualidade dos mesmos poderia decrescer;
  • uma das principais mensagens – “parte à acção – acabaria por se perder se este espaço permanecesse em aberto de forma interminável.

Assim, saio com a sensação de dever cumprido, ciente de que muitos leitores estão agora mais esclarecidos sobre o que é e onde podem treinar Wrestling. O futuro está agora totalmente entregue aos mais audazes, aqueles que perseguirem o seu sonho!

Testemunhos Wrestling.PT

A próxima paragem

Depois deste projecto, outras iniciativas do género poderão surgir – uma delas já foi na verdade testada, sob a forma de Hangouts.

Mas a grande novidade é que estes artigos serão convertidos num livro, que será distribuído digitalmente.

Todos os posts serão revisitados, editados e melhorados – tornando-se este o ponto de partida para um projecto ainda maior. O livro será acompanhado de vídeos e contará com mais convidados e mais conteúdo sobre cada tópico.

Como se tal não bastasse, será escrito juntamente com o meu amigo Afonso Malheiro, que não só sabe 1 ou 2 coisas sobre escrita, como teve um papel fundamental na escrita dos espectáculos do WrestlingPortugal – dando uma perspectiva única (e tremendamente valiosa) para o lutador e a sua relação com a equipa criativa.

O livro é a próxima paragem

O livro não tem ainda título, preços ou prazos anunciados, mas deverá surgir em 2015. E quando esse projecto acabar, claro que todas as aprendizagens também serão partilhadas aqui!

Compressor.io

Compressor.io – compressão de imagens para a Web

Compressor.io – compressão de imagens para a Web 620 350 Bruno Brito

Quando criamos conteúdos para a Web, uma das principais preocupações é garantir que temos uma página com um carregamento rápido para os nossos visitantes.

A velocidade não só é conveniente na perspectiva do utilizador, que poderá estar a aceder ao site através de uma ligação bem mais lenta que a nossa ou com o telemóvel, como importante a nível de SEO – o Google e outros motores de busca valorizam a velocidade de carregamento das páginas nos seus algoritmos.

Essa é uma das principais razões para existirem tantos serviços preocupados com a velocidade: desde o PageSpeed ou o YSlow, passando pelos serviços de alojamento com preços exorbitantes ou as Content Delivery Networks, como a Amazon CloudFront (utilizada neste blog).

Todo o tipo de conteúdos podem ser optimizados, mas aqueles que provavelmente terão maior impacto no carregamento de qualquer página serão as imagens.

E é aqui que vamos dar utilidade ao Compressor.io.

Apresentando o Compressor.io

Há imensos programas que nos podem ajudar a comprimir imagens para a web (como o Smush.it, da Yahoo) mas esta webapp, que é relativamente recente, tornou-se instantaneamente no meu serviço favorito para esta tarefa.

O Compressor.io suporta 4 formatos – JPEG, PNG, GIF e SVG – e promete reduzir o tamanho dos ficheiros até 90%. Poderemos optar por Lossless ou Lossy, este último garantindo maior compressão, com maior impacto no tamanho final do ficheiro.

Compressor.io

Este valor poderá parecer demasiado exagerado, mas já o tenho utilizado em vários posts, para este e para outros blogs, e de facto obtive reduções entre os 50% e os 90% para a maioria das imagens que comprimi. As diferenças só serão notórias se estivermos à procura delas, sendo frequente alternar entre o ficheiro original e o novo sem constatar praticamente qualquer alteração significativa. Nada mau!

O Compressor.io permite um upload de uma imagem de até 10 MB, devolvendo depois o respectivo ficheiro para download, juntamente com um save to Dropbox e um save to Google Drive. Nos meus testes, nunca consegui gravar para Dropbox, pelo que poderá ainda não estar a funcionar a 100%.

Opções de gravação do compressor.io

Ainda não é possível comprimir mais do que uma imagem ao mesmo tempo, mas esse “batch processing” está previsto segundo o Twitter oficial.

A alternativa – o ImageOptim (Mac)

Para Mac, uma alternativa que vale a pena considerar é o ImageOptim, que engloba várias ferramentas de optimização, como o PNGOUT, Zopfli, Pngcrush, AdvPNG e outras.

O ImageOptim para Mac

O programa suporta PNG, JPEG e GIF e apesar de não conseguirmos um tamanho de ficheiro tão pequeno, tem uma excelente vantagem: suporta batch processing. Basta arrastar todas as imagens para o ícone do ImageOptim na doca do OSX e ele tratará da compressão de imediato, fazendo overwrite ao ficheiro original e colocando o ficheiro optimizado em seu lugar.

Este programa é uma boa escolha para quem tem muitas imagens para optimizar e não quer passar pelo trabalho de as arrastar uma-a-uma para a janela do Compressor.io, ou para quem simplesmente prefere a comodidade face ao tamanho do ficheiro final.

Markdown

Escrever em Markdown – as melhores apps

Escrever em Markdown – as melhores apps 620 350 Bruno Brito

A escrita online evoluiu bastante nos últimos anos. Passámos de um cenário em que apenas programadores com conhecimentos de HTML conseguiam inserir texto, para um mundo em que qualquer pessoa minimamente habituada a um interface gráfico (como o do Word) consegue utilizar um Content Management System, como o super-popular WordPress.

Passámos, no fundo, de um mundo repleto de código para algo mais visual, seguindo a máxima WYSIWYG (What You See is What You Get). No entanto, sempre achei que este tipo de editores mais modernos não nos davam total controlo de como o texto ia ficar.

O editor visual do WordPress]

São excelentes para quem está a começar, sem dúvida, mas é frequente a necessidade de visitar o código para algum pequeno ajuste. Por esse motivo, há quem acabe por escrever tudo em HTML – apesar de ser uma linguagem simples, sempre senti que o HTML era desnecessariamente complexo em alguns momentos.

Pelos vistos não estava sozinho. Surge assim o Markdown.

O que é o Markdown?

O Markdown já surgiu há 10 anos, mas a sua popularidade continua a crescer. Eu diria que esta é uma linguagem muito básica, que está no meio-termo entre o WYSIWYG e o HTML.

Basicamente, é o melhor dos 2 mundos: dá-nos a sensação de controlo que o HTML nos providencia mas com uma sintaxe tão simples que praticamente não se trata de código.

Falando em sintaxe, esta cábula dá-nos basicamente tudo o que precisamos de saber:

Markdown Cheatsheet

Markdown comparado ao HTML

O Markdown suporta HTML, o que significa que podemos inserir HTML no meio do nosso documento de Markdown e será interpretado correctamente. Isso torna aquele embed tão simples de fazer quanto antes, ou alguma mudança específica, como centrar uma imagem.

Mas as acções mais frequentes, essas… são agora bem mais simples.

Eis alguns exemplos:

  • escrever # ou ## substituem o <h1></h1> e o <h2></h2> respectivamente;
  • o texto a negrito consegue-se com um simples ** em vez de <strong></strong> e o itálico com * em vez de <em></em>;
  • ![]() dá-nos tudo o que precisamos para inserir uma imagem e respectivo alt text, ao invés do bem mais extenso <img src="" alt="">.

De recordar que todo o código HTML utilizado é também compatível – podemos escrever ## numa parte do texto e <strong></strong> na outra, que o resultado será o mesmo. E já que estamos numa de cábulas, aqui fica uma de HTML.

A conclusão é simples: é mais rápido escrever em Markdown. E eu adoro escrever depressa.

As apps

Escrevo todos os meus textos em Markdown há mais de um ano e ao longo desse período já encontrei várias aplicações bastante interessantes. Em baixo indico as mais populares.

Cada vez existe maior adesão por parte da comunidade e ainda bem – exemplos disso são o Slack ou o Airmail, 2 aplicações que utilizo diariamente.

Markdown no WordPress

Se o WordPress está em mais de 20% de sites da Internet, é seguro afirmar que só podemos encarar o Markdown como uma alternativa interessante se existirem soluções para este CMS. Felizmente, há bastantes plug-ins.

WP-Markdown

Aqui, o destaque vai para o WP-Markdown. Não só podemos passar a escrever em Markdown nos posts e nas páginas, como podemos até activá-lo para comentários (particularmente útil quando alguém quer comentar com linhas de código HTML, por exemplo num site frequentado por programadores).

Markdown no Ghost

Se leste este artigo sobre o Ghost, já saberás aquilo que vou dizer aqui: o Ghost suporta o Markdown de raíz, pelo que não será preciso fazeres nada.

Todos os posts deste blog são escritos directamente aqui, sem intermediários.

Markdown no SublimeText (Windows/Mac/Linux)

O SublimeText é o meu editor de texto preferido e uma das coisas que o torna tão especial é a fantástica comunidade que cria plug-ins para tudo e mais alguma coisa.

Se instalarmos o MarkdownEditing com o PackageControl (indo a “Preferences> Package Control” e depois “Install Package”), imediatamente ficaremos com um Sublime bem mais útil para este tipo de projectos, formatando o documento.

Em baixo podemos comparar o Sublime com e sem o MarkdownEditing.

MarkdownEditing para SublimeText

Markdown Pad 2 (Windows)

Para Windows, o Markdown Pad 2 é uma boa aposta. A versão gratuita permite fazer a grande maioria das acções e com o seu interface a la Word, acaba por ser uma boa introdução para iniciados no Markdown. À semelhança do Ghost, tem o editor de texto à esquerda e o LivePreview à direita, para que possamos ver em tempo real o nosso texto.

Markdown Pad 2

Marked 2 (Mac)

Marked 2 é uma app genial para Mac criada por Brett Terpstra, uma das personalidades mais activas desta comunidade.

Esta aplicação não produz Markdown (ou seja, não é um editor de texto) mas é excelente para visualizar conteúdos finais e analisá-los, sendo muito útil tanto para escritores como para programadores.

É frequente correr esta aplicação lado a lado com o Sublime, visto que o Marked 2 refresca sempre que se faz save no documento.

Estas são algumas das minhas funcionalidades preferidas da aplicação:

  • Verificação de broken links;
  • Conversão rápida para HTML ou PDF;
  • Expansão e minimização dos capítulos por headings;
  • Análises ao texto como contagem de palavras, tempo de leitura e a densidade e testes de legibilidade Flesch-Kincaid, que permitem identificar a facilidade de leitura de um documento.

Marked 2 para Mac

Estatísticas Marked 2

O Marked 2 também aceita a importação da stylesheet de um theme, pelo que podemos visualizar um documento como se já tivesse sido postado no nosso blog.

Conclusão

O Markdown continua a crescer e é uma excelente opção para quem quer começar a escrever para a web sem um curso de HTML. Prevejo que cada vez mais aplicações suportem esta linguagem e um dia talvez até se torne mesmo no standard do blogging.

Ghost - a nova alternativa para blogging

Ghost – a nova alternativa ao WordPress

Ghost – a nova alternativa ao WordPress 620 350 Bruno Brito

O WordPress é uma plataforma fantástica. O projecto continua a crescer e todos os dias novos (e brilhantes) plug-ins surgem para facilitar a vida dos milhões de bloggers que utilizam este CMS (Content Management System).

O WordPress é uma escolha tão popular que estima-se que 1 em cada 5 sites utiliza esta plataforma – dada a sua flexibilidade e suporte, é geralmente a solução top-of-mind.

No entanto, para este blog, decidi experimentar algo diferente. Talvez por procurar algo minimalista, talvez por estar “farto” de utilizar a mesma ferramenta ou simplesmente por curiosidade, optei por outro caminho. Quando decidi arrancar com este projecto, não tive grandes dúvidas: ia dar uma hipótese ao Ghost.

Apresentando o Ghost

O Ghost é fruto de uma campanha Kickstarter, uma plataforma de crowd-funding que se tem relevado uma das melhores formas de projectos promissores obterem financiamentos.

Ghost fez barulho logo ao início: a missão e o interface apelativo valeram-lhe o destaque em sites de referência, como o Mashable ou a Forbes. O hype não tardou e, sem surpresa, o projecto foi financiado com sucesso em Maio de 2013, recebendo cerca de 8x o investimento pretendido.

Ghost no Kickstarter

O fundador, John O’Nolan, que é na realidade um ex-colaborador WordPress, pretende com esta plataforma trazer de novo o foque ao blogging e à criação de conteúdos – algo cada vez menos possível no WordPress, no meio de tantos plug-ins e customizações de código para que tudo simplesmente funcione.

Os primeiros passos

O Ghost ainda tem pouco tempo – lançado em Outubro de 2013, está actualmente na versão 0.4.1. Ainda assim, a adesão tem sido impressionante e esperam-se grandes novidades para os próximos meses, como as apps (o equivalente dos plug-ins WordPress) na versão 0.5 e o multi-user na 0.6.

Por agora, podemos simplesmente contar com algumas dezenas de themes (gratuitos ou premium), um editor minimalista (que coloca o nosso texto em markdown à esquerda e o preview à direita) e um pequeno ecrã de Settings onde definimos o nosso avatar, o nosso logo e o theme que pretendemos utilizar. Pode parecer pouco, mas na verdade é o suficiente para a maior parte dos blogs.

O objectivo do Ghost dificilmente será competir com o WordPress, actualmente na versão 3.8.1 e com uma enorme comunidade sempre disponível a esclarecer qualquer questão, criar plug-ins ou disponibilizar themes. Mas se considerarmos o sucesso recente de outras plataformas, como o Medium ou o Svbtle, existe de facto um interesse crescente em plataformas que se foquem mais na apresentação de conteúdos e na escrita e menos na quantidade de plug-ins e opções que disponibilizam.

A questão do hosting

Uma possível desvantagem do Ghost? Nem todos os planos de hosting o vão suportar.

O Ghost é baseado no Node.js, que apesar de ter várias vantagens, não é suportado no plano mais barato de uma empresa como a Dreamhost. A melhor alternativa é recorrer ao próprio hosting proporcionado pelo Ghost que, a cerca de $5 por mês para um pequeno projecto, tem um custo bastante razoável. Alternativamente, outras empresas como a Ghostify disponibilizam este serviço por um valor semelhante, com alguns extras como FTP (a razão pela qual escolhi este último foi precisamente essa).

Sem FTP?

É verdade. O hosting oficial não suporta FTP e após contactá-los, referiram que não está nos planos visto que todas as tarefas são alcançáveis via back-office.

Ghostify

Isso significa que se pretenderes fazer alterações ao theme, terás de descomprimir o ficheiro zip, editar algum ficheiro com extensão hbs, voltar a comprimi-lo e fazer o upload. Não concordo muito com tantos passos para uma tarefa simples, pelo que optei pelo Ghostify e, até agora, sem arrependimentos!

Experimentando o Ghost

O hosting pode ser pago, mas não é preciso gastar dinheiro para experimentar o Ghost. Na verdade, este corre na nossa máquina sem qualquer custo – o processo de instalação manual não é difícil, mas o melhor será recorrer ao pacote da Bitnami para este efeito. 50 MB e um par de cliques depois, o Ghost estará pronto a ser testado.

Ghost Bitnami

Se quisermos experimentar a plataforma na Web, tanto o hosting oficial como o Ghostify oferecem um período de trial de 2 semanas sem compromisso.

Personalizando o Ghost

Se as apps só vão estar disponíveis na versão 0.5, o que é que pode ser feito entretanto? Bem, como disse em cima, o Ghost já apresenta todas as condições para um pequeno projecto, mas será necessário mexer em algum código para instalar pequenas ferramentas indispensáveis, como o Google Analytics ou o Disqus. Quanto a themes, ainda são poucos, mas vão crescendo a bom ritmo todas as semanas – basta dar uma olhadela aqui ou no popular site ThemeForest.

Se gostaste do que viste, escolheste um theme e pretendes agora personalizar um pouco mais o teu blog, provavelmente vais querer fazer uma destas coisas:

  • alterar o favicon
  • instalar o Google Analytics
  • instalar o Disqus
  • editar as propriedades de OpenGraph (Facebook)
  • publicar uma feed RSS

Para te poupar algum tempo nos fóruns, vamos ver cada uma delas em detalhe aqui.

Nota #1: todas estas alterações são efectuadas acedendo à pasta dentro do teu theme, que está geralmente em algo como /content/themes/xyz

Nota #2: sempre que alterares qualquer ficheiro e fizeres upload, terás depois de clicar em “Restart Blog”.

Nota #3: sempre que mudares de theme terás de repetir este processo.

Alterar o favicon

O favicon do Ghost é bonito, mas provavelmente pretenderás trocá-lo por algo alusivo ao teu blog.

Assumindo que já tens o favicon criado e o upload feito algures, terás simplesmente de abrir o ficheiro default.hbs e localizar a zona entre <head> e </head>, para depois inserires o código em baixo (substituindo o endereço do favicon pelo do respectivo upload):

<link rel="icon" type="image/png" href="/favicon.png" />

Instalar o Google Analytics

Depois de criares uma nova conta (ou adicionares um novo site) no Google Analytics, terás de adicionar o código no ficheiro default.hbs, imediatamente antes do final do </head>.

O código deve ficar algo do tipo:

{{ghost_head}}
<script>
(function(i,s,o,g,r,a,m){i['GoogleAnalyticsObject']=r;i[r]=i[r]||function(){
(i[r].q=i[r].q||[]).push(arguments)},i[r].l=1*new Date();a=s.createElement(o),
m=s.getElementsByTagName(o)[0];a.async=1;a.src=g;m.parentNode.insertBefore(a,m)
})(window,document,'script','//www.google-analytics.com/analytics.js','ga');
ga('create', 'UA-XXXXXXX-XX', 'omeusite.com');
ga('send', 'pageview');
</script>
</head>

Instalar o Disqus

Um blog é bem mais divertido (e útil) quando tem comentários de outros utilizadores, portanto será natural que queiras utilizar o popular Disqus para esse efeito.

Depois de efectuares o registo, terás desta vez que ir até ao ficheiro post.hbs e localizar a zona entre {{/post}} e </article>.

Aí, deves colocar este código, substituindo exemplo pelo teu próprio shortname:

<div id="disqus_thread"></div>
<script type="text/javascript">
var disqus_shortname = 'exemplo'; // required: replace example with your forum shortname
var disqus_identifier = '{{post.id}}'; // make sure to use the post.id as an identifier, otherwise disqus will use the pages url per default, which might be problematic...

/* * * DON'T EDIT BELOW THIS LINE * * */
(function() {
    var dsq = document.createElement('script'); dsq.type = 'text/javascript'; dsq.async = true;
    dsq.src = '//' + disqus_shortname + '.disqus.com/embed.js';
    (document.getElementsByTagName('head')[0] || document.getElementsByTagName('body')[0]).appendChild(dsq);
})();
</script>
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Editar as propriedades de OpenGraph

Alguns themes não estão devidamente personalizados como deviam no que diz respeito ao OpenGraph, o popular API do Facebook.

Ao partilhares um artigo teu, dependendo do theme poderás verificar que o título ou o conteúdo não surgem conforme pretendes. Alguns vão dar o título do teu blog, outros do teu artigo, outros darão somente a data de publicação. Poderás ver como o Facebook interpreta a tua página usando este debugger.

A solução para tal não é imediata (e supostamente será uma prioridade na próxima release), mas a melhor forma de contornar este problema por agora é a seguinte:

  1. No ficheiro default.hbs, adicionar:
    {{{block "meta"}}}
    
  2. No ficheiro post.hbs, acrescentar:
    {{#post}}
    {{#contentFor "meta"}}
    <meta property="og:title" content="{{title}}" />
    {{/contentFor}}
     ...
    {{/post}}
    

seguindo as propriedades meta que podemos encontrar no debugger, como og:url, og:image ou og:description. Quanto mais informação dermos, maior controlo teremos sobre o que surge na altura de partilhar um artigo.

Para este blog, foi assim que ficou:

OpenGraph no BrunoBrito.pt

Publicar uma feed RSS

Por muito que o Google Reader já não exista, ainda faz sentido publicar uma feed RSS para eventuais leitores que pretendam subscrever o nosso blog. Criar uma feed RSS no Ghost não será difícil para ti se realizaste os passos anteriores com sucesso.

O primeiro passo será publicar o nosso site no Feedburner. Para tal, basta fazer login com a nossa conta Google e adicionar o endereço do nosso site. Depois de clicar em “Next” um par de vezes, teremos acesso à nossa feed personalizada com algo do género

http://feeds.feedburner.com/nomedosite  

O próximo passo será abrir o (já familiar) default.hbs e localizar a seguinte linha (poderá não ser exactamente igual, mas seguramente similar):

<a class="subscribe icon-feed" href="{{blog.url}}/rss/"><span class="tooltip">Subscribe!</span></a>

Aqui, bastará substituir {{blog.url}}/rss/ pelo nosso endereço do Feedburner e está feito!

Conclusão

O Ghost terá muito a oferecer no futuro e para qualquer questão mais específica o melhor será sempre visitares a secção da documentação oficial. Se experimentaste o Ghost e sentiste que algo está a faltar, não desanimes – o mais provável é que esteja previsto para uma release futura.

Veremos o que esta plataforma tão promissora nos reserva nos próximos tempos!

    Se quiser entrar em contacto comigo, pode enviar-me um e-mail para mail@brunobrito.pt ou preencher o formulário abaixo.

    NOTA: Todos os campos são de preenchimento obrigatório.