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O trunfo do Podcasting – a Atenção

O trunfo do Podcasting - a Atenção

O trunfo do Podcasting – a Atenção

O trunfo do Podcasting – a Atenção 620 350 Bruno Brito

Já o disse antes: 2014 é o ano do podcasting. Se há uns anos atrás todos queriam ter o seu blog, parece que a nova tendência é começar um podcast.

A popularidade dos podcasts não pára de aumentar e prova disso é também o crescente número de empregos na web a solicitar trabalhos como edição de áudio e transcrição de áudio para texto (para tornar um episódio num blog post).

Podcasting não é um termo propriamente novo (na verdade, já tem 10 anos) e já foi abordado aqui antes, quando dei destaque ao “rei do podcasting” John Lee Dumas, famoso no circuito pelo projecto Entrepreneur on Fire.

Naturalmente, John não é o único a tirar partido desta plataforma – muitos dos 10 profissionais de Marketing Online aqui mencionados também já começaram o seu próprio programa.

Cada autor tem o seu próprio estilo, não havendo 2 programas iguais: a duração, periodicidade e formato variam consoante o seu criador.

Coloca-se a inevitável questão:

Porquê tanto súbito interesse neste formato?

A resposta mais instintiva seria mencionar os patrocínios. Mas a verdade é que muitos dos programas não têm qualquer sponsor.

Assim sendo, qual é o grande trunfo do podcasting? Para mim, a resposta é só uma: a atenção.

A importância da atenção

Quando passeamos pelo Google Analytics, instintivamente consultamos o número de pageviews e a bounce rate, fechando os olhos a uma métrica igualmente importante: o tempo despendido na página.

Se escrevermos um artigo com um tempo de leitura elevado (por exemplo 6 minutos) e verificarmos esse mesmo valor no nosso Analytics, temos aqui boas razões para celebrar – conseguimos criar conteúdo valioso o suficiente para prender uma pessoa até ao fim, um feito épico se considerarmos que na janela ao lado está o Facebook, o Twitter, o e-mail ou o YouTube.

Mas se 6 minutos é fantástico, o que dizer de 20 ou 30? Como qualificaríamos a relação que conseguiríamos estabelecer com a nossa audiência se cada um dedicasse 30 minutos do seu tempo semanal para o que temos a dizer?

Tal será difícil de obter com um blog post, por muito bom que este seja. Mas é alcançável com um podcast.

As vantagens

Neste meio, há menos distracções. Não há 50 links interessantes à nossa espera no browser. Se estivermos a ouvi-lo no ginásio enquanto corremos na passadeira, ou no autocarro a caminho do trabalho, realisticamente a única distracção que poderemos ter será provocada pelo mundo real – aquela pessoa que nos vem pedir indicações, por exemplo.

Por esse motivo, quando colocamos os phones e mergulhamos num podcast, o mais provável é ouvirmos atentamente até ao fim, assumindo que a duração é inferior ao trajecto e que o conteúdo é valioso o suficiente para nós.

Já no desktop, quantos artigos por dia é que podemos dizer que lemos até ao fim? Certamente poucos.

Um mundo novo para marketing online

Imagina isto: tens o teu nicho bem definido. Sabes perfeitamente quem é o teu leitor/consumidor – tem entre 25 a 35 anos, é homem, solteiro, sem filhos, com um emprego das 9h às 18h e todos os dias anda cerca de 30 minutos de autocarro para chegar ao trabalho.

Tens um novo e-book sobre Growth Hacking, dirigido precisamente a esse target e queres estabelecer uma relação de confiança com ele.

O que fazes?

Crias um podcast semanal, com a duração de cerca de 30 minutos. Gravas alguns episódios sozinho, em que partilhas as melhores dicas do tópico e dissecas os mais incríveis case-studies (como o Dropbox ou o Airbnb) e outros acompanhado, onde entrevistas alguns dos especialistas deste tema.

Todas as semanas publicas o melhor conteúdo possível, acessível gratuitamente. Em troca, criarás gradualmente uma relação de confiança com a tua audiência, onde a força dessa relação é directamente proporcional à qualidade da ajuda que lhes dás.

É muito mais fácil pedir algo depois de ajudarmos os outros. Se adicionares consistentemente valor ao teu target, sem dúvida que acabarás por, mais tarde, obter o teu retorno (neste exemplo, vendas do e-book).

E as vantagens não se ficam por aqui. Para além das vendas, criarás uma audiência bem mais fiel do que conseguirias com um simples blog.

Posso falar por experiência própria quando afirmo que ouvir a voz de alguém todas as semanas – mesmo se com os phones – durante 30 minutos cria um relação de confiança (e até de dependência) que outros meios não conseguem estabelecer.

Essa confiança, quando bem gerida, pode criar inúmeras futuras oportunidades de negócio, à medida que se forma um relacionamento bem especial.

E as marcas?

O exemplo acima descrito funciona perfeitamente para artistas e pequenos negócios, mas por agora parece que poucas são as grandes marcas a explorar devidamente esta plataforma.

Algumas, como a Onnit, estão a crescer de forma explosiva e culpam o podcasting por esse mesmo crescimento. Este é longe de se tratar de um caso singular.

Podemos atribuir esse crescimento a 2 pontos:

  • quem promove esses mesmos produtos são pessoas de grande confiança para o target;
  • o anúncio verbalizado pela pessoa da nossa confiança tem muito mais impacto do que um simples banner.

É totalmente diferente ouvir o nosso podcaster preferido a explicar porque é que determinado produto foi importante para ele e porque é que ele acha que também será útil para nós. A capacidade de persuasão é incomparável.

Se as marcas não têm os recursos para criar o seu próprio programa, sem dúvida que devem, no mínimo, encarar de forma séria este meio como veículo para dar a conhecer os seus produtos/serviços junto a uma audiência compatível.

Conclusão

É sem dúvida um formato que vale a pena considerar, seja para produzir conteúdos seja para os consumir.

Se ainda não acreditas, dá uma hipótese – passeia pelo iTunes ou pelos teus blogs preferidos, adiciona alguns podcasts à tua lista (para Android recomendo o PocketCasts) e vê o que acontece.

Nos últimos 12 meses, transitei de 0 podcasts para vários… por dia!

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