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Como Funcionam os Parâmetros UTM?

Como Funcionam os Parâmetros UTM? 1240 700 Bruno Brito

No mundo do Marketing Digital, é fundamental saber analisar a origem do nosso tráfego. O Google Analytics já nos fornece imensa informação (qual o site parceiro, qual a rede social, se é tráfego orgânico ou pago…) mas não seria bom ficar a saber qual foi exatamente o tweet, o link do artigo do blog, ou o banner da campanha de email que nos trouxe aquele clique?

Esta é a grande vantagem dos parâmetros UTM. Ao acrescentares um pouco de código no final do teu URL, terás dados mais específicos sobre a proveniência de quem te visita.

As UTM (Urchin Tracking Module) tags, como são conhecidas, foram desenvolvidas pela Urchin Software Corporation, que foi adquirida pela Google no já distante ano de 2005. Apesar da idade, esta continua a ser uma ferramenta indispensável nos dias de hoje para os profissionais de Marketing Digital conseguirem medir o sucesso das suas campanhas online.

Para entendermos como funciona, comecemos por um exemplo:

URL sem parâmetros UTM: https://brunobrito.pt/10-mandamentos-de-social-media
URL com parâmetros UTM: https://brunobrito.pt/10-mandamentos-de-social-media?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=natal2024

Mesmo que não te tenhas apercebido na altura, certamente já te cruzaste com um link deste género no passado. Os 2 URLs remetem para a mesma página — a única diferença é mesmo a informação extra que o novo URL traz.

Os pârametros começam a partir do ponto de interrogação. Neste URL, podes encontrar 3 dos 5 parâmetros habituais. Vamos conhecê-los!

Os 5 Parâmetros UTM

Cada parâmetro UTM tem uma função distinta. Aqui, vou dar exemplos em inglês, porque é como habitualmente categorizo os meus links, mas podes utilizar qualquer idioma e, na verdade, qualquer palavra — desde que faça sentido para ti e para a tua equipa. Mais sobre isso no próximo capítulo.

  • Source: Este parâmetro indica a origem do tráfego, como motor de busca, newsletter, ou plataforma de social media. Aqui, convém seres específico (ex: “google” em vez de “search”, ou “linkedin” em vez de “social”).
  • Medium: Este parâmetro categoriza o tipo de fonte de tráfego, portanto é mais abrangente que o anterior. Bons exemplos serão: “cpc”, “email”, “social”, ou “referral”.
  • Campaign: Este parâmetro permite associar uma campanha de marketing específica, como um lançamento de um produto ou uma oferta especial, para posterior avaliação da sua performance.

Recuperando o exemplo acima, o URL seria inicialmente partilhado no Facebook numa campanha intitulada ‘natal2024’. Mesmo que alguém viesse a partilhar esse link com um amigo via WhatsApp ou email, o Facebook continuaria a ser atribuído como a fonte desse tráfego.

Estes são os 3 mais conhecidos, mas há outros 2 que merecem a tua atenção:

  • Term: Em PPC (ex: Google Ads), este parâmetro é usado para associar e avaliar o desempenho da palavra-chave da campanha (ex: “running+shoes”).
  • Content: Útil em cenários em que tens vários links a direccionar o utilizador para o mesmo URL. Por exemplo, uma newsletter com 2 imagens a remeter para o mesmo URL (ex: “cta_button” ou “header”).

Atenção à Consistência

Para gerir os parâmetros UTM com eficácia, é importante ter algumas boas práticas em consideração.

A primeira será assegurar a consistência nos nomes, especialmente se trabalhares numa equipa. Os parâmetros UTM são case-sensitive, o que significa que se tu usares “Facebook” e o teu colega “facebook”, não será contabilizado como um só. Para minimizar este tipo de erros, é recomendado que só se use letras minúsculas.

Também não deves utilizar espaços nos teus parâmetros. Opta antes pelo uso de underscores (ex: “summer_sale” em vez de “sumer sale”).

Ferramentas Úteis para a Criação de Parâmetros UTM

Existem inúmeras ferramentas que podes utilizar para gerar parâmetros UTM com facilidade.

A primeira é disponibilizada pela própria Google: o Campaign URL Builder.

Basta inserires o URL original e depois preencheres os parâmetros para que a ferramenta crie o URL final.

Esta ferramenta da Google cumpre o prometido, mas se utilizares parâmetros UTM com frequência, e especialmente se trabalhares em equipa, sugiro que explores o que o UTM.io tem a oferecer.

A extensão para o Google Chrome permite-te gerar os URLs, à semelhança da ferramenta da Google:

Mas as funcionalidades mais avançadas encontram-se no dashboard. Permite gravar todos os parâmetros UTM criados, definir templates, incorporar um encurtador de URLs como o bit.ly, e criar regras para assegurar a consistência entre todos os membros da equipa.

Avaliando os Resultados no Google Analytics

Falta a última peça do puzzle: avaliar os resultados no Google Analytics!

Para teres os resultados disponíveis na plataforma não precisas de realizar qualquer configuração adicional. Basta ires a Reports > Acquisition > Traffic Acquisition e filtrar por Session Source, Session Medium e Session Campaign.

Voilà! Agora já terás mais informação disponível sobre a origem do teu tráfego 🥳

Não te esqueças de rever periodicamente os parâmetros que tu e a tua equipa utilizam, para manter a nomenclatura consistente e atualizada com as novas campanhas em vigor.

Open Graph

Open Graph Tags – Tudo o Que Precisas de Saber

Open Graph Tags – Tudo o Que Precisas de Saber 1240 700 Bruno Brito

As tags Open Graph são um conjunto de meta tags que podes colocar no teu site e que podem ser interpretadas por diversas redes sociais: Facebook, Pinterest, LinkedIn e, no passado, Google+.

Estas tags são essenciais se tiveres um site e quiseres controlar o aspeto de cada link partilhado nas plataformas sociais.

Podes, por exemplo, definir um título diferente do que se encontra na tua página, ou carregar uma imagem de destaque que só surge quando o conteúdo é partilhado nas redes, para tentar aumentar a CTR (taxa de cliques) quando o teu link é partilhado – seja por ti, seja pelos teus fãs.

Se estas meta tags não estiverem presentes no código da tua página, o crawler do Facebook tentará encontrar um título e uma descrição para apresentar, bem como uma imagem de destaque.

Às vezes até faz um bom trabalho, mas nem sempre. Como não terás controlo sobre o aspeto, sem as tags Open Graph devidamente personalizadas a partilha poderá ser menos convidativa ao clique e poderás estar a perder visitas ao teu site.

É importante referir que estas tags não serão interpretadas por uma das principais plataformas: o Twitter. O código para essa rede é diferente, apesar dos campos serem similares. A boa notícia é que as ferramentas que vou partilhar neste artigo também te permitem definir os campos para essa rede social!

As tags Open Graph podem ser definidas para todo o tipo de conteúdos:

  • Vídeos;
  • Artigos;
  • Websites;
  • Apps Android e iOS;
  • Produtos de e-commerce;

Consoante a tua escolha, existirão diferentes campos a ter em conta. No caso de um Artigo para um blog, por exemplo, podes definir o Nome do Autor, ou o Tópico do Tema, enquanto que num Vídeo poderás indicar a Duração, os Actores ou o Realizador do mesmo.

Como exemplo, vamos utilizar este meu recente artigo do blog.

Sem qualquer personalização de tags Open Graph, o crawler do Facebook conseguiu encontrar com sucesso o título e imagem de destaque do meu artigo. A descrição seria o primeiro parágrafo do meu texto.

Assim sendo, se partilhasse o artigo no Facebook, teria o seguinte aspeto:

Partilha no Facebook antes de editar as tags Open Graph

O resultado final não foi nada mau, mas não será o caso para todos os sites/conteúdos.

Com um pouco de personalização das tags Open Graph, eis o resultado final.

Partilha no Facebook depois de editar as tags Open Graph

Repara na imagem de destaque ser diferente (e agora com as dimensões recomendadas, 1200x630px), e o título ter sido alterado (somente para as redes).

A descrição passou também a ser a seguinte:

Como criei novos atalhos de teclado e gestos no trackpad para aumentar a minha produtivade em macOS, graças à aplicação BetterTouchTool.

O que foi necessário para este resultado? A edição de algumas meta tags, que podes ver aqui (repara nos valores em property e content de cada linha):

Exemplo de código Open Graph

Sempre que editares algum campo (mesmo que seja apenas uma letra), é boa prática visitares o Facebook Sharing Debugger para refrescar a forma como o Facebook interpreta o link em questão.

Primeiro, insere o link do teu conteúdo:

Facebook Sharing Debugger

Neste ecrã poderás constatar, visualmente, como o teu conteúdo aparecerá quando partilhado, bem como outras informações, como o número de likes, shares e comentários.

O Facebook vai-te mostrar várias informações sobre como está a exibir esse link. Se fizeste alterações recentemente, é provável que alguma informação esteja desatualizada.

Para resolver isto, deves clicar no botão Scrape Again, para garantir que o Facebook servirá a versão mais recente do teu link a partir daqui.

Facebook Sharing Debugger - Scrape Again

De seguida, vamos aprender a inserir estas tags em qualquer website – e não, não é preciso perceberes imenso de código! ☺️

Como inserir as tags Open Graph num site WordPress

Se o teu site for WordPress, poderás recorrer ao Yoast SEO, um dos plugins mais populares para WordPress.

Uma vez instalado, se fores ao final da página de cada artigo no backoffice, verás alguns campos que podes personalizar, que dizem respeito a vários aspetos relacionados com SEO.

Na tab “Social”, verás que podes inserir uma imagem de destaque específica para as redes sociais, bem como definir o título e descrição. Sâo estas as tags Open Graph que deves preencher para cada conteúdo.

Yoast SEO - Social tab

Também podes definir alguns parâmetros gerais do teu site se fores à área SEO > Social no menu lateral do WordPress.

Se precisares de maior controlo, experimenta o plugin Complete Open Graph para WordPress, que apesar de não ser atualizado há algum tempo, ainda me parece bastante completo.

Como inserir as tags Open Graph em qualquer outro site

Se o teu site for simplesmente baseado em HTML/CSS/JS, o melhor será recorreres a um site como o Mega Tags, que te apresentará um formulário com todos os campos que poderás querer preencher.

À medida que fores preenchendo cada campo, o código final será atualizado à direita, bastando depois copiares e colares no teu site, algures antes do fim do </head> do teu projeto.

Mega Tags preview

Como vês, a inserção de tags Open Graph é bastante simples, independentemente do tipo de site que tiveres.

É um passo adicional que pode ser trabalhoso se produzires conteúdos com frequência, mas que garante que o teu link é sempre apresentado nas redes sociais conforme pretendes, podendo levar ao aumento de tráfego ao teu site!

Notifier for Reddit

Notifier for Reddit – acompanha tudo o que é escrito no Reddit

Notifier for Reddit – acompanha tudo o que é escrito no Reddit 1240 700 Bruno Brito

Quando lancei o meu site relacionado com o videojogo PES, no início de 2019, foi muito importante promovê-lo nas respetivas comunidades do Reddit.

Se frequentas esta rede social com frequência, saberás como pode ser complicado acompanhar tudo o que é dito sobre um tópico. O meu projeto foi muito bem recebido e, ao longo destes últimos 2 anos, muitos utilizadores partilharam links do meu site em diversos subreddits.

Quando tal acontece, gosto de estar a par, não só para entender qual é feedback sobre o conteúdo, como para responder a eventuais questões que surgissem. Sem uma aplicação, não seria uma tarefa fácil.

Aqui, foi importantíssimo o uso do Notifier for Reddit – uma espécie de Google Alerts para esta rede social.

Com o Notifier for Reddit podes acompanhar palavras-chave, para que nunca falhes uma publicação ou um comentário que envolva o nome do teu produto, site ou simplesmente algo que queiras acompanhar bem de perto.

Eu utilizo-o mais para efeitos de marketing, mas também o podes utilizar para estares atento ao que é dito de uma celebridade, uma aplicação, ou até para não perderes promoções.

Após cada menção, rapidamente receberás uma notificação via email – habitualmente no prazo de 30 segundos. Se forem muitas, podes optar por apenas 1 email por dia. Também poderás configurar um webhook, se preferires!

Email Notifier for Reddit

Principais Funcionalidades do Notifier for Reddit

Este é um projeto de um programador a solo, que tem estado bastante ocupado nos últimos tempos a desenvolver novas funcionalidades.

Estas são algumas das minhas preferidas, que aumentam o grau de personalização dos alertas:

  • exclusão de determinados subreddits;
  • suporte para operadores booleanos (AND e OR);
  • suporte para expressões regulares (RegEx) e pesquisas case-sensitive;
  • capacidade de seguir uma publicação ou um utilizador, recebendo um email sempre que surja um novo comentário.

E as novidades continuarão a surgir. Já foram anunciadas várias funcionalidades para o início de 2021, incluindo um interface web para visualização de resultados.

A aplicação não é gratuita, mas podes testá-la sem restrições durante 1 semana. Se utilizares o Reddit com frequência, é sem dúvida algo a ter em conta!

Sites e Apps de Design para não designers

Os melhores sites e apps de design (para quem não é designer)

Os melhores sites e apps de design (para quem não é designer) 1240 700 Bruno Brito

Se crias apresentações, sites ou outros conteúdos para a Web, certamente saberás como pode ser custoso encontrar a “imagem certa” ou a paleta de cores ideal para o teu projeto.

Bom design parece ser cada vez mais a norma, mas o que acontece se fores um “zero à esquerda” nesse departamento, como eu? 😰

Não te preocupes. Existem imensos sites e ferramentas que te podem ajudar, muitos deles gratuitos.

Neste artigo, vou partilhar contigo alguns dos sites que visito com frequência sempre que chega a hora de embelezar um conteúdo criado.

Pelo caminho, aproveitarei também para recomendar algumas ferramentas que poderão ser úteis para programadores web.

Índice de Categorias

Esta lista é atualizada com frequência, à medida que vou descobrindo novos sites, ou quando recebo recomendações de colegas ou alunos.

Como a lista já vai longa, aqui ficam as categorias para que mais rapidamente consigas aceder ao que procuras.

Vamos começar!

Bancos de Imagens stock

Enquanto blogger, programador Web e professor de Marketing Digital, uma das minhas maiores dificuldades é encontrar boas imagens para enriquecer os meus artigos e as minhas apresentações Powerpoint.

Imagens stock são sempre complicadas de encontrar, mas é especialmente frustrante quando encontramos a imagem certa e descobrimos que não tem resolução suficiente para o nosso slide do Powerpoint, ou que não nos dão permissão para a utilizar no nosso site sem pagar.

Relativamente à resolução, podes recorrer ao Google Image Search para procurares por outras versões da mesma imagem, conforme explico neste artigo.

Quanto ao licenciamento, o que deves procurar são imagens que estejam ao abrigo da Creative Commons CC0 – imagens consideradas de domínio público, livres de direitos, que podes utilizar e modificar sem problema (mesmo para fins comerciais), sem ter de pedir permissão ao autor.

Na lista que se segue, todos estes bancos de imagens contemplam esta licença. As imagens são todas bastante pesadas por serem de alta resolução, portanto se as fores utilizar num site, não te esqueças de as redimensionar e de as comprimir (podes conhecer algumas ferramentas que te podem ajudar nesta secção).

Sem mais demoras, aqui fica a lista:

  1. Gratisography
  2. Unsplash
  3. Pexels
  4. StockSnap
  5. PixaBay
  6. Travel Coffee Book
  7. Moveast
  8. Visual Hunt
  9. Stock Up
  10. rawpixel
StockSnap

O Gratisography tem as fotografias que considero mais originais, mas nem sempre encontro um bom contexto para as usar.

Por esse motivo, a minha primeira paragem é habitualmente o Unsplash, provavelmente o site mais popular da lista. Para alguma variedade, consulto também o Pexels, o StockSnap e o PixaBay.

Se procurar fotos de locais ou cidades, o Travel Coffee Book e o Moveast são apostas seguras – este último é um artista português, pelo que encontrarás bastante fotos de Portugal.

Se estiveres com dificuldades em chegar à foto que pretendes, podes também recorrer a um agregador, como o Visual Hunt ou o Stock Up.

Cores

Existem muitas ferramentas online que podes utilizar para gerar paletas de cores e gradientes, que te poderão ser úteis para implementares num site ou numa apresentação.

Estas são aquelas que utilizo com maior frequência:

  1. Coolors
  2. Adobe Color
  3. CalColor
  4. Color Hunt
  5. Colors Wall
  6. Culrs
  7. Image Color
  8. Color Leap
  9. Gradient Hunt
  10. UI Gradients
  11. Duotone
Coolors

O Coolors é das aplicações que mais utilizo no dia-a-dia – é o meu gerador de paletas de cores de eleição.

Podes carregar na barra de espaços para gerar uma paleta de 5 cores inteiramente nova, ou carregar no cadeado numa cor que tenhas gostado, para gerar apenas outras 4 cores que sejam compatíveis com essa. Também podes inserir uma fotografia, para retirar de lá as cores dominantes da foto, se preferires.

Se clicares em Explore, podes ver outras paletas populares, recomendadas por vários utilizadores.

Mais recentemente, foi adicionada uma funcionalidade que testa as tuas cores em termos de acessibilidade, simulando vários tipos de daltonismo.

Por fim, podes fazer copy/paste de cada cor ou exportar a paleta em vários formatos, como PDF, CSS ou SVG.

O Adobe Color não é muito diferente, e é uma boa alternativa. Eu simplesmente gosto mais do interface do Coolors.

O CalColor é um site com bastante personalidade e igualmente competente, que também vale a pena teres em conta pela forma única como apresenta e descreve as cores.

Se quiseres consultar mais sugestões de paletas, o Color Hunt é uma ótima fonte de inspiração, tal como o Colors Wall. Mais recentemente, surgiu o Culrs que também parece bastante promissor.

Apesar de outras ferramentas também o permitirem, podes recorrer à simplicidade do Image Color se pretenderes extrair uma paleta de cores baseadas numa fotografia.

O Color Leap é um site muito distinto dos outros: escolhes um período na História e vês algumas peças dessa era. Em cada peça, verás a paleta de cores utilizada. Um site bem original, que merece uma menção.

Para gradientes, geralmente consulto 2 sites: o Gradient Hunt e o UI Gradients. Ambos te permitem descarregar uma imagem com o gradiente, ou obter o código CSS.

Por fim, o Duotone possibilita-te alterar rapidamente as cores de uma foto, definindo 2 cores dominantes. Esta prática é útil quando queres colocar algum texto em cima da foto, por exemplo.

Este site usa o banco de imagens do Unsplash, mas também podes fazer upload de uma foto específica que queiras alterar.

Logos e branding

Se precisares de utilizar os logotipos ou cores de outras marcas, estes sites podem poupar-te bastante trabalho.

  1. LogoSearch
  2. BrandColors

Se te aborrece ir ao Google procurar o logotipo de uma marca que precisas de inserir no teu projecto, vais gostar de conhecer o LogoSearch.

Este site, apesar de recente, já conta com imensos logotipos à disposição, todos eles no formatos mais apetecível: SVG.

Se precisas de saber as cores do logotipo de uma determinada marca, o BrandColors é o site que procuras.

Aqui podes encontrar as cores web de centenas de marcas, todas em formato hexadecimal, para fazeres copy/paste no teu projecto. Podes até exportar as colecções que criaste em CSS ou até Sass.

BrandColors

Vídeo stock

O uso de vídeos na web é cada vez mais recorrente, tanto para dinamizar sites como redes sociais.

Aqui fica uma lista de entidades que, à semelhança do que acontece com os bancos de imagens, te oferecem alguns vídeos para uso gratuito. Muitos deles já eram conhecidos por também oferecerem imagens, como o Pexels ou o PixaBay.

  1. Pexels
  2. PixaBay
  3. Coverr
  4. Videezy
  5. Mixkit
  6. Life of Vids
  7. Mazwai
Mazwai

É mais complicado encontrar um vídeo que represente o que pretendemos do que uma imagem, pelo que o mais provável será precisares de descarregar vários exemplos, e depois editá-los. Consome mais tempo, mas o resultado pode justificar o trabalho acrescido.

Consulta este artigo se precisares de sugestões de aplicações gratuitas para editar vídeo.

Som stock

Às vezes precisamos de som para acompanhar uma voz ou que sirva como background de um vídeo. Eis algumas sugestões:

  1. YouTube Music Library
  2. Unminus
  3. Icons8
  4. Bensound
  5. Freesound
  6. Free Stock Music
unminus

Poderás editar o som num bom editor de vídeo, ou recorrer a uma aplicação específica para esta tarefa, como o Audacity ou o GarageBand (apenas para macOS).

Ícones

Encontramos este tipo de ícones um pouco por todo o lado nos sites que navegamos – são especialmente populares na hora de listar as redes sociais em que uma marca está presente ou para personalizar menus de navegação.

No entanto, já existem tantos ícones gratuitos de qualidade, que podemos ser bem mais ambiciosos que isso. Estes sites disponibilizam milhões de ícones gratuitos, no melhor formato para o efeito (SVG) e, no caso do Font Awesome, até como tipo de letra que podemos instalar no nosso sistema.

Vamos à lista:

  1. Font Awesome
  2. IcoMoon
  3. iconmonstr
  4. IconBros
  5. The Noun Project
  6. Flat Icon
  7. RealFaviconGenerator
IconBros

O Font Awesome é sempre a minha primeira paragem quando estou a desenvolver sites, mas quando procuro ícones mais específicos ou menos populares, recorro às restantes opções desta lista.

Por fim, o RealFaviconGenerator é uma ferramenta bastante útil quando preciso de criar um favicon nas várias dimensões necessárias.

Padrões

Em alguns projetos, já senti a necessidade de utilizar padrões para dar alguma vida a fundos de cor sólida, tanto em slides como em sites.

Neste momento, estas parecem-me ser as melhores opções no que toca a padrões para a web.

  1. Hero Patterns
  2. The Pattern Library
  3. paaatterns
  4. Lisbon Azulejos
Lisbon Azulejos

O Hero Patterns é uma criação de Steve Schoger, um designer canadiano com ótimas dicas sobre design tanto no Twitter como no YouTube. Neste site, podes personalizar as cores e descarregar o SVG ou copiar o código.

The Pattern Library tem uma abordagem diferente – vês um padrão de cada vez, sendo possível descarregar o PNG.

O paaatterns tem excelentes padrões, disponíveis em muitos formatos (Sketch, Figma, XD, Illustrator, PNG e SVG), mas terás que dar o teu email para descarregar a colecção completa.

Lisbon Azulejos é um projeto de um designer francês que se apaixonou por Lisboa, e decidiu criar dezenas de padrões baseados nos azulejos que fotografou durante as suas caminhadas. Merci, Mathieu!

Ilustrações

Os sites estão a recorrer cada vez mais às ilustrações para apresentar produtos – especialmente em landing pages.

Há várias vantagens: os SVGs não perdem qualidade ao redimensionar, permitem ser animados com CSS e são fáceis de colorir.

Felizmente, já existem bons sites para obter ilustrações, dos quais destaco:

  1. UnDraw
  2. Blush
  3. ManyPixels
  4. DrawKit
  5. illlustrations
  6. Freepik
  7. Open Peeps
UnDraw Screenshot

Quase todos estes sites funcionam de uma forma similar – escolhemos a ilustração, alteramos a cor, e podemos descarregar a peça em SVG (ou PNG).

O UnDraw tem a minha preferência, mas o Blush é muito flexível no que toca a cores e elementos que podemos alterar na ilustração.

O Freepik é um site diferente dos restantes, visto tratar-se de um site que disponibiliza todo o tipo de materiais; como o visito maioritariamente para descarregar ilustrações, optei por o inserir especificamente nesta categoria.

Mockups e Placeholders

As Mockups são fundamentais na hora de apresentarmos o nosso logotipo numa t-shirt, boné, ou caneca. Atualmente, são também muito utilizadas para apresentar sites em dispositivos como portáteis ou tablets, por exemplo.

Os Placeholders também têm a sua utilidade, especialmente no momento de desenvolvimento de um site, em que sabemos que ali ficará uma imagem, mas não sabemos ainda qual. Quando o que está a faltar é texto, o famoso lorem ipsum é já bastante conhecido.

Mockups

  1. Smartmockups
  2. Screely
  3. Screenpeek
  4. Mockup World
  5. Facebook Design
  6. threed.io
  7. MockUPhone
  8. Graphic Burger
  9. Artboard Studio
Smartmockups BrunoBrito.PT

Alguns destes sites têm planos pagos, mas todos têm mockups que podemos utilizar gratuitamente. Alguns têm a possibilidade de inserirmos o URL do nosso site para automaticamente colocar uma fotografia da nossa página, enquanto que outros requerem que a inserção seja feita manualmente.

Apesar da maior parte permitir a edição online, exportando depois o JPG no fim, também será boa ideia ter uma aplicação como o Photoshop pronta, no caso de ser necessário “juntar as peças” individualmente.

Todos os sites desta lista são relativamente parecidos, com a excepção do threed.io que é dedicado a mockups tridimensionais.

Placeholders

  1. Lorem Ipsum
  2. Placeholder.com
  3. Random User Generator
  4. UI Faces
UI Faces

Se precisares de vários parágrafos de texto lorem ipsum, podes utilizar este gerador.

Para imagens, utilizo sempre o Placeholder.com e quando estou a desenvolver interfaces em que preciso de colocar caras de utilizadores, recorro ao Random User Generator ou ao UI Faces para ter alguma informação fictícia (ambos têm uma API).

Inspiração

Antes de começar, é sempre um bom exercício consultar alguns sites de referência, que podem servir não só para nos inspirar como para nos indicar algumas boas práticas que devemos ter em conta.

Estes são alguns dos sites que utilizo para “roubar” inspiração, seja para web development seja para Marketing:

  1. Behance
  2. Dribbble
  3. Land-Book
  4. Nicely done
  5. Awwwards
  6. Web Design Inspiration
  7. siteInspire
  8. Httpster
  9. Lapa Ninja
  10. Really Good Emails
Land-Book screenshot

O Behance e o Dribbble são as 2 maiores comunidades de designers, pelo que praticamente dispensam apresentações. Alguns dos designers mais talentosos do mundo colocam lá todos os seus trabalhos, tornando-os 2 ótimos recursos.

Se preferires sites que filtram os “bons” exemplos por ti, tens vários à disposição. Pessoalmente, dou prioridade ao Land-Book para sugestões de sites que estão a dar que falar, e consulto o Nicely done para boas inspirações para a criação de um componente web, como um dropdown, um modal ou um formulário.

Essas são as minhas preferências, mas também consulto sites como o Awwwards ou o Httpster quando quero aprofundar a minha pesquisa.

Quando é tempo de me virar para o Marketing, surgem 2 sites top of mind para necessidades mais específicas. No que toca a Landing Pages, a minha principal fonte de informação é o Lapa Ninja, e para Campanhas de Email, o Really Good Emails é a grande referência.

Ferramentas Online

Nesta secção coloco algumas ferramentas que te permitem criar ou manipular imagens sem saíres do browser. É impressionante o que podes alcançar sem instalares apps no teu desktop.

Vamos à lista:

  1. Canva
  2. Pixlr
  3. remove.bg
  4. Vectr
  5. Blobmaker
  6. Launchaco Logo Maker
  7. mydevice.io
  8. Squoosh.app
  9. SVGOMG
  10. iLoveIMG
  11. Bigjpg
Pixlr screenshot

Para criar imagens para blogs, redes sociais ou apresentações, o Canva é uma solução super popular e, na minha opinião, a ferramenta mais capaz de produzir bons resultados.

Escrevi sobre esta ferramenta há uns anos, se quiseres ler. Agora está ainda melhor!

Se precisares de algo semelhante ao Photoshop, mas no browser, a minha recomendação passa pelo Pixlr. Muito completo.

Se precisares especificamente de remover um fundo da fotografia, o remove.bg faz magia – começou por ser 100% gratuito, mas agora já tem algumas restrições. Ainda assim, a imagem criada poderá ter resolução suficiente para o que precisas – os resultados são mesmo muito bons.

Para criar ou editar vectores, podes utilizar o Vectr, que talvez seja o mais parecido com o Illustrator. Se precisares de criar uma forma de raiz, gosto muito da simplicidade do Blobmaker (já me salvou umas quantas vezes!).

Para ficares com um logotipo em poucos segundos, podes experimentar o Launchaco Logo Maker.

Se precisares de saber o tamanho certo dos ecrãs dos dispositivos mais populares da atualidade, passa pelo mydevice.io.

Para compressão de imagens, gosto de utilizar o Squoosh.app, desenvolvido pela malta da Google, ou o SVGOMG para o caso específico de tirar informação desnecessária dos SVGs.

Por fim, para executar acções em várias imagens em simultâneo, como conversões, redimensionamentos ou inserções de marcas de água, visita o iLoveIMG. E se precisares de melhorar a resolução de uma imagem, experimenta o Bigjpg — os resultados poderão surpreender!

Tipos de Letra

Escolher um tipo de letra que incentive a leitura é fundamental, e com a chegada das Web Fonts essa tarefa ficou bastante facilitada.

Seja para textos longos, ou para destacar um botão Call to Action, estes sites vão ajudar-te a encontrar os tipos de letra certos para o teu projeto.

  1. Google Fonts
  2. FontPair
  3. DaFont
  4. Befonts
  5. FontsArena
  6. Fontfabric
FontPair screenshot

O Google Fonts dispensa apresentações, sendo uma das soluções mais convenientes para rapidamente instalar e testar vários tipos de letra no nosso projeto. O FontPair é um bom complemento, visto que te sugere combinações de tipos de letra que possas usar nos títulos e parágrafos do teu conteúdo.

Em alguns casos, vamos precisar de um tipo de letra um pouco mais específico, e é aqui que dá jeito visitar sites como o DaFont, em que podemos visualizar o tipo de letra no ecrã e descarregá-lo em vários formatos, como OTF ou TTF. Os restantes sites desta lista são similares.


São estas as minhas “armas secretas”. Esqueci-me de algum site? Aceito sugestões!

Digital Marketing for Artists

Uma nova Apresentação: Digital Marketing for Artists

Uma nova Apresentação: Digital Marketing for Artists 1240 700 Bruno Brito

Este fim-de-semana fui até aos Açores para falar de Marketing Digital. Desta vez, a apresentação era para artistas e em inglês, pelo que adaptei o meu conteúdo em conformidade.

Nesta workshop, decidi focar a minha conversa de 90 minutos no seguinte:

  • A mentalidade a ter nas redes sociais;
  • A importância de apostar nas plataformas que controlamos;
  • Como criar conteúdos com regularidade e ter uma estratégia de Marketing.
Bruno Brito - Digital Marketing for Artists

Como o target era essencialmente pessoas do mundo da música, optei por exibir alguns bons exemplos de artistas que acompanho, todos da música electrónica – como deadmau5, Morgan Page, Gabriel & Dresden ou Laidback Luke.

Podes ver (e descarregar) a apresentação aqui.

Domínio e Alojamento - O que são

Domínio e Alojamento – o que são e quais as diferenças

Domínio e Alojamento – o que são e quais as diferenças 1240 700 Bruno Brito

Este artigo, originalmente publicado em 2018, foi atualizado a 1 de março de 2022.

Se quiseres criar um site, “Domínio” e “Alojamento” são 2 palavras que rapidamente encontrarás. Dois conceitos populares no mundo dos sites, mas que nem sempre são claros para quem está agora a começar.

Se quiseres criar um site, provavelmente começas por ir ao Google e procuras por algo como “criar site”. Em princípio, encontrarás vários serviços que prometem tratar de tudo, como o WordPress.com ou o Wix, com dezenas de templates apelativos para utilizares, um interface intuitivo e a promessa de que podes começar sem encargos – aliás, verás que a palavra GRÁTIS está presente um pouco por todo o lado nesses sites.

Wix e a palavra GRÁTIS

No entanto, se pedires um site a um programador como eu, ou a uma agência Web, verás que tanto o Domínio como o Alojamento têm custos associados. Eu, por exemplo, nem os incluo nos meus orçamentos, porque prefiro que seja o cliente a gerir essa questão (ajudo-o, obviamente, a encontrar um bom fornecedor, quando ainda não o tem).

Então em que é que ficamos? Tenho que pagar para ter um site, ou não?

O objectivo deste artigo é precisamente explicar-te as principais diferenças entre um domínio e um serviço de alojamento (ou hosting), para além de te esclarecer sobre o quão “gratuitas” algumas soluções realmente são.

Vamos a isto!

O Domínio

Normalmente, um domínio vai andar à volta dos 10–25 euros anuais. É um custo recorrente que terás de suportar todos os anos para que o teu site se mantenha online.

Poderás encontrar promoções em que o 1º ano é mais barato, mas nos anos seguintes, o valor é praticamente sempre o mesmo. Se decidires renovar por vários anos, o desconto também é muito pouco significativo.

Este valor pressupõe que o domínio está disponível, claro. Se quiseres um domínio que já tem dono, terás de o contactar e descobrir se está disposto a vendê-lo – e aí, poderás ter de pagar centenas ou mesmo milhares de euros para que fique em tua posse.

OK, então e afinal a conversa do “Grátis”?

Podes ter um domínio gratuito no WordPress.com ou no Wix se não te importares que o teu site seja algo como https://oteublog.wordpress.com ou https://omeusite.wix.com. Ou seja, só podes definir o subdomínio – o texto imediatamente antes de .wix.com.

Por questões de credibilidade (ou simplesmente por facilitar a memorização), a maior parte dos negócios prefere um domínio próprio – algo como https://www.aminhaloja.com. A questão é que, para isso, já terás que pagar um extra nesses serviços – o chamado “Custom Domain”.

Este extra parece insignificante, mas a realidade é que ao fim de um ano, tens de pagar 48 euros ao WordPress.com ou 54 euros no caso do Wix para usares esse domínio personalizado na plataforma.

Custom Domain no preçário do WordPress.com e do Wix

Se comparares com os tais 10–25 euros anuais que referi anteriormente, podes ver que a diferença ainda é significativa. Em boa verdade, o valor que esses serviços apresentam também inclui alojamento, que abordaremos mais à frente.

Top-Level Domains e tipos de domínio

O domínio deste site é brunobrito.pt – o que é que o PT te indica? Que sou de Portugal. Este é o TLD (Top-Level Domain, ou Domínio de Topo), a última parte do domínio. Outros TLDs populares são o .COM, o .ORG ou o .NET.

Existem TLDs Genéricos e os TLDs de Código de País. Na maior parte dos casos, optares por um TLD ou outro não vai impactar o preço. Em alguns negócios fará sentido adquirires um .PT, um .FR ou um .DE, enquanto que noutras circunstâncias, será melhor usares (ou terás mesmo de usar) um .COM, .GOV ou .EDU.

A lista tem vindo a crescer nos últimos anos – à data da escrita deste artigo, já podes escolher entre perto de 1500 TLDs.

Estes são todos aqueles que começam com a letra “A”:

TLDs que começam com a letra A

Podes recorrer a este site para te sugerir alguns domínios criativos, baseados no nome que inserires. Ficas logo a saber se está disponível ou não.

Onde comprar domínios

A maior parte dos serviços que oferecem alojamento também te poderão registar o domínio.

Se procuras um domínio .PT, existe um serviço que NÃO posso mesmo recomendar: o DNS.PT. Basta consultares o preçário para veres que gastarás mais de 28 euros anuais, por nenhum motivo aparente.

Uma rápida visita ao site da PTServidor, outra empresa portuguesa, já apresenta o valor que eu diria ser o standard: cerca de 15 euros.

Internacionalmente, o CloudFlare e o Namecheap são boas referências, mas podes adquirir domínios de qualquer tipo nestes sites – só tens que ter em conta algumas excepções, que estão mais relacionadas com a legislação em algumas regiões, como o Afeganistão ou a Catalunha.

É importante tirar mais uma questão do caminho: podes adquirir um domínio num fornecedor diferente do alojamento, da mesma forma que podes trocar de alojamento mais tarde, sem perder o domínio.

Para isso, convém adicionares uma nova palavra ao teu dicionário de “Gestão de Domínios”, que vem já a seguir…

Nameservers

Nem sempre se fala neste termo, até porque raramente é do interesse das empresas de alojamento divulgar esta palavra (é muito mais interessante fidelizar o cliente tanto no domínio como no alojamento). Mas a verdade é que todas as empresas disponibilizam os seus Nameservers.

O Nameserver é o responsável por “ligar” o domínio ao alojamento.

Se comprares tanto o Domínio como o Alojamento na mesma altura e no mesmo site, os Nameservers já deverão estar devidamente configurados. Se tiveres fornecedores separados para cada um, é uma questão de procurares no site onde tens o alojamento pelos Nameservers que deves inserir.

Os Nameservers são habitualmente 2 a 4 entradas que vais ter de inserir no painel de gestão do Domínio, no site onde o registaste.

No caso da PTservidor, serão os seguintes:

ns1.ptservidor.net

ns2.ptservidor.net

ns3.ptservidor.net

No caso do DigitalOcean, outro serviço do qual sou fã, é muito similar:

ns1.digitalocean.com

ns2.digitalocean.com

ns3.digitalocean.com

Se tiveres necessidade de alterar estes Nameservers, não conseguirás confirmar de imediato se a alteração que fizeste foi efectuada com sucesso. Essas alterações terão que propagar por todo o mundo – processo que pode levar entre 24 a 48 horas até ser realizado a 100%. Podes acompanhar o processo de propagação pelo mundo aqui.

Se ainda não arrancaste com o teu site, não é tão incomodativo. Mas se tiveres um site com bastante tráfego, que gera dinheiro, e uma caixa de e-mail associada ao domínio, por exemplo, certamente não verás com bons olhos esse downtime.

Downtime? Impede-o com o Cloudflare

Por este motivo, eu gosto de utilizar um serviço gratuito que fica no meio destes 2 mundos, chamado CloudFlare. Para além de oferecer uma camada extra de segurança ao teu site e outras vantagens, permite-te gerir a correspondência entre todos os teus domínios e todos os teus alojamentos.

Se apontares os teus Nameservers para o Cloudflare, poderás um dia mais tarde transitar para outro serviço de alojamento com maior liberdade pois a alteração será imediata – não terás de esperar sequer 5 minutos, quanto mais 24 horas.

É muito fácil começar. Podes ficar com uma ideia vendo este vídeo.

O interface para gerir os domínios é também muito apelativo, e como tenho vários domínios e vários serviços de alojamento, acabo por preferir gerir tudo lá.

Pode parecer um passo adicional desnecessário, mas se um dia decidires alterar de serviço de alojamento, vais agradecer teres utilizado esta ferramenta.

O Alojamento

Na verdade, esta parte é facultativa. Podias pegar num computador antigo que já não uses, deixá-lo ligado todo o dia, e basicamente ser essa máquina a servir o teu site. E é o que acontece em algumas empresas, aquelas que vês nos filmes de ficção científica que têm salas gigantes onde está o servidor.

No entanto, para um indivíduo ou pequeno negócio, este raramente é um cenário prático. Se te faltar a luz em casa, o teu site ficará offline. Se muitas pessoas estiverem a aceder ao teu site, a tua ligação à Internet vai ser incapaz de aguentar o tráfego. E será que queres mesmo manter um computador ligado todo o ano, e configurá-lo?

É muito mais prático recorrer a um serviço de alojamento. Existem alojamentos baseados em Windows, em Linux, VPS (Virtual Private Servers), Alojamentos Dedicados… e é normal que tanta oferta te confunda.

Se estás a começar e queres um site muito simples, provavelmente até baseado em WordPress, um alojamento baseado em Linux e PHP é o que precisas. Ao contrário do que acontece habitualmente, aqui o Linux é uma escolha bem mais popular que o Windows.

Muito raramente vais precisar de um sistema Windows, a não ser que seja baseado em ASP/.NET.

Se o teu site for essencialmente para visitantes portugueses, talvez faça sentido adquirires um servidor que esteja em solo nacional – eu recorro à PTServidor nestes casos.

No caso da PTServidor, o plano de alojamento mais barato custará 35 euros por ano.

PTservidor - Preçário do Alojamento

Para sites internacionais, já usei vários serviços de alojamento – Bluehost, Media Temple ou GoDaddy, entre outros – e achei a experiência similar em todos eles.

Nenhum é particularmente intuitivo ou extra rápido, mas também estamos a falar de alguns dos serviços mais populares e baratos da Web inteira.

Como actualmente tenho muitos sites WordPress e gosto de ter algum controlo sobre o computador/software alugado que estou a usar, optei por pagar um pouco mais (5 dólares por mês) e utilizar o DigitalOcean, um serviço que adoro (este blog está lá alojado).

Não é para iniciados, mas há excelentes guias por aí. Podes ver como instalar blogs WordPress neste alojamento seguindo este meu guia.

É uma VPS, o que significa que posso aceder ao terminal da máquina e mudar o sistema operativo, instalar software adicional e mexer nas definições que bem entender.

Se não precisares de um CMS como o WordPress, apenas de um sítio para fazeres upload de ficheiros HTML/CSS/JavaScript, tens o serviço S3, da Amazon. Não é um serviço muito intuitivo, mas é para isso que este meu guia serve – até inclui as dicas para o integrares com o Cloudflare.

Por fim, podes optar por utilizar um 2º alojamento dedicado ao armazenamento de ficheiros grandes, como vídeos ou músicas. Aí, o serviço mais barato será o BackBlaze B2, uma óptima alternativa ao S3.

O que define um bom serviço de alojamento?

Qualquer preçário que consultes vai apresentar-te vários números. O número de GBs do disco rígido reservados para ti. O número de caixas de correio ou bases de dados que podes criar. Em alguns casos, até o número de visitas ou de GBs transferidos que tens direito, por mês.

É tentador comparar o preço apresentado e o número de GBs oferecido, mas olhar só para isso até é perigoso.

Nem sempre é melhor negócio pagar 3 euros por mês por um alojamento com 20 GB de espaço em disco, em vez de 5 euros por um serviço que oferece 10 GB. Há muitos outros factores em jogo, e a performance do teu site vai depender em grande parte da tua “vizinhança”.

Como se tratam de alojamentos partilhados, quantos mais clientes usarem o mesmo computador, mais lentos os sites serão. Muitas empresas procuram encaixar o maior número de clientes possível em cada sistema, com consequências sérias na performance.

Um site armazenado no mesmo computador que o teu poderá estar a ter um enorme sucesso momentâneo, e todos os outros ficarão mais lentos por esse motivo.

Alojamento Partilhado

Às vezes, mais vale um serviço que limite o tráfego recebido – são geralmente valores bastante razoáveis, assumindo que não vais ficar viral no Facebook de repente.

É também muito importante a qualidade de suporte que recebes. Respondem a tempo e horas? Estão dispostos a ajudar com questões mais técnicas?

É bastante frustrante ter um site em baixo várias horas e parecer que ninguém quer saber. Procura sempre serviços que tenham bom feedback online e consulta o perfil no Twitter ou no Facebook para entender como tratam os clientes.

Como é que o Wix e o WordPress.com oferecem isto “de borla”?

O modelo de negócio destas empresas baseia-se em oferecer um plano decente para quem está a começar e que não se importa de não ter um domínio próprio ou que seja exibida publicidade no meio dos conteúdos que publica.

Existem várias desvantagens; por exemplo, na maior parte dos Termos e Condições destes sites, são estas as empresas que têm os direitos do conteúdo que publicas – podendo monetizá-lo como bem entenderem. A velha máxima de “Se o preço é 0, o produto és tu” aplica-se aqui.

O WordPress.com também te limita bastante a utilização de temas e plugins se optares pelo alojamento lá fornecido em vez de optares por utilizares a versão do WordPress.org, que é gratuita e pode ser instalada em qualquer alojamento que suporte Linux, PHP e MySQL .

É o problema de construires a tua casa em “terra alugada” – ficas dependente de terceiros, e não controlas eventuais alterações que a empresa decida tomar no futuro.

Na minha experiência, as empresas preferem evitar este tipo de tradeoff. Para uma empresa, não controlar onde surge a publicidade ou promover um domínio que termina em ...wix.com ou ...wordpress.com é muitas vezes pouco prático, afetando até a sua credibilidade.

Muitos blogs começam aqui, acabam por crescer e optam por fazer mais tarde um upgrade para um plano pago, acabando por ficar a pagar mais que noutras soluções, por já estarem fortemente fidelizados (ou presos) ao produto. E é aí que estes serviços vêem o seu investimento recuperado.

Como verificaste neste artigo, se somares o plano mais barato da PTServidor (35 euros) com o custo de renovação anual do domínio, podes ter um site com domínio próprio por cerca de 50 euros por ano. Um valor praticamente igual ao alojamento no Wix e no WordPress, mas com liberdade total.

Conclusão

Não é assim tão dispendioso ter um site – bastam 50 euros por ano. Ficaste também a saber que, no caso de serviços como o Wix, o grátis pode acabar por não ficar assim tão grátis.

Importante ainda lembrar que podes ter o domínio adquirido num site e o alojamento noutro. São independentes, mas que depois podes ligar com a ajuda dos Nameservers.

Espero que este artigo tenha sido esclarecedor. Se precisares de ajuda a desenvolver o teu site, fala comigo!

Benefícios do Marketing de Conteúdos

Os vários benefícios do Marketing de Conteúdos

Os vários benefícios do Marketing de Conteúdos 1240 700 Bruno Brito

Já referi por várias vezes neste blog a importância de criar bons conteúdos. No passado, criei conteúdos tanto para as empresas por onde passei, como para alguns projectos pessoais, como este blog ou este projecto de Wrestling. Neste momento, continuo a escrever artigos com alguma frequência, sobretudo enquanto ghost writer.

Sempre existiu procura por produtores de (bons) conteúdos. Em Portugal, vejo cada vez mais marcas a apostar nesta prática.

Mas porquê? Vale a pena investir em Marketing de Conteúdos?

A minha resposta? Claro que sim! Vamos ver se ao longo deste artigo te convenço do mesmo.

Comecemos pelas definições…

Marketing de Conteúdos – O que é?

Podemos definir Marketing de Conteúdos como uma estratégia de uma marca que recai na produção de conteúdos (artigos, vídeos, imagens, podcasts…) com o intuito de entreter, inspirar ou educar o seu público-alvo, habitualmente nas plataformas onde essas pessoas se encontram – como blogs, fóruns ou redes sociais.

Recorrendo a esta prática, que é geralmente pouco intrusiva, as marcas conseguem algum tempo de antena da parte dos seus potenciais clientes, que tiram alguns minutos dos seus dias atribulados para consumir o conteúdo que a marca criou.

Ao fazermos isto, estamos a aumentar o tempo de interacção com a nossa marca – basta pensar na atenção que um vídeo de 5 minutos do YouTube pode receber, face a um simples outdoor no meio da auto-estrada, que é rapidamente esquecido.

Este é um argumento muito importante, mas não é o único ponto positivo.

Aqui ficam mais benefícios desta estratégia!

Constrói Credibilidade, Autoridade e Confiança

#1: Constrói Credibilidade, Autoridade e Confiança

A meu ver, este é o ponto mais importante. Ao produzir conteúdos sobre um tópico, estamos a demonstrar que queremos contribuir para essa indústria – seja através de ideias, reflexões, partilha de conhecimento, conselhos ou dicas.

Em praticamente qualquer indústria já existem várias marcas disponíveis para o consumidor. Aquelas que produzem conteúdos poderão posicionar-se como líderes de autoridade; ao demonstrarem que estudam o tema, que procuram conhecer as boas práticas e ao partilharem os esforços que estão a desenvolver para que a indústria melhore e avance.

Ao mesmo tempo, estão também a mostrar que são merecedores da nossa confiança. Porque se tens um problema que queres ver resolvido, certamente ficarás mais descansado em entregar o assunto a quem mostra que domina o assunto.

Ajuda as Pessoas

#2: Ajuda as pessoas

Enquanto consumidores, todos procuramos tornar-nos uma versão melhor de nós próprios – mais produtivos, mais inteligentes, mais atléticos, etc. No entanto, o nosso tempo é limitado para alcançar esses objectivos… e é aí que uma marca deve intervir, pois é sua responsabilidade criar as melhores soluções para lá chegarmos, com o tempo/esforço que conseguimos alocar para tal.

A distância que separa as pessoas das marcas é cada vez menor – a marca deve ter a iniciativa de liderar o caminho, mas procurar acima de tudo ajudar as pessoas pela viagem.

Com Marketing de Conteúdos, é possível partilhar os esforços que estão a ser desenvolvidos pela marca para ajudar a comunidade – assim, não só os consumidores poderão acompanhar o que está a ser feito (que poderá ser uma boa forma de uma marca criar hype à volta de algo que pretendem lançar), como até terão a chance de dar feedback durante o processo.

Muitos bloggers aproveitam este espaço para partilhar dicas ou descobertas – como eu, no Marketing Digital ou na Programação. São óptimas formas de ajudar pessoas interessadas nos mesmos tópicos.

#3: Ensina a Utilizar (e apresenta novas formas de utilizar os produtos)

A Adobe, responsável por aplicações marcantes como Photoshop, Illustrator ou Premiere, tem um espaço dedicado à formação, com todo o tipo de tutoriais: o Adobe TV.

Um dos objectivos? Fidelizar os utilizadores às aplicações. Se ficarmos mais confiantes e confortáveis em usar estas ferramentas, se decorarmos os atalhos de teclado, se conhecermos todo o potencial destas apps, dificilmente vamos querer passar para uma alternativa… e aprender tudo outra vez!

Noutros casos, o que precisamos é de dar a conhecer novas formas de utilizar os produtos – uma forma de fidelização. A Brisa, conhecida pelas Auto Estradas de Portugal e pela Via Verde, cria com frequência sugestões de escapadinhas de fim-de-semana, em parceria com hotéis, residências, ou organizadores de eventos – tudo para as pessoas utilizarem mais as suas auto-estradas.

Enaltece a comunidade

#4: Coloca a Comunidade em destaque

Algumas marcas têm fãs extremamente dedicados – como os adeptos de Star Wars ou da Apple.

Um blog ou um canal do YouTube poderá ser uma óptima forma de criar um “cantinho” para a comunidade – onde se entrevistam os maiores fãs de uma marca, ou se exibe alguma da fan art criada.

Para além de serem conteúdos relativamente fáceis de criar (porque grande parte do esforço fica do lado dos convidados), são uma óptima oportunidade para dar alegrias aos fãs, e criar um sentimento de pertença maior.

Pelo caminho, ganhamos embaixadores… e mostramos que não nos esquecemos de quem nos ajuda.

#5: Explica os processos… atraindo profissionais de topo

Empresas como a BaseCamp ou a Buffer (curiosamente 2 empresas em que se trabalha remotamente) estão continuamente a explicar os seus processos de decisão no blog.

A Buffer é uma das minhas marcas digitais preferidas, e um exemplo de transparência a seguir. Neste blog, podes ficar a conhecer um pouco de tudo – como contratam, como correu o mês, que alterações de gestão foram efectuadas e até os salários.

A BaseCamp, de Jason Fried e David Heinemeier Hansson, é conhecida não só pelo seu excelente produto, mas também pelas suas opiniões fortes e pelo seu contributo para o mundo open source. No seu blog é frequente encontrarmos partilhas de conhecimento interno, como formas de aumentar a produtividade dos colaboradores, decisões sobre implementação de novas funcionalidades, e até livros a ler.

Um dos grandes objectivos? Tornarem-se empresas apetecíveis para trabalhar.

Ao contribuirem para o Design, para a Programação ou para o Marketing, revelando como trabalham internamente, estão a aliciar outros profissionais a enviar o CV e a juntarem-se “à causa”.

Grande arma de SEO

#6: É uma excelente táctica de SEO

Sabes como é que os motores de busca funcionam? Então saberás que criando vários artigos com conteúdos semelhantes, com um conjunto de palavras-chave similar, estarás a facilitar a vida do Google, que entenderá perfeitamente do que é que o teu site se trata.

Isso será também importante para a angariação de links externos – o mítico PageRank – um factor super importante para subir umas posições nos resultados dos motores de pesquisa. Assim, o Google não ficará com dúvidas: este site é uma referência naquela indústria, porque outros sites também o estão a recomendar.

Pelo caminho, registarás também ganhos de notoriedade/visibilidade – afinal de contas, muitos potenciais clientes serão pela primeira vez expostos ao teu site/marca graças às pesquisas efectuadas.

Faz Dinheiro

#7: Faz dinheiro

Nem sempre é fácil medir o impacto do Marketing de Conteúdos nas vendas que consegue gerar, mas ainda assim, é relativamente seguro afirmar que contribui positivamente para a receita ao final do mês.

Por 2 motivos:

  1. Reduz o custo de aquisição de clientes;
  2. Muitos visitantes sentem alguma pré-disposição em contribuir monetariamente, como agradecimento dos vários conteúdos criados.

Olhando para o primeiro, é inegável que a produção de um artigo para um blog será uma acção bem mais económica que uma campanha de Facebook Ads ou Google AdWords – e, ao contrário destas últimas, não corre apenas enquanto há dinheiro, pois perdura no tempo. É, assim, mais interessante a longo prazo.

Por outro lado, podemos olhar para vários exemplos de criadores de conteúdos que, com o tempo, cresceram a sua comunidade e lançaram produtos (físicos ou digitais), muitas vezes seguindo o feedback dado pelos fãs.

Produtos pagos (t-shirts, livros, ou vídeos são escolhas populares) que, depois de tantos conteúdos gratuitos, muitos fãs não têm qualquer problema em adquirir, quase como agradecimento de todo o trabalho que ocorreu até lá.

Resumindo e concluindo…

O Marketing de Conteúdos é uma óptima forma de uma marca se dar a conhecer, seja a potenciais clientes, colaboradores, ou parceiros. Um esforço geralmente pouco dispendioso e que gera resultados a longo prazo, com vários benefícios pelo caminho.

Encontras mais vantagens? Tens alguma história para partilhar? Manifesta-te nos comentários!

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Backblaze B2 – a alternativa barata ao Amazon S3

Backblaze B2 – a alternativa barata ao Amazon S3 1240 700 Bruno Brito

Se precisas de alojar ficheiros na web com frequência, certamente conhecerás o serviço S3, da Amazon Web Services (AWS). Aqui, só pagas o que colocas online (upload), e o que os teus visitantes descarregam (download).

Muitos serviços de alojamento colocam limites de tráfego (ou reduzem a largura de banda) nos planos, pelo que sites que alojam muitos ficheiros pesados, como vídeos, recorrem a este tipo de serviços.

O Amazon S3 é uma solução relativamente barata, e todas as alternativas mais populares praticam um preçário similar; como o Microsoft Azure ou o Google Cloud.

Mas e se te dissesse que existe um serviço igualmente competitivo, a 1⁄4 do preço? É isso mesmo que te vou apresentar hoje: o Backblaze B2.

O Backblaze B2 já era mais barato que a concorrência há algum tempo, mas em Março deste ano a empresa decidiu baixar o preço dos downloads para metade (!) – já tinham feito uma surpreendente redução similar em 2017.

À data de escrita deste artigo, este é o preçário comparativo (em dólares):

PreçárioBackblaze B2Amazon S3Microsoft AzureGoogle Cloud
Primeiro Terabyte$0.01$0.09$0.09$0.12
Próximos 9 TB$0.01$0.09$0.09$0.11
Próximos 40 TB$0.01$0.085$0.09$0.08
Próximos 100 TB$0.01$0.07$0.07$0.08
Próximos 350 TB+$0.01$0.05$0.05$0.08

Podes sempre recorrer à calculadora que fornecem para simulares o teu caso – e comparar o resultado com a competição.

Backblaze B2 - Calculadora

Um plano gratuito generoso

O Backblaze B2 também tem um plano de boas-vindas bastante interessante – os primeiros 10 GB de alojamento mensal são gratuitos, e o primeiro GB de downloads por dia também.

Se não estiveres à espera de um enorme fluxo de downloads, podes utilizar este serviço e não pagar um tostão!

Mas é só barato, ou é mesmo bom?

Assumindo que não queres alojar um site estático aqui, o Backblaze B2 vai certamente estar à altura do que pretendes:

  • podes criar alertas por e-mail/sms quando chega a um determinado número de downloads, ou definir máximos de utilização;
  • podes ver relatórios de ficheiros armazenados, carregados e descarregados, por mês;
  • podes fazer backups (chamadas snapshots) de todos os teus buckets e definir regras de lifecycle;
  • tem integração com a linha de comando e disponibiliza uma API.

Em termos de velocidade de download, nos meus testes sempre foi superior ao Amazon S3. Impressionante!

E porque é que não o recomendo para sites estáticos? Porque, infelizmente, não podes definir o index.html como o root file – ou seja, as pessoas não conseguiriam aceder ao teu site escrevendo oteudominio.com, apenas oteudominio.com/index.html.

Se procuras alojar um site, o Amazon S3 ainda será a solução que recomendo – até podes ler o meu guia para isso (ou como configurá-lo com a CDN CloudFront).

Como funciona o Backblaze B2

À semelhança do Amazon S3 ou de outros serviços do género, depois de te registares começas por criar um bucket – onde vais alojar um conjunto de ficheiros. Podes criar 100 buckets distintos.

Backblaze - Criar um Bucket

A partir daí, o upload é simples – podes utilizar o browser, ou uma das várias integrações disponíveis, como o Panic ou o Cyberduck.

Backblaze - Upload

Facilmente obténs o URL de cada ficheiro carregado, carregando no ícone de mais informação, à direita, e copiando o “Friendly URL” apresentado.

Backblaze - friendly URL

Como vês, o interface é muito intuitivo – eu diria até mais user-friendly que o principal concorrente.

O que dizes? Vais experimentar?

SEO - Guia Completo

SEO (Otimização para Motores de Busca) – O Guia Completo

SEO (Otimização para Motores de Busca) – O Guia Completo 1240 700 Bruno Brito

SEO (Search Engine Optimization, ou “Otimização para Motores de Busca” em bom português) é um dos temas mais entusiasmantes do Marketing Digital.

Se queres posicionar o teu site na 1ª página de resultados do Google, é importante teres conhecimento das várias técnicas de SEO que tens ao teu dispôr.

Por muito complexo que SEO seja, a premissa é até bastante simples: deves conhecer a fundo como funcionam os motores de busca, para depois perceber como podes virar o jogo a teu favor.

Os motores de busca sofrem vários ajustes nos seus algoritmos todos os anos – podes ver aqui como o Google funciona. Isso torna o SEO dinâmico e de certo modo imprevisível, e cria a necessidade de estarmos constantemente atentos aos sites de referência para acompanharmos todas as mudanças.

Assim sendo, neste guia vou abordar os factores que, ano após ano, garantem resultados – que pouco ou nada mudaram nos últimos anos, e que dificilmente perderão relevância no futuro próximo.

Estes são os principais pontos que deverás ter em conta:

  • Crawling (Rastreamento do site);
  • On-Page SEO (Optimização da página em termos de SEO);
  • Link Building (Obtenção de links para o nosso site);
  • Social Signals (Sinais sociais);
  • Page Performance (Velocidade da página);
  • Usabilidade (e bom senso).

Pronto para ficar conhecer todos estes termos? Vamos a isto!

1. Crawling (Rastreamento do site)

Se já sabes como um motor de busca funciona, terás noção da importância do correcto rastreamento do teu site.

Se os motores de busca não souberem da existência do teu site (ou de algumas páginas), será impossível surgires como um resultado possível, certo?

OK, e como garanto que o meu site foi devidamente rastreado pelo Google e restantes motores de busca?

A tecnologia de Crawling está a um nível tão elevado que dificilmente o teu site passará despercebido – se criares links entre as várias páginas, recorrendo a um menu de navegação ou a uma barra lateral, por exemplo, todo o teu site deverá ser rastreado com sucesso.

Ainda assim, nada como garantir que está tudo OK. Como? Recorrendo à Google Search Console, uma ferramenta gratuita da Google.

Primeiro, deves adicionar o teu site, verificando que és de facto o dono do mesmo, através de um dos vários métodos que a Google oferece:

Métodos de Verificação Google Search Console

Depois, poderás ir até à barra lateral ver se surgiram erros de Crawling.

Google Search Console - Crawling

O Google também te informará se existem links desactualizados, que levam para uma página não encontrada (o célebre erro 404), dando-te a oportunidade de actualizares esses mesmos links nas páginas em questão e marcar o problema como “corrigido”.

Correcção de Erros na GSC

Como impeço o meu site de aparecer no Google e nos restantes motores de busca?

Os motores de busca são máquinas muito curiosas – sempre que surge um link que não conhecem, colocam-no na sua lista de tarefas para investigar. Isto, claro, se os deixares.

Podes prevenir esta acção, se assim o desejares, criando um pedido sob a forma de um ficheiro robots.txt e colocando-o na pasta principal do teu site (onde está, por exemplo, o index.html, ou o index.php, se se tratar de um site WordPress).

Podes impedir o rastreio de todo o site colocando este código no interior do ficheiro robots.txt:

User-agent: *
Disallow: /

O que geralmente procuras, no entanto, é restringir apenas o acesso a algumas pastas. Se for este o caso, deverás inserir algo deste género:

User-agent: *
Disallow: /imagens/
Disallow: /documentos/

Podes ler mais sobre este tópico aqui. E não te esqueças: alguns crawlers poderão não respeitar o teu pedido (especialmente os de cariz malicioso).

2. On-Page SEO (Optimização da página em termos de SEO)

Este aspecto tem uma vantagem e uma desvantagem face aos restantes: é o mais técnico dos 6, mas ao mesmo tempo, é aquele que melhor podes controlar – por outras palavras, triunfar neste campo só depende de ti!

Falar de On-Page SEO é, inevitavelmente, falar de código.

O HTML gerado deve garantir as melhores práticas. Um exemplo é o uso correcto dos elementos HTML destinados ao cabeçalho, conhecidos habitualmente como <h1> ou <h2> (até <h6> – o “h” vem de headings).

O título do teu artigo deve ser sempre o <h1> da página – e deve ter as palavras-chave mais relevantes. A tua página pode (e deve) ter também vários sub-títulos, recorrendo aos <h2> e <h3> sempre que necessário, para orientar o leitor e para que o próprio Google saiba quais os temas principais da tua página.

Hierarquia dos títulos em HTML

Mas não é só aqui que deve constar a palavra-chave. Deve também surgir no URL, no título da página (o famoso elemento <title>) e ao longo do artigo, sempre que considerares pertinente.

Utiliza estas palavras-chave de uma forma natural – não escrevas para máquinas, escreve para humanos – e certifica-te que utilizas variantes e sinónimos sempre que adequado (até porque o farias normalmente ao escrever um texto, certo?).

Não sabes que palavras-chave utilizar? Faltam-te ideias para sinónimos? A Keyword Tool pode ajudar. É a melhor alternativa gratuita que conheço ao KeyWord Planner, uma solução da Google só disponível para quem tem campanhas AdWords a decorrer.

Keyword Tool

Outra coisa que talvez devas saber, é que o Google privilegia conteúdos longos. Esta é uma espécie de “confirmação oficial”, e na realidade muitos testes confirmam que páginas com um maior número de palavras ficam na frente dos resultados devolvidos.

Os artigos longos são também uma boa solução para diminuir a bounce rate, conhecida na nossa língua como Taxa de Rejeição.

Provavelmente já fizeste um bounce antes – foste ao Google, pesquisaste por um termo, clicaste num resultado, e quase de imediato regressaste à página de resultados porque rapidamente te apercebeste que naquela página não estaria a tua resposta.

O Google orgulha-se da sua elevada taxa de satisfação, fruto de apresentar os resultados mais relevantes da Internet – se isto acontecesse muitas vezes, mudarias de motor de busca e o Google perderia o seu monopólio, certo?

Para se proteger, o Google está atento às páginas que protagonizam essas mesmas rejeições, e penalizará aquelas que consistentemente mancham a reputação do motor de busca.

Como podes ver, os bounces estão habitualmente associados a páginas que apresentam um conteúdo irrelevante face à pesquisa – mas nem sempre uma taxa de rejeição elevada é mau sinal, até porque o Google determina esta métrica através das interacções que um utilizador tem com a página… e, às vezes, não é mesmo suposto interagir.

Se o teu site for uma simples landing page, sem links e com um único Call to Action, é natural que o valor seja elevado, sem ser propriamente preocupante.

Ainda assim, podes recorrer a algumas técnicas para baixar a taxa de rejeição, especialmente no caso de quereres aumentar o número de pageviews por visita.

Podes, por exemplo:
– colocar vídeos para aumentar o tempo passado na página do site;
– colocar imagens para que o conteúdo seja mais fácil de digerir e de fazer scroll;
– colocar links para outras páginas do teu site que sejam relevantes, sempre que apropriado, para ganhar pageviews e aumentar o tempo passado no site.

Convém ainda olhares para o Google Analytics, outra ferramenta gratuita da Google, para verificares quais os links da tua página com maior taxa de rejeição – talvez percebas como os podes optimizar (melhorando o conteúdo e adicionando links internos, por exemplo), para garantir que o utilizador não abandona o teu site tão depressa.

3. Link Building (Obtenção de links para o nosso site)

Há quem diga que este é o aspecto mais importante do mundo da Otimização para Motores de Busca. E terei que concordar.

Na maior parte dos restantes factores, consegues controlar o que acontece no teu site. Mas aqui… aqui, dependes mesmo dos outros.

Neste artigo falei-te do PageRank. É um factor que pesa bastante na receita do Google, porque analisa a Internet “lá de cima” e vê como os sites estão ligados entre eles.

Um site com muitos links de outros vai beneficiar de uma melhor posição, porque o número de links é um valor representativo da importância que a página tem num determinado nicho – especialmente se os grandes sites também o recomendarem.

Podes criar um excelente conteúdo. Pode mesmo ser o melhor conteúdo sobre aquele tópico de toda a Internet. Mas se os outros sites não o divulgarem, se o Google não encontra esses links, que no fundo são votos/recomendações, então dificilmente surgirás na primeira página de resultados.

Um conselho inevitável que te posso dar é o de criares relações com outros players da indústria. Isso até poderá acontecer naturalmente, simplesmente por partilhares a mesma paixão que eles e já os conheceres através de fóruns, meetups ou conferências.

Não sendo esse o caso, um simples e-mail a frio ou uma mensagem no Facebook, Instagram ou Twitter poderão também servir para um primeiro contacto.

Mas se calhar, não sabes quais são os players – ou são tantos, que não sabes quais é que verdadeiramente importam. Existem ferramentas que te podem ajudar neste campo, e é isso que vamos ver agora.

MozBar

Houve uma altura em que o PageRank era um valor que todos podiam consultar, para qualquer site. Quanto maior o número de links externos recebidos, maior o valor apresentado.

Isso agora é passado, mas existe uma alternativa – a MozBar, que podes instalar como extensão gratuita para o Google Chrome.

A MozBar faz mais coisas, mas podes reparar que para cada site (ou pesquisa feita no Google) vais ter acesso a 2 números importantes:

  • Page Authority: a reputação daquela página em específico.
  • Domain Authority: A reputação do domínio (o valor deste campo será igual em qualquer página desse domínio).

A MozBar

São valores de 0 a 100, onde é mais fácil crescer de 20 para 30 do que de 70 para 80 – existem mais factores em jogo para a determinação do valor, mas a contagem de links é ponto assente. E sem dúvida que os sites com maior autoridade serão aqueles que melhor te poderão ajudar a subir, se criarem links para ti.

No SEO, é tudo relativo – podes ter uma nota de 30 e ainda assim aparecer em 1º lugar, porque os teus concorrentes têm notas inferiores. Ou podes nem aparecer nas primeiras páginas, porque os teus concorrentes têm sites com valores na casa dos 70.

Outro aspecto que deves ter em conta é que a Moz não é a Google – procura dar-te um indicador baseado em tudo o que sabem sobre o motor de busca (e sabem muito!), mas ainda assim, é apenas o algoritmo deles.

Apesar da importância deste valor, não é garantido que a melhor nota seja o 1º site a ser sugerido – afinal de contas, este é só um factor de ranking, entre muitos outros.

Como esta extensão também funciona na lista de resultados do Google, podes pesquisar por um termo relacionado com o teu site e ver o peso de cada concorrente teu.

Vôos Baratos na MozBar

Concorrente parece-me uma palavra feia neste contexto. Vamos chamá-lo antes… possível parceiro.

O que me leva para a próxima ferramenta…

Open Site Explorer

O Open Site Explorer é outra ferramenta fantástica da Moz.

A sua finalidade é muito simples: pesquisas por um site e ficas a saber que sites estão a apontar para lá – e qual a autoridade de cada um.

A título de exemplo, aqui ficam os sites que mais contribuem para o peso do NiT, ao linkarem para lá:

Open Site Explorer

Esta é uma excelente forma de encontrar oportunidades – ficas a conhecer outros sites relacionados com a indústria e que (aparentemente) não têm problemas em criar links para as páginas que merecem.

Podes ver que conteúdos tens que farão sentido divulgar e contactar esses mesmos sites – é natural que recebas muitos “nãos” pelo caminho, mas também ouvirás um “sim” aqui e ali.

Também podes recorrer a uma técnica um pouco mais competitiva (ou agressiva) – podes ver quais são os artigos da concorrência que beneficiam desses mesmos links, criar conteúdos ainda melhores e mostrá-los a quem possa ter interesse em partilhar (ou actualizar as suas referências).

Sim, este é um jogo de migalhas – mas cada migalha conta para subir no ranking.

Não subestimes as comunidades

Praticamente qualquer tópico tem uma comunidade, como por exemplo um fórum. Não subestimes o valor de participar activamente numa comunidade destas!

Não só ficarás a saber questões que a malta tem (que podem ser excelentes pontos de partida para artigos), como poderás ajudar muita gente, publicando o link para um artigo do teu site quando relevante, ou deixando simplesmente o teu site na página do teu perfil.

Se mostrares que és uma figura de autoridade no tópico, que dominas verdadeiramente o tema, não te admires se começares a ganhar mais links e visitas como prémio da tua participação frequente.

Não compres links

Como muita gente sabe que link building é importante, existem muitos sites que te dão a oportunidade de comprares links – ou te pedem um link, em troca de uma transferência de dinheiro.

Aqui entramos no campo do black hat SEO – jogadas de cariz duvidoso, que têm como objectivo beneficiarem-te, enganando o Google.

É tentador, mas a longo prazo o mais provável é que te traga problemas. O Google é muito inteligente, vai ficar cada vez mais e já muitos sites foram severamente penalizados por actualizações ao Google no passado.

Outro termo habitualmente associado a black hat é o das link farms – um grupo de sites que estabelecem links entre si, com o intuito de ludibriar o Google, como que a dizer “olha aqui Google, estes sites recomendam-se uns aos outros!”

Criar links de forma natural dá muito mais trabalho, mas dificilmente te trará problemas no futuro. Afinal de contas, é natural que bons sites recomendem outros no meio dos seus conteúdos.

4. Social Signals (Sinais sociais)

A Google nunca o confirmou oficialmente, mas muitos especialistas crêem que, com o crescimento das redes sociais, páginas com muitas partilhas e gostos sejam beneficiadas – afinal de contas, é uma espécie de voto, da mesma forma que acontece no Link Building.

O melhor conselho que te posso dar será procurares ter uma presença social activa nas principais redes – os meus 10 Mandamentos de Social Media talvez te possam ajudar nesse sentido.

Ainda assim, há algum trabalho de SEO que podemos incluir neste campo. Aqui ficam algumas dicas:

    1. Podes ir ao BuzzSumo ganhar ideias para tópicos que mostram boa performance social, pois são temas que dão maiores garantias de serem partilhados pelas comunidades.

Continuando com o exemplo do site NiT, podes ver aqui quais são os artigos mais partilhados:

Buzzsumo em acção

    1. Podes ir ao SharedCount ver quantas partilhas/gostos teve um artigo teu (ou de qualquer outro site).

SharedCount em acção

    1. Podes ver como fica o teu artigo quando partilhado indo ao Facebook Sharing Debugger.

Facebook Debugger em acção

  1. Se não gostas da forma como o teu artigo fica quando partilhado, e quiseres alterar os campos ou a imagem de destaque, deves criar/alterar as respectivas meta tags – podes usar este gerador, ou, se usares o WordPress e o Yoast SEO, visitar a secção das redes sociais desse mesmo plugin.

Yoast SEO em acção

5. Page Performance (Velocidade da página)

A velocidade da página é um factor de ranking há já bastantes anos, e com o contínuo crescimento do uso de dispositivos móveis, é provável que este factor ganhe cada vez mais destaque.

Podes ver como o Google “vê” o teu site nesse departamento recorrendo ao PageSpeed Insights, outra ferramenta gratuita que a empresa oferece.

Google PageSpeed Insights em acção

Também podes pedir uma “segunda opinião” numa série de sites, sendo estes 2 os mais populares:

Todos estes sites te darão um relatório com um conjunto de melhorias que podes realizar – algumas bastante técnicas, outras nem por isso.

Aqui, o melhor será falares com um programador, especialmente se se tratar de um site que não é WordPress.

Podes ler este artigo mais detalhado sobre como aumentar a velocidade do teu site, mas aqui fica uma lista de algumas boas práticas:

6. Usabilidade (e bom senso)

O Google começou a penalizar no início deste ano os sites que ocultam a informação que o utilizador pretende com um pop-up ou interstitial.

Google Popup e Interstitial

Este é um excelente exemplo para demonstrar este ponto – se o utilizador pretende aceder àquela informação, porque é que lhe estamos a dificultar a vida?

É um factor complexo para uma máquina julgar, mas serve de lembrete para procurarmos criar sempre conteúdos de acesso fácil para o utilizador.

Outros 2 pontos relevantes para este tópico, também já confirmados oficialmente pela Google:

Sites responsive: garantir que o site é responsive, ou seja, que está preparado para dispositivos móveis, como telemóveis e tablets (podes fazer um teste aqui).

Segurança: garantir que o site tem HTTPS, especialmente se se tratar de uma loja ou de uma aplicação web que requer inserção de dados da parte do utilizador (se tiveres um site WordPress na DigitalOcean, podes ler este artigo para criar um certificado gratuitamente).

Queres ficar a saber ainda mais sobre SEO?

O mundo do Search Engine Optimization está em constante mudança. A melhor forma de andares a par é visitando com frequência os vários sites de referência que existem sobre este tópico.

Este são os que recomendo. Podes também ler este meu artigo sobre a melhor forma de ler na web, para os acompanhares com maior facilidade.

1: Google Search Blog

Não vais encontrar fonte mais oficial do que o blog da Google. Qualquer novidade significativa deverá ser anunciada aqui primeiro.

2: SearchEngineLand

Provavelmente o melhor site para acompanhares as notícias da indústria, com bons artigos de opinião e tutoriais sempre muito detalhados.

3: Moz

O Moz é muito mais do que as (excelentes) ferramentas que oferece para os profissionais de SEO. Tens aqui um blog fantástico, onde muitos especialistas da indústria contribuem com guias e desabafos.

4: QuickSprout e Neil Patel

Neil Patel é um nome incontornável no mundo do Marketing Digital, sendo particularmente forte no SEO. Originalmente, o blog dele era o QuickSprout, mas decidiu investir também noutro blog, com nome próprio, com artigos igualmente valiosos (e disponíveis em várias línguas).

O Neil faz imensos testes todas as semanas, e partilha sempre o que aprendeu com a comunidade. Tem também alguns mini-livros, um podcast, e vários vídeos. Indispensável.

5: ViperChill

Glen Allsopp é um nome menos popular que o anterior, mas é outro senhor que domina o mundo do SEO como poucos. Este blog foi descontinuado, mas continua a ter imenso valor nos arquivos – o Glen agora escreve para um novo site mais virado para case studies, de nome Detailed.com.

Como funciona o Google?

Como funciona o Google?

Como funciona o Google? 1240 700 Bruno Brito

No mundo dos motores de busca, o Google continua na confortável posição de líder indiscutível. Em Agosto de 2017, a invenção de Larry Page e Sergey Brin apresentou uma quota de mercado impressionante: 91% (para teres noção, o Bing, o seu “maior” rival, regista apenas 2.5%).

Em Portugal, este valor atinge ainda maior expressão: 96%.

Assim sendo, falar de motores de busca é basicamente sinónimo de falar do Google.

Se queremos mais visitas ao nosso site, garantir uma boa posição no Google será um óptimo ponto de partida. Mas, para tal, temos primeiro de perceber como é que este motor de busca funciona, certo?

Felizmente, o seu funcionamento não é um segredo de estado. A própria empresa explica as 3 fases aqui, mas neste artigo darei mais detalhes sobre cada uma delas.

Vamos a isto!

Fase 1: Crawling (ou Rastreio)

Fase 1: Crawling

Porquê uma aranha na imagem? Porque o Google, como qualquer outro motor de busca, tem uma spider.

Esta spider (no caso do Google, chamada Googlebot) é um programa que tem uma função muito importante: descobrir novas páginas, e verificar se existem actualizações nas páginas já encontradas. Será ainda responsável por verificar se não surgiram links mortos, ou seja, links que já não vão dar a lado nenhum.

Este processo varia consoante o site em questão – o Google tem um algoritmo que determina a frequência com que vai realizar este trabalho, porque um site que publica dezenas de notícias por dia merece mais atenção do que um blog que só publica um par de artigos por ano.

O Google é muito curioso – sempre que colocares um novo link na tua página, ele adicionará essa página à sua lista de tarefas, para efectuar o crawling assim que possível.

No passado, criavam-se mapas do site (sitemaps) para garantir que todas as páginas eram devidamente encontradas. Hoje em dia, apesar de ainda ser uma prática frequente, o Google já é capaz de encontrar a maior parte das páginas de forma autónoma.

Poderás querer impedir que o Google conheça o teu site – ou, pelo menos, parte dele. Se for esse o caso, deves familiarizar-te com o robots.txt – um ficheiro que basicamente pede a estas spiders que ignorem determinada página/pasta/domínio.

Podes aprender a criar um ficheiro deste tipo consultando esta página ou esta. É importante teres em conta que as spiders podem ignorar o teu pedido, e que o ficheiro robots.txt pode ser acedido publicamente.

Plataformas como o WordPress facilitam este processo – neste CMS, quando estás a criar uma nova instalação, podes colocar um visto em “Discourage search engines from indexing this site” ou ir mais tarde a General Settings > Reading para activar essa opção, e o site passará a ser ignorado pelos motores de busca.

A conclusão até aqui? Se queres garantir uma boa posição no Google, primeiro tens que confirmar que o Google consegue chegar ao teu site (e a todas as suas páginas).

Podes confirmar se o crawling no teu site foi efectuado com sucesso visitando a Search Console, uma ferramenta grátis da Google. Se tiveres fornecido um mapa do site, o mesmo também surgirá aqui. Esta é uma excelente ferramenta para resolver este tipo de questões.

Google Search Console - Crawling

Assumindo que o Google identificou e rastreou o teu site correctamente, é tempo de actualizar o índice, que acontecerá na 2ª fase.

Fase 2: Indexing (ou Indexação)

Fase 2: Indexing

O Googlebot vai processar cada uma das páginas que rastreou, compilando um índice com todas as palavras que encontrou (e a respectiva localização de cada uma) na página.

Aqui, todo o código HTML é investigado – title tags (o título da página), alt tags (as descrições das imagens), heading tags (os títulos e sub-títulos dos artigos) são apenas alguns exemplos.

É importante apresentar código HTML correcto e válido – afinal de contas, o Google é um robô, e será através da análise do HTML que ele entenderá o conteúdo da página.

É igualmente importante pensares nas palavras-chave que achas que os teus visitantes vão utilizar, e garantir que os conteúdos as apresentam de forma natural. Nunca deixas de escrever para humanos.

O Google (ainda) não consegue inspeccionar tudo. Ele é incapaz de reconhecer alguns formatos de ficheiro ou páginas dinâmicas, mas está cada vez mais inteligente – com os avanços no machine learning, um dia é bem possível que seja capaz de entender vídeos na perfeição, e já está muito avançado no reconhecimento de imagens.

A conclusão aqui? Se queres que o Google entenda que o teu site é de “locais que servem bons pastéis de nata em Lisboa”, garante que o teu código HTML está optimizado para tal e que essas palavras (e variações) surgem naturalmente, e com alguma frequência, no conteúdo do teu site.

Fase 3: Ranking (como os resultados são apresentados)

Fase 3: Ranking

Aqui, entramos na fase mais importante – e aquela que destaca o Google dos restantes motores de busca.

Porque é que recorremos ao Google? Porque é um motor de busca que apresenta uma enorme taxa de satisfação – raramente não nos dá o que queremos, e raramente precisamos de visitar mais do que 1 ou 2 resultados para ficarmos com a nossa questão esclarecida.

Às vezes, “até parece que adivinha” – mesmo com palavras-chave algo vagas, ele lá nos apresenta o que realmente pretendíamos. E funciona de uma forma cada vez mais personalizada: os meus resultados poderão ser diferentes de outra pessoa que pesquise pelos mesmos termos, na mesma cidade.

Tal só é possível graças ao super-complexo algoritmo do Google, que entra em acção a cada pesquisa efectuada – devolvendo-nos os resultados que entende que são os mais relevantes para nós.

Na Internet, existem milhões e milhões de páginas – e mesmo que existam mais de 2 biliões de resultados para a palavra “iphone”, ele sabe o que nós queremos.

Ele é mesmo muito bom a ordenar os resultados por relevância. E é isso que nos faz voltar, vezes e vezes sem conta, a este motor de busca.

Talvez estejas a pensar que os resultados da primeira página pagaram para lá estar – e, se disserem “anúncio”, tratam-se de facto em investimentos Google AdWords, como este exemplo:

Exemplo Google AdWords

Podes encontrar 5 anúncios na página de resultados, mas também encontrarás sempre 10 resultados que estão lá… por mérito.

Estes são chamados resultados orgânicos – e é aqui que queres estar.

São estes que recebem grande parte dos cliques, porque as pessoas sabem que o Google coloca em primeiro os resultados que realmente trazem valor.

Mas como é que ele sabe o que apresentar primeiro? Como é que ele sabe que página merece mais?

Conjugando mais de 200 factores. São de todo o tipo, cada um com um peso diferente.

Eis alguns exemplos:

  • Presença da palavra-chave pesquisada no domínio ou no URL;
  • Presença da palavra-chave pesquisada na title e heading tag;
  • Repetição da palavra-chave pesquisada ao longo do conteúdo;
  • Velocidade de carregamento da página;
  • Número de Partilhas da página nas redes sociais;
  • Site com certificado SSL (HTTPS);
  • Site responsive (preparado para dispositivos móveis).

Este último factor, por exemplo, está a ganhar importância rapidamente: em Novembro de 2016, a Google anunciou que deu início a uma série de testes para passar a avaliar a relevância dos sites em mobile, ao invés de desktop.

Se tiveres curiosidade em conhecer os restantes factores, Brian Dean, do conhecido site de SEO Backlinko, lista-os todos (ou quase) neste artigo.

Na grande maioria das vezes, é aqui que um profissional de SEO (Search Engine Optimization, ou Otimização para Motores de Busca) se foca mais. Conhecendo os factores, torna-se mais fácil entender como deve melhorar cada site que desenvolve.

O PageRank

Dos 200 factores, dificilmente algum será mais importante que o PageRank. Se já ouviste falar em práticas de link building, é muito provavelmente devido a este factor.

O PageRank mede a importância de uma página baseado no número de links que recebe de outras páginas. Aos olhos do Google, links recebidos simbolizam votos (especialmente se forem de vários domínios diferentes), pelo que uma página recomendada por vários sites estará, em teoria, em melhor posição para surgir mais acima numa pesquisa efectuada.

Naturalmente, nem todos os links valem o mesmo – uma aparição num site de referência na indústria pesará mais do que um blog de um fã pouco influente, porque o primeira apresenta maior autoridade (e o Google sabe-o).

Para o melhor ou para o pior, não podes conhecer a nota atribuída à tua página, pois o PageRank já não é de domínio público. No passado, quando ainda existia a Google Toolbar, podíamos consultar o PageRank de qualquer página.

O Google está também cada vez melhor a combater o spam, pelo que não vale a pena comprares links ou procederes a outro tipo de tácticas de carácter duvidoso – mesmo que não sejas logo “apanhado”, o mais provável é que sofras as consequências mais tarde e que o teu site seja penalizado.

Mais vale dedicares esse tempo (e dinheiro) a criar bons conteúdos e a garantir que outros sites influentes tomam conhecimento desses mesmos conteúdos.

A conclusão aqui? O Google tem um algoritmo incrivelmente complexo para apresentar os resultados mais relevantes para cada pesquisa realizada. Deves conhecer os factores e jogar com eles, mas sem recorrer a atalhos, ou batotas (que, na gíria, se denominam práticas de black hat).

Conclusão

É importante entender como funcionam os motores de busca para conhecer as regras do jogo – só assim conseguiremos trabalhar para melhorar o posicionamento do nosso site no Google.

Nos dias que correm, temos de garantir que o nosso site agrada às pessoas, tanto ao nível do conteúdo, como noutros campos, como a usabilidade, o design e até a performance – um motor de busca sofisticado avalia todo o tipo de factores.

Deves optimizar os teus sites para robôs, porque uma boa posição no Google será muito vantajosa para o teu site se procuras mais tráfego.

No entanto, não te esqueças de colocar sempre as pessoas primeiro – lê o que eu penso sobre o hacking no Marketing – porque a ideia é garantir que os robôs reconhecem o bom trabalho que andamos a fazer para as pessoas, e não correr atrás deles!

Queres saber mais? Então este meu Guia de SEO é para ti!

Como Conseguir Emprego em Marketing Digital

Como Conseguir Emprego em Marketing Digital

Como Conseguir Emprego em Marketing Digital 620 350 Bruno Brito

Uma das perguntas mais frequentes que recebo dos meus alunos de Marketing Digital, especialmente no 3º ano, é a inevitável questão sobre trabalho.

As notas na licenciatura foram boas, se calhar até já fizeram um ou outro estágio de verão, mas a pergunta persiste:

Como arranjo emprego em Marketing Digital?

Esta foi a principal motivação para escrever este artigo. Um texto mais virado para os recém-licenciados, é certo, mas que no fundo se pode aplicar a qualquer pessoa que procure um emprego em Marketing e, com o devido ajuste, qualquer pessoa que procure trabalho, ponto.

Naturalmente, não sou nenhum especialista em Recursos Humanos e no mundo dos empregos não há uma fórmula 100% eficaz, que agrade a todas as pessoas que estejam do outro lado.

Podes estabelecer 50 contactos com as dicas que refiro aqui e não obter nenhuma resposta, enquanto que outra pessoa pode enviar um e-mail de uma linha e obter feedback positivo.

Ainda assim, quero acreditar que estas palavras poderão ser úteis para ti e que a maior parte das pessoas responsáveis pelo recrutamento terão um pouco de bom senso e valorizarão quem merece!

NOTA: os conselhos aqui mencionados são para encontrares um emprego por conta de outrem. Se procuras algo por conta própria/freelancer, sugiro que leias este artigo.

O principal Objectivo

O principal Objectivo

Antes de irmos mais longe, convém entender qual o objectivo quando entregas um CV ou envias um e-mail.

O objectivo final é conseguires um emprego para trabalhares nessa empresa e ganhares dinheiro ao fim do mês, é certo, mas não é expectável que aconteça numa primeira interacção.

Assim sendo, o verdadeiro objectivo será só um: seres contactado para uma reunião. Um pé na porta, no fundo. A partir daí, já há algum investimento e já tens alguma margem de manobra.

As empresas recebem centenas de respostas a qualquer candidatura que colocam, mas aqueles que convidam para uma reunião (ou entrevista, se preferires) geralmente contam-se pelos dedos de uma mão. Não há simplesmente tempo (e provavelmente vontade) para conhecer toda a gente!

Se chegares a esta shortlist estás no bom caminho para o sucesso – deixas de competir com 400, para competir com 5 ou 10.

Assim sendo, é aqui que terás de aplicar a maior parte do teu esforço, certo?

Vamos lá então começar pelo fundamental para maximizar as tuas hipóteses.

Como Como Conseguir Emprego - #1: O Básico

#1: Os Básicos

Aqui vou falar daquilo que é comum constar numa primeira abordagem. O curriculum vitae, a carta de apresentação, esse tipo de elementos.

Se queres mesmo um trabalho naquele sítio, provavelmente não te deves ficar por aqui… mas é o que a maior parte das empresas está à espera (muitos até o exigem) e terás que falar a língua deles.

Mas antes de falarmos nisso tudo, vamos virar-nos para a oferta de trabalho em si – assumindo que não estás a pensar numa candidatura espontânea, claro está.

A Oferta de Trabalho

Andavas a fazer a tua ronda pelos sites de empregos do costume e encontraste algo que te interessou particularmente – ou um amigo enviou-te e disse “tem a tua cara”, e tinha razão.

A Oferta de Trabalho

É tempo de agir: mas antes de enviares aquele e-mail automático que já tens em rascunho com o CV anexado, perde algum tempo a ler a oferta devidamente e responde a estas questões:

  • cumpro todos os requisitos?
  • consigo entender como posso ser uma mais-valia para a empresa?
  • fiquei com alguma dúvida depois de ler a oferta?

Em Portugal há o triste hábito de se pedir “o mundo” a um recém-licenciado (experiência profissional prévia, x anos de conhecimento em y, carta e carro), quando muitas vezes não é necessário metade.

Se for um anúncio desses, terás de jogar com o teu bom senso e entender se cumpres o essencial para, pelo menos, tentares a tua sorte.

É verdade que verás com muito melhores olhos uma candidatura redigida com bom-senso, mas se não for o caso, é importante que sigas em frente na mesma, se te sentires à altura.

Vamos então tratar da resposta. Agora sim, podes abrir o Gmail.

O E-mail de Apresentação

Na maior parte dos casos, esta vai ser a primeira mensagem tua que a empresa vai ler. Estás a sentir a pressão?

O Gmail tem uma funcionalidade engraçada que são as Canned Responses – textos que ficam gravados para poderes voltar a usar mais tarde.

São muito úteis para aquelas mensagens genéricas de serviço ao cliente, por exemplo, mas SER GENÉRICO NÃO É O QUE QUERES AQUI.

Sobressai!

Lembras-te dos requisitos da oferta de trabalho, que cuidadosamente leste no passo anterior? São pistas.

Quando estás com os teus amigos da bola, falas de futebol, certo? Então aqui vais falar o idioma deles, e enviar um e-mail a explicar porque é que é cumpres o ponto x, y e z.

Se cada oferta de trabalho é diferente, a tua candidatura também deverá ser diferente.

Adaptar o produto ao consumidor, não é isso? Vá, não sejas preguiçoso. Queres isto ou não?

Pontos extra se fizeres alguma research e utilizares o mesmo tom da empresa – se é um grupo jovem e informal, não tens de começar o e-mail com “Exmo. Senhor” – mas sê sensato e não te ofereças já para lhes pagares um copo no Bairro, pelo menos para já.

Desta forma, vais mostrar que leste a oferta, que sabes perfeitamente ao que te estás a candidatar e que consegues traduzir o teu know-how para os bullet-points que eles procuram – assim, fica a papinha toda feita.

Assumindo que o teu e-mail cumpriu o seu propósito, as pessoas responsáveis pelo recrutamento abrirão os anexos – o que nos leva para o passo seguinte.

BTW, podes sempre saber se o teu e-mail já foi aberto, recorrendo a uma app como o MailTrack.

A Carta de Apresentação

Este passo é opcional, a não ser que na candidatura te peçam para redigir uma. Podes sempre inserir alguns destes tópicos no e-mail de apresentação e saltar este passo.

Aqui, novamente, o meu conselho passa por não utilizares a mesma carta para todos os empregos.

Ao redigir esta carta, considera os seguintes pontos:

  • Trabalho de Casa: investiga um pouco (vê as redes sociais, por exemplo) e analisa a cultura da empresa e tom utilizado;
  • Apresenta-te: explica o “porquê” de estares a concorrer e o que aprecias na empresa em questão;
  • Mostra o teu valor: explica de que forma serás útil à empresa (não procures ser humilde desnecessariamente, afinal de contas tens que te vender nesta fase)
  • Cria um Call to Action: fornece os teus contactos e tenta fechar uma reunião. É o teu objectivo, lembras-te?

Agora sim, vamos para o mítico CV.

O Currículo (ou Curriculum Vitae)

Este é, habitualmente, o elemento que se atribui mais importância, para o bem ou para o mal.

A minha opinião sobre um bom CV será diferente da tua e provavelmente, da pessoa que te vai contratar. O meu conselho será mostrares o teu currículo a várias pessoas, de diferentes idades e backgrounds, e encontrar algo que reúne algum consenso.

Outra questão vai para o design – pessoalmente, odeio o “formato Europeu” (ou Europass) e infelizmente é necessário para algumas ofertas. Mas enquanto profissionais de Marketing, sinto que nos devemos diferenciar em tudo – e, claro, o aspecto do CV é algo que a meu ver deve saltar à vista.

Se tens jeitinho com Photoshop/Illustrator, ou conheces alguém que tenha, elabora algo fácil de ler, com um tipo de letra agradável, e um esquema de cores à maneira.

Sim, eu sei que não és designer, mas se recebesses 100 CVs a preto e branco a dizerem essencialmente todos o mesmo e te aparecesse isto lá pelo meio, qual é que preferias ler primeiro?

CV Behance

Existem dezenas de templates gratuitos por aí e podes sempre ir ao Pinterest, ao Dribbble ou ao Behance buscar inspiração. Certifica-te é que não ficas com um PDF de 10 MB, porque algumas caixas de correio não vão gostar.

Relativamente ao conteúdo, o que deve constar provavelmente já sabes, mas só para estarmos alinhados:

  • Informação Pessoal: nome, e-mail, telefone, foto de perfil;
  • Sumário (e destaques na carreira): resumo de competências e experiência;
  • Formação: curso, estabelecimento, duração e competências adquiridas;
  • Experiência profissional: título do cargo, empresa, tempo, descrição;
  • Competências Especiais: TUDO o que possa ser uma mais-valia.

Se conseguires quantificar as experiências, melhor. Ou seja, algo deste género

No estágio de 3 meses no Banco Z, fiz mais de 400 telefonemas a clientes a apresentar novos produtos e encaminhei mais de 50 clientes por dia das filas da caixa para os canais diretos, onde ensinava a usar o Serviço X e o Serviço Y.

Organizei cerca de 30 processos de pedidos de crédito e propus uma metodologia que permitia poupar 20% de tempo na organização dos processos.

Números passam sempre melhor a mensagem e mostram que és orientado para resultados. Usa-os sempre que possível.

De seguida, já sabes o que vou dizer – não deves utilizar o mesmo currículo para todas as ofertas.

Se cada empresa procura competências e experiências diferentes, tu deves pensar no que já fizeste na tua vida e adaptar-te à candidatura.

Se já acumulaste bastantes experiências profissionais, não despejes todas. Pensa naquelas que realmente fazem sentido para a oferta – é melhor um CV curto e fácil de ler, do que algo épico com 4 páginas, onde 3 são irrelevantes.

Se não tens experiência profissional na área, não desanimes. Se pensares um pouco, certamente encontrarás algo que possa ter um paralelismo com o que procuram.

Transferable Skills

Pensa nas transferable skills – competências que poderás transferir de um emprego para outro, como a capacidade de liderança, resiliência, autonomia ou proactividade. São palavras algo cliché, é verdade, mas toda a tua experiência passada acumulou pontos nestes tópicos e deves aproveitá-la como tal.

Se calhar foste Delegado de Turma, Presidente da Associação de Estudantes ou estudaste piano durante 10 anos. Aprendeste algo relevante pelo caminho, portanto não sejas tímido e conta a tua história no CV!

O Telefonema de follow-up

Enviaste o e-mail, verificaste que foi lido mas não recebeste feedback. No news are bad news, pensas tu.

É aqui que o telefonema de follow-up te pode dar jeito. Basta ligares para o número da sede, pedir para falar com a responsável dos Recursos Humanos (muitas vezes a Oferta de Trabalho até tem o nome da responsável) e perguntar, cordialmente, se teve oportunidade de ver a tua candidatura à posição x.

Vais ficar admirado com o número de vezes em que a resposta é algo deste género:

Ainda não começámos o processo, está atrasado porque a minha superior está de férias, mas já agora dê-me o seu nome para garantir que o recebi.

Ou seja, para além de ficares com a resposta e acalmares a tua curiosidade, ganhas um bilhete para passar para a frente da fila na Loja do Cidadão. Nada mau!

Por norma, é boa ideia pensares neste telefonema se durante 4–5 dias não tiveres novidades da empresa.

Como Como Conseguir Emprego - #2: A tua Marca Pessoal

#2: A tua Marca Pessoal

OK, até aqui falámos de coisas que se podem aplicar a praticamente qualquer indústria ou cargo de trabalho. É tempo de passarmos aos detalhes – afinal de contas, somos de Marketing Digital!

Mostra que Dominas

E aqui estou a falar de Marketing de Conteúdos, do qual como deves saber, sou grande fã.

Imagina que estás à procura de uma nutricionista. Recebes 2 respostas: ambas dizem que são profissionais da área há 5 anos, mas uma tem um blog.

Passas por lá e vês que a pessoa está atenta às notícias da indústria, que partilha os seus conhecimentos com os seus leitores e que gosta verdadeiramente do que faz. Qual é que te deixa mais confiante?

A outra profissional podia ser igualmente competente – mas esta mostrou-te que domina.

Se adoras SEO, Redes Sociais ou E-mail Marketing, prova-o! Sim, escrever dá trabalho – mas estás a contribuir para a comunidade, a aumentar a tua awareness e a mostrar que és uma boa aposta para qualquer empresa.

Os benefícios são claramente superiores aos custos.

Como criar um blog no DigitalOcean

Escrevi este guia sobre como podes criar um blog, mas podes começar por algo tão simples como escrever artigos no Medium, no LinkedIn Pulse ou até no Blogger.

Gere a tua reputação online

Hoje em dia, uma boa parte de nós partilha a sua vida nas redes sociais e muita gente dos RH faz um pequeno background check para recolher mais informação sobre um candidato.

Talvez seja boa ideia pesquisares pelo teu nome no Google e ver o teu perfil nas várias redes sociais em modo incognito (ou navegação anónima) e confirmar que não aparece “aquela” noite que tiveste com os teus amigos, ou aquela publicação sobre política algo controversa.

Bruno Brito no Google

A partir do momento em que estás em candidaturas, recomendo fortemente que reflictas antes de “desabafar” no Facebook. Também será boa ideia reveres os teus últimos conteúdos.

Não tens de passar a ser uma pessoa super-aborrecida nas redes, nem mudar de identidade de um dia para o outro, apenas garantir que não tens algo demasiado polémico que comprometa a tua contratação – a não ser que essa polémica faça parte da tua estratégia.

Se quiseres utilizar as redes sociais para partilhares artigos que mostram que andas atento às novidades, podes sempre seguir os meus 10 Mandamentos de Social Media.

Não largues os teus hobbies

Mesmo que não tenham nada a ver com Marketing, será boa ideia continuares com os teus hobbies.

Posso-te dar o meu exemplo pessoal: sou praticante de Wrestling há imensos anos, e professor na academia do WrestlingPortugal há 9. É algo que adoro e que tenho muito orgulho em pertencer.

Para além de ter mostrado algumas das já referidas transferable skills, como a capacidade de liderar um grupo, a disciplina que esta prática confere e a persistência/resiliência depois de todos estes anos, é um tópico que é SEMPRE abordado nas entrevistas – e que sempre me favoreceu face aos restantes.

Para além disso, este hobby permite-me conhecer todos os anos pessoas interessantes, praticantes ou não, que de outra forma nunca se cruzariam comigo. E isso traz-me para o tópico seguinte.

O Networking

Existem dezenas de fóruns, grupos do Facebook, conferências de Marketing Digital como o ClickSummit (da qual já fiz parte) e meetups de Marketing Digital um pouco por todo o país (não acreditas? Procura aqui).

Meetup - Marketing

Não há melhor forma de melhorares as tuas competências do que falares com outras pessoas que partilham a mesma paixão que tu – ficarás a conhecer novas formas de fazeres as coisas e entrarás num círculo que te deixará mais atento às mudanças na indústria. E, se mostrares que tens conhecimentos, é normal que te convidem para integrar em projectos pelo caminho.

Como Conseguir Emprego - #3: A Milha Extra"

#3: A “Milha Extra”

Pensavas que já tinha acabado? Se leste este artigo até aqui, sinto que já estarás em boa posição para qualquer oferta de emprego que surja.

No entanto, ainda tenho mais umas palavras para ti.

Este último tópico é aquele que separa os bons dos muito bons. Aqueles que “até queriam o emprego” daqueles que não vão parar até conseguirem aquela cobiçada posição, naquela empresa específica.

Vou contar-te um segredo. Sabes, a malta do Marketing está mal habituada. Na nossa indústria, não é normal termos entrevistas técnicas (como os programadores), nem termos de apresentar portefólio, como por exemplo os designers.

Aparecemos na reunião, contamos a nossa história, dizemos que passámos 1 ano aqui e outros 2 ali e ficamos à espera que o telefone toque. E, muitas vezes, é suficiente.

Mas podes andar “a milha extra”. Ir mais longe do que é esperado. Porque se fores mais longe que os outros, tens melhores hipóteses, certo?

Eis uma história directamente do meu baú. Quando tinha 19 anos, fiz o meu primeiro CV, imprimi-o e coloquei-o dentro de uma garrafa de vidro de Coca-Cola. Tinha terminado o 1º ano de Publicidade e Marketing, e queria começar a trabalhar. Foi um bocado como esta imagem, mas muito menos épico.

Mensagem numa Garrafa

Na altura já adorava computadores e então dirigi-me a uma loja conhecida, para entregar essa garrafa pessoalmente. “Para darem ao chefe”, disse eu.

O telefone tocou nessa mesma tarde. O chefe quis-me conhecer, porque não estava habituado a este tipo de abordagens. Disse-me logo que provavelmente não iria ficar com o trabalho, porque queriam alguém com experiência de vendas e de caixa, mas queria pelo menos conhecer-me para me recomendar ao escritório do Marketing da empresa, para quando surgisse uma vaga. O tal pé na porta.

No mundo digital, há muitas maneiras de realizares este esforço adicional. Quanto melhor conseguires provar que trarás resultados (e dinheiro) à empresa, melhor.

Com esse raciocínio em mente, aqui ficam algumas sugestões. Se, para a marca em questão, queres…

  • Gerir a presença nas redes sociais, cria uma página de fãs desse tópico e mostra que sabes escrever, que gostas de gerir comentários e que consegues ter conteúdo infinito sobre esse tema.
  • Fazer e-mail marketing, cria uma conta no Mailchimp e elabora alguns exemplos de auto-responders, de comunicados a anunciar novos produtos, ou newsletters de content curation.
  • Gerir o blog, cria tu próprio um pequeno blog que fale sobre essa indústria e mostra que te interessas sobre essa indústria e tens algo a dar à comunidade.
  • Tratar de todo o SEO, faz um pequeno relatório em que analisas o site e mostras as várias oportunidades perdidas da empresa.

Percebes a ideia? O objectivo é ir mais longe que toda a concorrência. Se isto não fizer barulho no escritório, nada fará e, sinceramente, também não te merecem.

Considerações finais

Neste artigo tentei evitar aquilo que considero “o óbvio”. Pontos como estes:

  • Chegar a horas à reunião (e com boa aparência);
  • Utilizar o corrector ortográfico em todos os e-mails, cartas e CVs elaborados;
  • Cumprimentar toda a gente da sala, decorar os nomes e esperar que nos digam que nos podemos sentar.

Acima de tudo, lembra-te que vale a pena investir algumas horas na elaboração da tua candidatura, se é algo que realmente ambicionas – se fores só mais um, serás um candidato a mais!

Força nisso e boa sorte!

5 à Sexta - Newsletter

5 à Sexta 🚀 – a nova newsletter cá do sítio

5 à Sexta 🚀 – a nova newsletter cá do sítio 620 350 Bruno Brito

Nos últimos tempos tem sido complicado dedicar o tempo que desejo ao blog, devido às várias ocupações profissionais que possuo. O meu objectivo com este projecto sempre foi chegar à 6ª feira de cada semana com um artigo escrito, objectivo esse que não está a ser de todo alcançado.

Apesar de ter vários artigos alinhados para o Verão, altura em que deverei estar um pouco mais folgado, optei por começar outro projecto que exige menos de mim e que me permite manter em contacto com a comunidade de Marketing Digital e Web Development – a Newsletter “5 à Sexta 🚀”.

Uma newsletter? Qual é a ideia?

Este será, no fundo, o meu cantinho de content curation. Todos os dias me cruzo com informação super-interessante (uma nova app, um novo tutorial, uma entrevista que vale a pena ler e reler) que gostaria de partilhar com os leitores deste blog.

Sinto, no entanto, que existe demasiado ruído nas redes sociais para divulgar esses conteúdos. Ao mesmo tempo, a nível pessoal tenho verificado que o e-mail se tem tornado (cada vez mais) a melhor forma de me manter a par dos acontecimentos da indústria, muitas vezes através deste tipo de weekly digests.

Criar uma newsletter é naturalmente mais complexo do que partilhar meia-dúzia de links no LinkedIn ou no Facebook, mas é sem dúvida o caminho que quero seguir (até porque sou fã do E-mail e do controlo que este permite)!

O que posso esperar desta newsletter?

Como o nome indica, todas as sextas receberás uma nova newsletter com 5 links que serão, no fundo, os melhores conteúdos com que me cruzei durante a semana.

Pertencerão a uma destas 3 categorias, as principais do blog:

  • Apps;
  • Web Development;
  • Marketing Digital.

A primeira edição é já esta sexta, dia 1 de Julho de 2016. Nesta página ficarão também arquivadas todas as edições.

No próximo artigo, falarei um pouco mais sobre o processo a nível técnico. Por agora, podes inscrever-te no formulário (à direita em desktop, e em baixo na versão mobile).

Até sexta! 🚀

    Se quiser entrar em contacto comigo, pode enviar-me um e-mail para mail@brunobrito.pt ou preencher o formulário abaixo.

    NOTA: Todos os campos são de preenchimento obrigatório.